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Apeadeiro da Mata

Apeadeiro da Mata

30
Jun22

Descortiçamento: Foto de Grupo - Aldeia da Mata

Francisco Carita Mata

Ervedal – Aldeia da Mata – 15 de Junho de 2022

Descortiçamento Ervedal. Grupo. Foto original. 2022.06.15.jpg

Neste findar de Junho, trinta, acabados os Santos Populares, publico o postal enquadrando a foto final com o grupo dos participantes na faina do “Descortiçamento no Ervedal”.

A análise da foto processa-se seguindo o método de leitura no nosso “Mundo Ocidental”. Da esquerda para a direita.

Todavia, podemos desde logo processar uma observação global.

E há um pormenor ou por maior, relevante. Só quatro sujeitos têm machada. Foram esses que efetivamente tiraram cortiça.

Sigamos a fotografia, referindo estes quatro personagens.

O 2º sujeito da foto é o conterrâneo António Caetano, tirador de cortiça, trabalho sazonal, já o pai exercia esse mister.

O 4º é o senhor da Cunheira, que também já figurou noutro postal e que exibe a respetiva machada e um naco de cortiça, realçando a ferramenta.

O 5º é o engenheiro Nuno, zootécnico, também extrator da cortiça e que também já destacou outro postal.

O 7º é um senhor com quem não cheguei a conversar, não sei de que localidade, mas que também tirava cortiça.

O 6º senhor referiu-me ser do Crato. A respetiva função, segundo observei, era essencialmente carregar as pranchas da cortiça para a furgoneta, que também figura parcialmente na foto.

E os outros dois personagens?

A 3ª pessoa é o senhor João Alves, o empresário que comprou a cortiça ainda na árvore e os eucaliptos. Por conta de quem correu toda esta função. Que, eu, apenas assisti e documentei fotograficamente e em vídeo. E que tenho narrado sobre o acontecimento. Também pai do engenheiro Nuno.

E o primeiro personagem da foto é o senhor João José que, como eu, apenas esteve a assistir. Mas dado que foi ele que me alertou para eu documentar a execução da tirada no sobreirão, também mereceu registo fotográfico e documental.

E com este postal, propositadamente em “Apeadeiro da Mata”, em princípio, dou por finda esta minha sequela sobre “Descortiçamento no Ervedal", em Aldeia da Mata.

Até daqui a nove anos!

Até lá, que tenhamos muita Saúde. E que haja Paz!

 

23
Jun22

Descortiçamento: a Ferramenta – a Machada!

Francisco Carita Mata

Ou machadinha?!

Ervedal – Aldeia da Mata – Alto Alentejo!

Em complemento ao postal de Aquém- Tejo, apresento esta foto do Sr. da Cunheira, com a respetiva machada, em que bem se observa a lâmina, em meia-lua e o cabo em espigão.

Corticeiro. Machada. Sobreiro.2022.06.15.jpg

Junto a um sobreiro, no topo norte da parte central da propriedade. Sobreiro que não foi descortiçado, porque, como se pode observar, a cortiça não estava em bom estado. Situação relativamente frequente.

E duas perguntas, não sei se pertinentes, se impertinentes:

Caro/a Leitor/a,

Quanto acha que ganha cada trabalhador diariamente?

E quanto acha que nós recebemos pela venda da cortiça que também incluiu uns eucaliptos?!

Uma pipa de massa, não?!

(Não leve a mal as perguntas!)

Saúde e Paz!

 

21
Jun22

Descortiçamento – Ervedal – Aldeia da Mata

Francisco Carita Mata

Descortiçamento Ervedal. Foto Original. 2022.06.15.jpg

15 de Junho de 2022 – 4ª feira

Irei publicando algumas fotos sobre este acontecimento extraordinário. Sim! Extraordinário! Porque a especificidade do trabalho, as particularidades desta função, deste trabalho agrícola, o esforço e tenacidade exigida aos profissionais, assim o categorizam. Extraordinariamente importante!

É um trabalho sazonal: Maio - Junho, de cada ano. Também conforme o tempo, mais ou menos quente. E periódico. Relativamente a cada sobreiro, a cada montado de sobro, só se realiza de nove em nove anos.

Dadas estas duas variáveis, sazonalidade e periodicidade, resultou no facto de, só neste ano de 2022, eu ter assistido, pela primeira vez na minha vida, ao exercício desta tarefa da nossa agricultura alentejana. E que tarefa! Por esse facto pessoal, também é extraordinário!

Foi uma experiência interessantíssima sobre que irei abordando alguns postais.

Ademais porque se concretizou em território de que somos proprietários, terrenos herdados de minha Avó Carita, a que me contava contos tradicionais. E o mais relevante ainda, porque foram sobreiros semeados pelo meu Pai e por mim. 

Todos estes aspetos valorizam sobremaneira este acontecimento.

Mérito de quem o exerceu, os trabalhadores, a quem agradeço a disponibilidade e sobre quem irei escrevendo e documentando.

Saúde e Paz. E, o Verão que continue fresquinho!

 

19
Jun22

Os miúdos ainda vão aos ninhos?

Francisco Carita Mata

Em miúdo, nunca tive muito o hábito de ir aos ninhos.

Ninho de Rola. Vale. Foto original. 2022.06.13.jpg

Em contrapartida, agora, em adulto e na terceira idade, são os ninhos que vêm ter comigo. Que não faço propriamente nada para os encontrar, mas o que é certo e sabido é que eles me vão surgindo nos diversos locais que frequento como “escritórios”. No “Quintal de Cima” já referi, ontem, em “Aquém-Tejo”.

No “Chão da Atafona”, também por acaso, descobri outro ninho, não sei de que pássaro. Mas isso já é costume. Em contraponto, umas aves que conheço muito bem, as poupas, andam e debandam pelo Chão, mas não consigo descortinar onde têm o abrigo de nidificação.

No “Vale de Baixo” também descobrimos dois. O primeiro, foi a Filha que o localizou no pinheiro manso, plantado no extremo sudoeste da propriedade. Para não fugir à regra, não sei a autoria.

Na Amoreira da Barca D’Alva também encontrei outro. Este sei que é de rola. Das rolas turcas ou de colar, que abundam por todo o país. Tanto nos campos como nas cidades. Migraram para cá há alguns anos e não arredaram pé. Portugal é um País de acolhimento.

Esta ainda estava a chocar, anteontem, 6ª feira, dia dezassete, quando por lá passámos perto. Hoje, não sei e não faço conta de ir chatear o bicho. Que choque, faça criação e haja um bom nascimento, sem constrangimentos nas maternidades!

(A foto é deste ninho. Imagem ampliada, para se poder observar bem o modelo.)

E, por aqui me fico, sobre ninhos.

Saúde! Paz! E bons nascimentos. Sem constrangimentos!

11
Jun22

A Anta do Tapadão - Aldeia da Mata

Francisco Carita Mata

Concelho do Crato – Distrito de Portalegre – Alto Alentejo

(Capítulo X, a partir de J. P. Dias)

Anta do Tapadão. Lado Leste. Foto original. 2022.05.18.jpg

Sobre este majestoso monumento, emblemático da freguesia de Aldeia da Mata, concelho do Crato, distrito de Portalegre, vou escrever pouco, porque pouco sei.

Anta Tapadão. Lado Norte. Foto original. 2022.05.18.jpg

Quem se dirija de Crato para Aldeia ou vice-versa, não deixará de reparar na majestade desse edificado a sul da estrada, ademais porque lhe falta parte do esteio do lado visível, na respetiva face norte. Dando-nos a sugestão de uma possível entrada. Nada mais ilusório!

Remeto para sites onde se explica sobre as antas ou dólmenes e sobre esta, especificamente.

Apresento quatro fotos, segundo a orientação dos pontos cardeais: Leste, Norte, Oeste, Sul. Que este sugestivo monumento foi construído precisamente de acordo com esse princípio.

Anta Tapadão. Lado Oeste. Foto original. 2022.05.18.jpg

Com este postal, continuo com a divulgação do Património Material de Aldeia da Mata. Sem dúvida o elemento patrimonial mais antigo. E mais portentoso. Marcante na paisagem! Da colina onde se situa, temos vistas, a sul, leste e oeste, até aos confins das paisagens alentejanas.

Anta Tapadão. Lado Sul. Foto original. 2022.05.18.jpg

Agora, Caro/a Leitor/a, imagine que esta edificação tumular, à data da respetiva construção, há cerca de cinco mil anos, fora toda coberta de terra, que de um túmulo se tratava. Designava-se de mamoa, a essa colina artificial erguida sobre a colina natural!

E que tipo de tecnologia terá sido usada na sua edificação?!

E os recursos humanos necessários?! E que ferramentas e utensílios?!

E como sustentar todo o pessoal a trabalhar?! Quantos anos terá durado esse trabalho?!

(…)

Tantas perguntas sem resposta, que as escavações efetuadas ao longo dos séculos subsequentes, umas como pilhagem, outras com caráter mais ou menos “científico”, pouco terão esclarecido sobre essas dúvidas, que permanecerão talvez tão eternas como o monumento!

Quando puder, visite, SFF. Respeitando o Monumento. Lembre-se que era um túmulo! A paisagem! Sagrada! As propriedades que atravessar, não deixando lixo; fechando devidamente os portões. Os proprietários e trabalhadores que nelas desenvolvam as suas atividades e labutas diárias.

Tenha Saúde. E Paz! E, Obrigado, por me ler até aqui.

 

11
Jun22

Ainda a Horta do Carrasqueiro - Aldeia da Mata

Francisco Carita Mata

Um Capítulo IX, a partir de J. P. Dias, que as conversas são como as cerejas…

 

Sim, porque estamos no tempo delas. E também vou falar de outras frutas...Dióspiros, outros frutos e outros assuntos colaterais.

Carrasqueiro, vem de carrascos, azinheiras, Carrasqueiro, local onde existiriam estas árvores, provavelmente em abundância, no local onde foi criada a Horta, num pequeno vale harmonioso, de encostas muito suaves, virado a sudoeste, no início do leito do Ribeiro de Pucarinhos.

As árvores de fruto dominantes eram as laranjeiras, produzindo regalo de fruto, a tão apetecível laranja, de excelentes e diversificadas qualidades e de durabilidade relativamente prolongada.

Mas havia outras árvores. Não que tenha conhecido presencialmente, não me recordo se na infância ou adolescência terei visitado a Horta. Não tenho memória dessa eventualidade.

Tenho recordação muito agradável de dióspiros que a minha Avó Materna, Conceição, me trazia dessa Horta, quando certamente aí trabalharia, ainda nos finais dos anos cinquenta do séc. XX. Esta minha Avó faleceu de forma trágica na sequência de um incêndio, em casa da minha Madrinha Isabel, em 1959.

Ficou-me a gratificante recordação desse delicioso mimo que ela me trazia da Horta mencionada: dióspiros. Perpetuei essa suave lembrança e agradecimento no poema: “O Voo da Vida”! (Já publicado em Antologia do CNAP e também no blogue Aquém- Tejo.)

 

E voltando ou continuando na Horta, a Mãe lembra-se de caseiros / hortelãos que nela trabalharam, a partir dos anos quarenta, era ela cachopa. O Ti Carrilho, o Ti Albano, o Ti Gregório. (Anteriormente a esta data, não conheceu.)

Também me lembro, indiretamente, do Ti Gregório lá trabalhar na 2ª metade dos anos sessenta. Indiretamente, porque através da esposa, a Srª Primitiva que de lá nos trazia laranjas. Esta Srª, apesar de parecer muito ríspida, para mim, sempre foi uma simpatia. Também de mim mereceu uma quadra inspiradora, quando faleceu: “Quando morre alguém amigo…”

Eira do Carrasqueiro, foto original. 2022.05.18.jpg

E de uma das funcionalidades dessa Horta e dos terrenos circundantes, nomeadamente o Tapadão, não posso deixar de mencionar a eira, para onde era transportado o milho produzido nas searas, e onde era descamisado. Situada numa pedra granítica, alta e extensa, a nordeste da Casa, mas perto e fora da Horta. A enorme pedra, conforme a foto documenta, foi adaptada à função de eira, através de muretes de granito, para que as maçarocas não escorregassem pedra abaixo.

(Atente também no nome dos terrenos situados a Leste e Sul da Horta: Tapadão! Isto é, terreno murado, “tapado”, mas extenso. Mais que uma “Tapada”: um “Tapadão”!)

E deixamos a Horta, porque entrámos no Tapadão, aonde iremos visitar a Anta.

Será em próximo capítulo!

 

 

05
Jun22

J. P. Dias - Um Personagem intrigante de Aldeia da Mata

Francisco Carita Mata

No dealbar do séc. XIX para o séc. XX

 8º Capítulo duma narrativa especulativa

A Casa do Proprietário – A frontaria lateral e Leste

Frontaria Leste. Foto Original. 2022.05.18.jpg

E neste capítulo oitavo sobre J. P. Dias, apresento foto documental com a janela, na frontaria lateral e leste da casa de habitação do proprietário.

Por demais extraordinário! Muitas questões se nos levantam, interpelando-nos!

Qual o significado das letras?

E porquê uma cruz? Deduzo que se pretenderia sacralizar o lugar, abençoando-o e cristianizando-o. E porque virada a Leste?! Pelo nascimento do Sol? Alguma ligação com a Anta, que também fica a Nascente e cuja entrada também se direciona a Oriente? Qual o significado que esse portentoso monumento, bem perto do local da Casa, teria para os seus moradores?! Causar-lhes-ia admiração? Respeito? Temor? Indiferença?! Lembramos, que estamos nos finais do séc. XIX, pouco se saberia, cientificamente, sobre o assunto.

E as letras… especialmente a segunda, sobre que não estou plenamente certo se será b ou h.

Conjeturo se serão iniciais de expressões latinas!

 

Reproduzindo as letras: I  b ou h (?)  S  - M  P  -  C A M

Que significados e significações?!

Se forem iniciais de expressões latinas, ligadas ao Cristianismo e a 2ª letra for h, teríamos:

I h S

Jesus Hóstia Sagrada?!

Conjeturo eu.

 

E o/a Caro/a Leitor/a conseguirá elucidar-me sobre o assunto?

E o significado de M P ?!

E de C A M ?!

Serão apenas especulações minhas?!

Haverá uma significação mais prosaica?!

Não sei mesmo!

 

Obrigado pela sua atenção.

Em próximo capítulo, ainda(?!) voltarei à Horta e ainda iremos visitar a Anta do Tapadão!

 

 

02
Jun22

A Horta do Carrasqueiro – Aldeia da Mata

Francisco Carita Mata

As funcionalidades da Horta, as Casas

Casas Horta Carrasqueiro. Foto Original. 2022.05.18.jpg

7º Capítulo ainda sobre J. P. Dias!

A Horta do Carrasqueiro situa-se a Leste de Aldeia da Mata e, in loco, pode verificar-se que em linha reta, estes dois locais se interligam ao espaço territorial onde se insere a Anta do Tapadão.

Como horta, murada, terá sido criada para a finalidade a que se destinam as hortas: produção de legumes e frutos para alimento da família que a concretizou e para as que se sucederam na sua posse. Ainda resta parte do laranjal e algumas plantas que embelezavam as hortas: uma rosa loureira, uma lúcia lima. Uma buganvília, junto à parede leste da habitação. O olival, ou parte dele. Não serão necessariamente da época em que a Horta foi constituída.  A Horta e o Tapadão chegaram por herança ao Srº Joaquim Lopes, 2º sobrinho do Srº J. P. Dias. Provavelmente terão sido primeiramente propriedade da sua mãe, D. Maria das “Polverosas”, após o falecimento do tio.

Dona Josefa Gouveia comprou as propriedades ao mencionado Sr Joaquim Lopes, aí pelos anos cinquenta do séc. XX, sendo atualmente da Família Gouveia.

O elemento indispensável a qualquer horta é a água. Para o respetivo abastecimento, dispunha de uma nora situada a norte, movida por tração animal. A água para chegar aos terrenos cultivados, situados a sul e a uma cota inferior, era transportada pela força da gravidade. Inicialmente por canalização subterrânea e já no espaço da horta, por canalização à superfície, concentrando-se num pequeno tanque de distribuição para os diversos espaços do hortejo e para o tanque principal, onde também figuram pedras para lavagem da roupa. Todas estas funcionalidades ainda se percebem no espaço, embora já sem a utilidade para que foram criadas. A Horta já não funciona como tal, nem as habitações têm moradores.

E por falar em habitações, que é a expressão correta. A foto documental traduz o afirmado. Duas casas bem harmoniosas, uma destinada ao proprietário, a leste e a do hortelão / caseiro, a oeste. A frontaria virada a sul. Ambos os edifícios encimados por esbeltas chaminés, embora completamente distintos. A merecer uma análise sociológica sobre toda essa distinção bem vincada entre forma, conteúdo, função, estratificação social. A casa do hortelão seria habitada permanentemente, a do proprietário, periodicamente, dado que todos os proprietários tinham habitação na Aldeia.

No caso do Srº J. P. Dias, personagem que desencadeou estas minhas pesquisas, já referi que a sua casa era a atual da Prima Maria Constança, situada na Rua Larga, onde, na adega, está testificado o mesmo sistema documental de posse: siglas do nome e ano de execução, no caso 3  900. Isto é, Março de 1900! (Esta casa também foi de habitação do referido Sr. Joaquim Lopes, ainda nos anos sessenta, de que me lembro muito bem.)

E concluindo, no espaço da horta ainda existe um antigo palheiro e uma pocilga. A criação de um porco, no vertente caso, certamente vários, era indispensável para provimento da salgadeira, isto é, o frigorífico da época, até ao aparecimento e generalização dos ditos cujos a partir de finais de setenta, inícios de oitenta. Grande parte dos aldeãos tinham o seu porquinho que criavam numa pocilga, em quintais próximos das povoações. No inverno, eram mortos para o fumeiro e a referida salgadeira. Tempos idos.

Mas, voltando à Casa. No lado nascente, encimando uma janela no último piso, figuram também iniciais, letras gravadas em pedra, encimadas por uma cruz. Intrigantes as letras, a cruz...

Mas esse assunto fica para próximo capítulo!

 

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