J. P. Dias – Joaquim Pedro Dias – Joaquim Pedro “Cego”
Continuação da saga sobre um Homem notável e peculiar de Aldeia da Mata
Que gostava de fazer e deixar Obra e de a testificar, gravando as siglas do respetivo nome e as datações.
Caro/a Leitor/a, nesta saga sobre o Srº Joaquim Pedro “Cego”, que viveu em Aldeia da Mata, no dealbar do séc. XIX para o séc. XX, vamos já para o sexto capítulo da narrativa.
O ponto de partida foi a Ermida de São Pedro, modesto, mas interessante monumento que sacraliza / cristianiza o espaço territorial da Povoação, a Norte, precisamente onde o Povoado se iniciou e, perdoem-me habitantes de outros locais da Freguesia, onde reside a respetiva Alma. (Isto, se as Terras têm Alma!)
Essa narrativa continuou por mais três capítulos, sobre o senhor e as suas obras, sobre a companheira, sobre a casa que para ela mandou construir. E um capítulo V, sobre o Ti Domingos “Cego”, que ia com o casal para a Horta do Carrasqueiro.
Ficámos de saber se no Monte / Horta de Sampaio, onde ele cegou, haveria algum registo e de confirmar o que, segundo a Mãe, existe na Horta do Carrasqueiro.
Aproveitando estes meses primaveris de Abril e Maio, passados na Aldeia, pesquisei sobre o assunto.
Em conversa com o Sr. Augusto Basso, penúltimo proprietário da Horta de Sampaio, fiquei a saber que aí não existe nenhum registo nominativo na obra, nem respetiva datação.
No dia 17 de Maio, tendo encontrado o Sr. José Gouveia, atual proprietário da Horta do Carrasqueiro, aproveitei para lhe perguntar se aí havia algum registo, conforme a Mãe me dizia. Confirmou o facto, referindo ser na frontaria e também a existência de uma janela lateral com gravação de letras na ombreira superior e encimada por uma cruz.
Pedi autorização para ir à Horta observar, confirmar e fotografar. Pedido prontamente aceite. Não deixei de questionar sobre as vacas, mas referiu que são mansas.
Ficou projetada uma ida, logo que pudesse.
E, nem de propósito, o Amigo Marco estava de folga no dia seguinte e entusiasta destes passeios culturais pela Natureza, combinámos uma visita ao local para essa data: 18 de Maio, 4ª feira.
Passeata que viria a incluir visita ao Carrasqueiro e ao Tapadão, para revisitar a respetiva Anta, aonde já não ia há várias décadas, quiçá, meio século.
Na Horta do Carrasqueiro confirmámos a respetiva datação: 1896 e as primeiras letras do nome, conforme foto titulando o postal.
E ficamos, por aqui?!
Caro/a Leitor/a, nos aguarde em próximo capítulo, SFF!