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Apeadeiro da Mata

Apeadeiro da Mata

23
Ago22

Nascer do Sol em Aldeia da Mata

Francisco Carita Mata

Vista a partir do Cruzeiro da Ermida de São Pedro

Nascer do sol. Foto original. 2022.08.23.jpg

O calor continua infernal aqui pelo Norte Alentejano. Por quase todo o Portugal.

Levantar cedo, antes do sol nascer para ir regar.

Após todas as trivialidades próprias do começar de um novo dia, saí de casa para essa tarefa imprescindível nestes tempos de seca tremenda. Todos os apetrechos já na rua, constato que o sol ainda não nascera. Resolvi ir tirar umas fotos junto à Ermida de São Pedro, de onde poderia presenciar tal acontecimento diário. Diariamente acontecendo, mas que poucas vezes consigo presenciar documentando.

A foto regista essa ocorrência, simples, banal, mas extraordinária: o nascer do sol neste dia 23 de Agosto de 2022. Aconteceu pelas sete da manhã. O sol já se levanta um pouco mais tarde. Já lá vão mais de dois meses após o solstício de Verão!

Nascer do Sol, raiar um novo dia.

Haja Saúde, Paz e Alegria!

 

17
Ago22

Gosto muito da minha Aldeia.

Francisco Carita Mata

Mas há coisas na minha Aldeia de que não gosto!

Quintal abandonado. Foto original. 2022.08.13. jpg

E uma das situações de que não gosto na minha Aldeia é o abandono a que estão votadas algumas das habitações. Nomeadamente na Rua Larga e na Rua de São Pedro. Logo nestas duas Ruas, as mais antigas da Povoação. Casas abandonadas, quintais transformados em quase lixeiras. Um desmazelo que não fica bem à Localidade!

Os primeiros, principais e primordiais responsáveis são os respetivos proprietários. Que as abandonam. E, pior de tudo, deixam os quintais transformar-se em depósitos de materiais combustíveis. Um perigo para quem vive nas proximidades, para os moradores das ruas adjacentes. Para toda a Povoação. Basta nós olharmos, com olhos de ver, para tudo o que acontece por este nosso país, quando ocorrem incêndios e a aflição dos moradores, se o fogo se aproxima dos povoados. As televisões têm mostrado, por demais, tais factos!

Os “proprietários” (?!) estão longe. Quem sofre é quem está perto!

(Deus nos livre e guarde que tal aconteça!)

Quando aqueles não cumprem o seu dever, as entidades competentes podem e devem intervir.

Temos diligenciado para que os serviços públicos intervenham. Nomeadamente, Junta de Freguesia, Câmara Municipal e Proteção Civil. E tem havido colaboração e resposta positiva aos pedidos.

Na sequência dessas diligências, a proprietária do quintal do nº 95, da Rua Larga, mandou limpá-lo, ainda em Junho. Todavia, quem lá andou a cortar a erva com a roçadora, lá deixou todo o pasto seco. Para além dos lixos que já lá estariam. É olhar e ver!

O quintal da Rua de São Pedro nº 41 foi limpo pelo mesmo método já em Julho, por uma empresa particular, a mando da Proteção Civil. Calhei a observar o trabalho feito, quando os “roçadores” o acabaram, deixando também o pasto. Questionei-os sobre o facto. Responderam-me que não fazia mal, já não havia perigo.

Não concordo. Claro que o material combustível fica todo no terreno. Sinceramente acho que este pessoal não tem brio, nem noção do que faz. Realmente, é o que penso!

Os quintais da Rua Larga nºs 81 e 83, supostamente seria o proprietário que providenciaria a respetiva limpeza. Supostamente! Passou-se Julho. Agosto já passou de meio! E nada feito! Nem me parece que tal venha a acontecer pela parte de quem deveria: o dono.

Sobre o quintal do nº 85, da Rua Larga, os inquilinos nómadas, que por vezes pernoitam na respetiva casa (?!), dizem que o vão limpar “para o mês que vem” ou “para o final do mês” ou “em Agosto”! São mais ou menos as respostas que me dão, quando os interpelo sobre o assunto.

Resumindo e concluindo. Nalguns casos, as coisas estão um pouco melhores. Noutros nem melhor nem igual. Estão pior! Porque se acumula sempre mais lixo.

Peditório da colcha. Foto original. 2022.08.07. jpg

Houve a “Festa da Aldeia”. Passou o peditório da colcha. Não passou a procissão. Eu até acho que a procissão já nem passa, para que não se veja o estado em que estão algumas casas destas duas Ruas. São Pedro não gostará, está visto! Tem a Ermida bem perto. São Martinho, que terá comandado o cortejo como orago da Freguesia, também não teria gostado de ver. E a Senhora ainda menos!

Em síntese, pretendo que as Entidades Públicas e competentes providenciam intervenção onde ela deverá ser feita. Obedecendo aos normativas gerais e específicos inerentes a essas ações, que conhecerão melhor que eu. Apenas cidadão interessado na minha e nossa Aldeia.

Contactarei formalmente quem de direito sobre o assunto!

Obrigado pela sua atenção. Votos de muita Saúde.

 

07
Ago22

Há Festa em Aldeia da Mata!

Francisco Carita Mata

Poema de Dona Maria Águeda 

Araucária e torre sineira. Foto original. 2022.06.30.jpg

«FESTA de ALDEIA »

(Rancho)

 

«Quando há festa na Aldeia

Anda tudo num virote

Ai ai ai ai ai

Homens, mulheres e crianças

Mocidade até velhotes

Ai la ri ai la ré

Ai que linda a nossa festa é

Ai la ri ai la rá

Ai que linda, ai que linda ela ‘stá.

 

Aldeia branca de lés a lés

Casas caiadas com rodapés

Roupas lavadas, espelhadinhas

Que perfumadas nossas casinhas.

 

Água nas bilhas a apetecer

Melhores guisados vamos comer

Lá vem a música nem o rapazio

Vai atrás dela num rodopio.

 

Sobem foguetes e há balões

Reina alegria nos corações

E a repicar dlim dlão dlim dlão

Chamam os sinos para a procissão.

 

Que linda a virgem cheia de flores

Mais os santinhos nos seus andores

Parece o céu que à terra veio

A bafejar-nos em santo enleio.

 

Nesta festinha tão engraçada

Vamos saudar-nos sem dar maçada

Vivam os pobres mais os festeiros

Vivam os ricos e os forasteiros.»

 

Aldeia da Mata, Verão de 1960.

 

In. “De Altemira Fiz Um Ramo – Versos e prosas da Aldeia" – 2018. Ed. De Autor.

*******

(Foto de Araucária, árvore icónica de Aldeia. E da torre sineira da Igreja Matriz. Publico este postal quase à hora da procissão. Saúde e Paz para todos. E bons festejos!)

 

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