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Apeadeiro da Mata

Apeadeiro da Mata

31
Out24

Barragem do Pisão - Crato - Portalegre

Francisco Carita Mata

Por causa de umas notícias que li, hoje, nas redes...

e parece-me que também é dia de bruxas...

e andam uns morcegos só a cirandar no espaço do SAPO...

Resolvi colocar estas ligações, agora no Apeadeiro.

Caro/a Leitor/a,

Faça favor de ler, se tiver vagar e paciência...

https://aquem-tejo.blogs.sapo.pt/maranhao-benavila-pisao-450835

https://aquem-tejo.blogs.sapo.pt/cheias-e-enxurradas-no-alto-alentejo-380631

https://aquem-tejo.blogs.sapo.pt/barragem-do-pisao-talvez-sim-ou-talvez-300068

https://aquem-tejo.blogs.sapo.pt/pisao-portalegre-portugal-poesia-186071

E formule a sua opinião, SFF!

Obrigado.

30
Out24

Aos Autarcas, atuais e futuros, de Aldeia da Mata!

Francisco Carita Mata

Projetos que julgo importantes que Autarcas, atuais e futuros, equacionem para um futuro próximo na Aldeia.

***

O Projeto global é estruturar uma entrada, em condições, para a Aldeia Antiga – São Pedro, Rua da Ladeira, Travessinha, Rua Larga, Travessa do Fundão, Largo do Terreiro, Adro da Igreja, Rua da Igreja, Rua Industrial, a partir do lado Norte da Aldeia. Possibilitar escoamento de trânsito, estacionamento cada vez mais difícil.

(Investir numa zona da Aldeia, que tem vindo a ser esquecida.)

Este projeto de “obras”, no sentido de possibilitar novas acessibilidades em antigos acessos a Aldeia – “Aldeia Antiga”, tenho consciência, que visto globalmente, pode parecer utópico e pouco concretizável. Mas não é.

Analisando, parcelarmente, cada sub-projeto percebe-se da sua exequibilidade. Algumas coisas são tão fáceis de concretizar, que até é estranho não terem sido já feitas. Outras até foram pensadas, planeadas até, alguns anos atrás, mas como se meteram as partidarites…

Se definirmos o Projeto Global, como de médio/longo prazo e os subprojectos a executar gradualmente tudo se torna mais fácil.

É essa síntese que vou procurar fazer.

1 - A proposta mais fácil: Colocar mais 2 lâmpadas nas Azinhagas. Uma na Azinhaga do Poço dos Cães, frente à Azinhaga da Fonte das Pulhas, e outra no início da Azinhaga da Fonte do Salto, frente à Azinhaga do Jogo da Bola. Os postes já lá estão!

(Lâmpadas que darão jeito, quando menos se espera, tal como a que foi instalada no final da Travessa do Fundão / Azinhaga da Atafona.)

2 - Arranjar a primitiva entrada em Aldeia, a Norte.

A valeta da estrada, lado Oeste, precisa ser rebaixada e colocada uma conduta, para escoar as águas pluviais e que funcione como “pontão”.

A ribanceira da propriedade a sudoeste, de argila seca, sem muro, sempre a esboroar-se precisa ser derrubada, de modo a alargar a entrada. (Obviamente, com consentimento do dono.)

3 - A parte de caminho/entrada até ao início efetivo da Aldeia - Rua de São Pedro - que está em pedra / “paralelos” / cubos graníticos, ser tudo alcatroado.

4 - O célebre “entroncamento” de Azinhagas (da Atafona / Travessa do Fundão – Azinhaga Estreitinha) de que tenho falado e proposto uma solução consistente, com alcatrão, canais subterrâneos de escoamento de águas. (Solução que tarda, que apenas tem havido remedeios. Até poderia ser uma das primeiras coisas a fazer.)

5 - A parcela de Chão, a sudoeste desse “entroncamento”, em muro de pedras soltas sempre a caírem, precisa ser tratada – com consentimento do dono. Este é um daqueles trabalhos que a Junta pode fazer, tem meios técnicos e humanos e tenho a certeza de que, conversando, “poriam mãos à obra”.

6 - As Azinhagas da Atafona e Azinhaga do Poço dos Cães transformá-las, alcatroando-as, alargá-las, onde for necessário, até ao Adro da Igreja Matriz. 

(Nos troços confinantes com propriedades minhas já explicitei a minha opinião.)

7 - A “Azinhaga do Jogo da Bola”, devidamente alargada, poderá vir a dar continuidade a essa “nova” entrada na Aldeia. Nos Chãos, a norte do caminho, os respetivos proprietários bem poderão ceder parcelas que permitam o alargamento. 

8 - Toda a ribanceira de Chãos, a noroeste da entrada norte primitiva da Aldeia -esboroando-se e muros a cair, bem podem ser derrubados, de modo a alargar também a entrada. (Obviamente com consentimento dos donos.)

***   ***   ***   ***   ***   ***   ***

Tenho plena consciência que estas ações não podem ser de obrigação apenas da Junta de Freguesia. A Câmara também tem de ser envolvida - (não é só a sede de concelho que conta e importa). Também nós, Cidadãos, nomeadamente donos de terrenos, devemos ser envolvidos, participantes e colaborantes. Dar o nosso apoio e disponibilizarmos meios de que disponhamos.  E os Governos, claro, que isto envolverá outros recursos.

A Empresa Operadora de Telemóveis e a ETAR também deverão ser envolvidas, porque também beneficiam. A EDP!

(…)

***   ***   ***

É preciso é Acreditar, Lutar para… e Fazer!

Deverá ser um projeto global, faseado. Independentemente de qualquer partido que seja. É preciso é projetar o bem comum para a Localidade.

Não é um projeto que se execute de um dia para o outro, mas que pode e deve ser feito. Definir um plano de execução e pô-lo em prática.

(Pela minha parte, podem e devem pegar na ideia, e não me precisam de pagar quaisquer direitos de autor!!!)

(É evidente que isto é um esboço. Competirá aos técnicos adequados formular e concretizar com “efes e erres”. Não sou técnico. Faltam aqui pormenores, como é óbvio.)

Pensem, deixem-se de divergências partidárias, partidarites, unam-se e “ponham mãos à Obra”!

Haja Luz, que a escuridão entristece!

***

Postais em que já explicitei estes assuntos:

“Entrada para o “São Pedro” e para o “Cristo Rei”!

As Azinhagas a Projeto de Estrada?!

“Governanças e Bitaites - Outubro 2024”

 

29
Out24

As Azinhagas a Projeto de Estrada?!

Francisco Carita Mata

A Azinhaga do Jogo da Bola, a da Atafona, a do Poço dos Cães…

Propostas e projetos futuros para Aldeia (II)

A Azinhaga do Jogo da Bola – peculiar nome – devidamente alargada, poderá vir a dar continuidade a nova entrada na Aldeia. Nos Chãos, a norte do caminho, os respetivos proprietários bem poderão ceder parcelas que permitam o alargamento.  Transformar uma azinhaga num troço de estrada, até à entrada para a Azinhaga da Fonte do Salto e ao espaço onde recentemente – já este ano – foi instalada uma antena de telecomunicações de uma operadora de telemóveis. (Esta operadora, obviamente, também beneficiada – e dados os recursos diversos de que dispõem estas empresas – deverá ser uma das entidades a envolver no sentido de contrapartidas. Aliás, já deveria ter sido. Ignoro se foi.)

Saibam negociar.

Posteriormente, esses melhoramentos nas Azinhagas, deverão continuar até Azinhaga da Atafona e Azinhaga do Poço dos Cães. Transformá-las, alargá-las, onde for necessário, até ao Adro da Igreja Matriz. Possibilitando uma nova entrada e saída da Aldeia. Especialmente para a Aldeia “antiga”. A Aldeia ganharia.

Nesse troço, que confina com algumas das minhas propriedades – Quintal de Baixo, com muro consolidado e Chão da Atafona - se, eventualmente, for necessário alargamento, cedo terreno, sem qualquer contrapartida financeira, apenas que me arranjem o muro onde tiver de ser derribado. (Só tenho pena das Árvores!)

A norte do meu quintal, está o célebre “entroncamento” de azinhagas de que tenho falado e proposto uma solução consistente, com alcatrão, canais subterrâneos de escoamento de águas. Solução que tarda, que apenas tem havido remedeios. Mas esta parte deverá constar de um projeto conjunto – a executar faseadamente.

Entre esse entroncamento e o meu quintal está uma parcela de Chão, com muro de pedras soltas sempre a caírem. Já falei com o atual dono, em 23 ou 22, para que essas pedras fossem removidas para o interior do terreno – para que é que ele o quer(?). Este é um daqueles trabalhos que a Junta pode fazer, tem meios técnicos e humanos e, tenho a certeza de que, conversando, poriam mãos à obra. Mas o atual dono – jovem da minha idade – opôs-se à sugestão que lhe fiz.

E para que quer ele o terreno?! (É passar, olhar e ver!)

E, para finalizar esta proposta, a parte mais fácil, que ainda não fizeram, porque não quiseram.

Colocar mais duas lâmpadas nestas Azinhagas. Uma na Azinhaga do Poço dos Cães, frente à Azinhaga da Fonte das Pulhas, e outra no início da Azinhaga da Fonte do Salto, frente à Azinhaga do Jogo da Bola.

Lâmpadas que darão jeito, quando menos se espera, tal como a que foi instalada no final da Travessa do Fundão / Azinhaga da Atafona.

Comecem por aí, é o mais fácil de concretizar, é só mexerem-se nesse sentido.

Haja Luz, que a escuridão entristece!

 

28
Out24

“Entrada para o “São Pedro” e para o “Cristo Rei”!

Francisco Carita Mata

Projeto de Entrada Norte na Aldeia Antiga (I)

Este postal, que estou publicando em Apeadeiro, dá continuidade ao que publiquei, hoje, em Aquém-Tejo, subordinado ao título:

Governanças e Bitaites - Outubro 2024”

e subtítulo:

“Eleições… Poder Local… Lembranças de outros tempos… Governanças… Bitaites…”

Pretendo, nele, explicitar alguns Projetos que julgo importantes. Que autarcas e futuros autarcas equacionem, como estruturantes, para um futuro próximo na Aldeia.

Tenho plena consciência que não podem ser de obrigação apenas da Junta de Freguesia – não têm meios, nem recursos para tudo, na globalidade. Mas podem executar aspetos parcelares, por fases. A Câmara também tem de ser envolvida - não é só a sede de concelho que conta e importa. Também nós, Cidadãos, devemos ser envolvidos, participantes e colaborantes. Dar o nosso apoio e disponibilizarmos meios de que disponhamos.  E os Governos, claro, que isto envolverá outros recursos. E outras entidades que beneficiam, por ex. ETAR, a Empresa de Telecomunicações, que não sei qual é...

É preciso é Acreditar, Lutar para… e Fazer!

Deverá ser um projeto global, faseado. Independentemente de qualquer partido que seja. É preciso é projetar o bem comum para a Localidade.

Não é um projeto que se execute de um dia para o outro, mas que pode e deve ser feito. Definir um plano de execução e pô-lo em prática.

(Pela minha parte, podem e devem pegar na ideia, e não precisam de me pagar quaisquer direitos de autor!!!

E no que respeita a terrenos meus, para o que seja preciso, disponibilizo cedência, como o meu saudoso Pai já fez. Apenas, como contrapartida, que me refaçam os muros que eventualmente derrubem. Só tenho pena das Árvores que eventualmente possam vir a serem derrubadas.)

O Projeto global é estruturar uma entrada, em condições, para a Aldeia Antiga – Rua de São Pedro, Rua Larga, Ladeira, Travessinha, Travessa do Fundão, Largo do Terreiro, Adro da Igreja, Rua da Igreja, Rua Industrial, a partir do lado Norte da Aldeia. Possibilitar escoamento de trânsito, estacionamento cada vez mais difícil. Investir numa zona da Aldeia, que tem vindo a ser “desprezada”, posta ao abandono e esquecida. Mas foi nessa parte que Aldeia nasceu e tem as suas memórias mais antigas.

Quem vem do lado Norte, após passar a Ponte da Ribeira das Pedras, nem cem metros a Sul, lado direito, está a primeva entrada em Aldeia. (A da Estrada Nova é bem mais recente: inícios do séc. XX ou finais de novecentos.)

Bem podiam começar por aí. Uma obra que beneficiaria toda a Aldeia.

A valeta da estrada, lado Oeste, precisa ser rebaixada e colocada uma conduta, para escoar as águas pluviais e que funcionasse como “pontão”.

A ribanceira da propriedade a sudoeste, de argila seca, sem muro, sempre a esboroar-se, precisa ser derrubada, de modo a alargar a entrada. (O respetivo dono bem pode ceder o espaço necessário, para que o quer(?) e ainda fica com o espaço restante valorizado pelo acesso.)

Toda a ribanceira de Chãos, a noroeste, esboroando-se, e muros a cair, bem podem ser derrubados, de modo a alargar também a entrada. Repito o mesmo que escrevi, relativamente a dono anterior – para que querem os terrenos(?) bem os podem ceder, ganha a Freguesia, (ganhamos todos) e ainda ficam com os terrenos restantes valorizados pelo acesso.

A parte de caminho/entrada até ao início efetivo da Aldeia - Rua de São Pedro - que está em pedra / “paralelos” / cubos graníticos, ser tudo alcatroado.

É evidente que isto é um esboço. Competirá aos técnicos adequados formular e concretizar com “effes e erres”. Não sou técnico. Faltam aqui pormenores, como é óbvio.

Comecem por esta 1ª parte. Valorizarão, inequivocamente, toda a Aldeia!

Pensem, deixem-se de divergências partidárias, partidarites, unam-se e “ponham mãos à Obra”!

(É evidente que consciencializo que isto não está à distância de um clique de telemóvel...)

(Por hoje, fico por aqui. Estas conversas irão continuar e fazem parte de “coisas e loisas”, que já vim apresentando nos blogues.)

 

 

25
Out24

“Meu Canto” – Poema de Rogélio Mena Gomes

Francisco Carita Mata

«O Percurso Interior das Palavras»

      ***   ***

«Meu Canto»

 

«Sigo

o percurso interior das palavras

e o rio da esperança

das águas de todo o ano.

E gritam:

deixa o Dom Quixote

que tens dentro de ti,

larga a lança

que investes

contra moinhos de vento.

 

Ouço,

respiro fundo

e persisto.

 

Sigo o percurso interior

das dores do mundo

e o rio de fogo,

do ânimo,

nas asas do sonho

abertas ao vento.

E gritam:

deixa o voo de Ícaro

que tens dentro de ti,

vê a cera derretida

no pó da frustração,

do rasto sem sentido.

 

Ouço

respiro fundo

e persisto.

Persisto, porque acredito

que o terreno do homem

nos passos da vida,

não se limita ao espaço,

exíguo,

onde se move Sancho Pança,

nem se constrói

nos olhos do ódio

na baba hiante,

na raiva incontida

e no argênteo atropelo

da ambição desmedida.

 

Persisto.

Não sou herói

nem santo,

mas não desisto.

Não apago a minha voz

e persisto.

 

E com as mãos,

ambas,

moldo o barro

das pegadas

que deixo marcadas

no chão do caminho.

 

E nas palavras

que lavro,

nas linhas que escrevo,

deixo o eco e a voz

deste meu canto.

 

In. “O Percurso Interior das Palavras” – pp. 13 e 14

Poemas de Rogélio Mena Gomes

Ilustração de Susana Veiga Branco

***   ***   ***

(Livro interessantíssimo: um Poema – uma Ilustração ou uma Ilustração – um Poema?!)

Revejo-me bastante neste Poema que apresentei supra.

Parabéns, Rogélio. Parabéns, Susana Veiga Branco.

  1. (Apresentação do livro, amanhã, dia 26, Biblioteca de AlcântaraLisboaPortugal.)

 

24
Out24

Homenagem – Tributo a Marco Paulo

Francisco Carita Mata

Hoje, logo pela manhã, deu-me para isto...

Quando falei telefonicamente com a minha Mãe, como diariamente o faço, várias vezes, foi ela que me deu a notícia.

Que o Marco Paulo havia falecido.

Não vou dizer que era um dos meus cantores preferidos, porque não era. Lembro-me dele, desde os festivais da canção, ainda nos anos sessenta/setenta. Naquelas competições renhidas daquela época – quando o festival era o Festival(!) - não torcia por ele ou pelas suas canções.

Nunca foi um cantor ou intérprete dos meus preferidos. Porque não era! Cada pessoa gosta do que gosta e, mentiria se dissesse que era cantor que gostava de ouvir. Que apreciava. Nem quando passava o microfone de uma mão para outra.

Obviamente que também o ouvia, ouvia-se em todo o lado, mesmo na rua – os grandes êxitos – na rádio também, embora preferisse mudar de posto. Na(s) TV(s)…

Mas quero prestar-lhe o meu tributo!

Pela sua capacidade de resistência – resiliência contra todas as adversidades – enquanto Cantor, Intérprete, Artista. Pela sua Voz, que era realmente bonita! (Podendo eu apreciar ou não as suas canções!)

Por se ter sabido impor enquanto Profissional, apesar de todos os detratores. Manter a sua Individualidade, Personalidade própria, o seu Eu!

Alegrou milhões de corações de Portugueses, por cá e por esse Mundo da nossa Diáspora.

O nosso preito de Homenagem.

Espalhou Amor e Luz!

Também pelos seus anos de vida sujeito a vários cancros. Que enfrentou, resistiu, lutou, procurou superar, deu exemplo de abnegação, coragem, resistência, altruísmo, força de vontade. Chegou o seu Dia. Todos teremos o nosso...

Por tudo, merece a nossa consideração e respeito.

Paz à sua Alma.

Descanse em Paz!

(Hoje, deu-me para isto…)

Tenha um bom dia e uma boa tarde, com muita saúde,

Caro/a Leitor/a.

 

08
Out24

Gulbenkian e o novo CAM - Centro de Arte Moderna.

Francisco Carita Mata

Ainda não foi desta que visitámos o novo acervo do CAM!

Visitar o Novo Jardim da “Dona / Santa Gertrudes” foi um dos objetivos da última visita à Gulbenkian, passado domingo, dia 6/10.

Também lanchámos na nova cafetaria: um bolo de arroz e um pastel de salsicha fresca - excelentes. Não gostámos das mesas, naquele formato obtuso, que não é nada prático. Imprimem um ar de desordem, disfuncionalidade, no espaço!

Para as casas de banho mantem-se a escada em caracol, mas os degraus já não são de pedra, mas de metal. Parecem menos escorregadias. Ir aos WC é mesmo ir para um subterrâneo. É tudo escuro! Não têm os mictórios habituais e as cores negro-cinza ainda reforçam mais o ambiente “underground”. Só têm compartimentos específicos, não esperarão grandes fluxos e afluxos mijatórios, certamente. Haverá por ali também a concretização das ideias, agora tão em voga, face às identidades de género?!

O hall de acesso tem, em contrapartida, muitos espaços para nos sentarmos. Positivo.

Sobre afluxos. De gente. Debaixo da pala continuava a fila enorme, que se prolongou até depois das dezanove. Nos jardins, não houve tanta gente. O dia não esteve tão alegre e luminoso e a criançada teve menos oportunidade de se expandir. São Pedro é que manda, não fez caso da Santa Gertrudes!

Também coscuvilhámos e fotografámos o “Castelo”. (Deixem-me designar assim aquela construção, de finais do século dezanove.)

Espero e desejo que, futuramente, seja lá quando isso for, a Gulbenkian compre o imóvel à Fundação Eugénio de Almeida. Mas que não o deitem abaixo. Integrem-no nas funcionalidades da Fundação Gulbenkian. Sugiro até que utilizem os espaços para explicar e documentar sobre as usanças e a História de toda essa zona de Lisboa, que muitas memórias guardará o “Castelo”!

(A ligação antes mencionada, explica bem sobre o assunto.)

E ainda sobre multidões.

No auditório principal da Fundação iniciou-se um ciclo de cinema subordinado ao título “Os homens do Presidente”. Às 17h 30’, um filme de Frank Capra – “Mr. Smith Goes to Washington” – 1939.  (3 euros o bilhete. Cerca de 1200 lugares!)

Uma multidão de gente para assistir. Duas filas. Uma na parte superior, aguardando entrada para o “balcão”. Enroscava-se por todo o hall principal até frente ao painel geométrico de Almada Negreiros! (O que comentariam todas aquelas figuras geométricas?!)

Outra fila, de igual dimensão, para entrar pela plateia, que se enovelava abaixo da escadaria monumental, também frente a obras de Almada Negreiros, as tapeçarias.

(Não sei se personagens aí inseridos comentaram alguma coisa, pois, se falaram, foi baixinho e, eu, já tenho alguma idade!)

E, por aqui me fico. Não quis deixar de publicar postais em dia de anos de “Aquém-Tejo”. Foi para publicar que criámos o blogue e também não sei quando terei oportunidade para escrever e publicar. No computador!

Saúde e Paz, que tanta falta faz!

(O meu maninho mais velho "Aquém-Tejo" - mais novo ainda não tenho - faz, hoje, 10 aninhos!)

07
Out24

Notas sobre o casamento na Aldeia da Mata (IV)

Francisco Carita Mata

TRABALHOS DO INSTITUTO DE ANTROPOLOGIA

«DR. MENDES CORRÊA»

FACULDADE DE CIÊNCIAS DO PORTO

Director – Prof. Doutor A. Rozeira

Nº 10 

Notas sobre o casamento na Aldeia da Mata 

Por

Agostinho F. Isidoro 

PORTO

1971

*******

«Notas sobre o casamento na Aldeia da Mata»

(I ...)

(II ...)

(III ...)

« À noite, pelas 23 horas, o noivo e os seus convidados vão em cortejo buscar a noiva a casa dos pais. A seguir todos os convidados acompanham os noivos a casa deles.

De madrugada, alguns convidados, especialmente os mais jovens, colocados em frente à casa dos noivos, fazem o descante, que consiste no cântico plangente de várias quadras alusivas aos noivos, após o qual lhes servem bolos e bebidas.

A nós disseram-nos as seguintes:

O noivo mais a noiva,

São dois raminhos de enleio!

A mulher que aí tens,

É um vaso do asseio.

 

O noivo mais a noiva,

São dois ramos de salsa crua!

Debaixo da vossa cama,

Põe-s’o sol e nasce a lua.

 

O noivo mais a noiva,

São raminhos da Primavera!

Levanta-te e abre a porta,

Qu’estou à tua espera.

 

O noivo mais a noiva,

São dois raminhos floridos!

Pelo vinho e pelos bolos,

Ficamos agradecidos.

 

O noivo mais a noiva,

Na vossa cama deitados,

Pelos bolos e pelo vinho,

Ficamos obrigados.

 

Desde menino que, na Aldeia da Mata, minha terra natal, tenho assistido e comparticipado em muitos casamentos.

Pode afirmar-se que estes se têm mantido segundo as normas descritas nesta nota.

 

Instituto de Antropologia «Dr. Mendes Corrêa»

Maio de 1971»

*******

«Notas do Autor:

(1)  Sopa de pão feita com sangue e fígado de ovelha cozidos, a que juntam cominhos, etc.

(2) Carne de ovelha ou de cabra, cozida aos bocados, designados depois de cozidos por presas, com molho, etc.

(3) Agostinho Isidoro, O Centro Oleiro da Flor de Rosa (Concelho do Crato – Alto Alentejo), in «Trabalhos de Antropologia e Etnologia», vol. XIX, fasc. 2, Porto, pags. 145 a 168. 5 figs. »

 

06
Out24

Notas sobre o casamento na Aldeia da Mata (III)

Francisco Carita Mata

TRABALHOS DO INSTITUTO DE ANTROPOLOGIA

«DR. MENDES CORRÊA»

FACULDADE DE CIÊNCIAS DO PORTO

Director – Prof. Doutor A. Rozeira

Nº 10

Notas sobre o casamento na Aldeia da Mata

Por

Agostinho F. Isidoro 

PORTO

1971

( ...   ...   ... )

(... ...  ...)

«...A voda ou função, designações que se dão ali à festa do casamento, tem normalmente a duração de dois dias e um quartel: tarde de sábado, todo o domingo e toda a segunda-feira seguinte.

Esta festa é realizada pelos pais dos noivos separadamente uns dos outros, isto é, os pais do noivo realizam-na em sua casa e os da noiva na sua casa também.

O dia da cerimónia religiosa ou civil é geralmente o domingo. No sábado de tarde e no domingo os noivos comem ainda na casa dos pais. Na segunda-feira o pequeno almoço é-lhes levado a casa deles da casa dos pais dele ou dela. As refeições seguintes, nesta primeira semana, são-lhes oferecidas, ora na casa dos pais do noivo, ora na casa dos pais da noiva. Por isso diz-se ali que na semana a seguir ao casamento os noivos andam ainda a comer da voda.

Durante os dias da voda, as refeições, que são abundantíssimas, são servidas, separadamente nas casas dos pais dos noivos.

Os pais dos noivos chegam a matar uma dúzia de cabeças de gado (ovelhas ou badanas e cabras) (fig.1) e vários galináceos.

Nestas funções não falta o arroz de maranhos (arroz cozido com pequenas porções de intestino delgado do gado abatido), as sopas de sarapatel (1), o afogado (2), o cozido à portuguesa, os bolos, o arroz doce, o vinho em abundância, etc..

Estas iguarias são cozinhadas em grandes panelas e caçolas de barro, compradas a oleiros e Flor da Rosa, que no dizer do povo, lhes conferem um sabor especial (3).

Chegada a hora da cerimónia nupcial, na tarde de domingo, os noivos, preparados em casa dos seus pais, despedem-se deles pedindo-lhes a bênção e abraçam a família mais chegada. São momentos de choro para todos, por se recear da sorte dos nubentes.

Agora o noivo, acompanhado dos seus convidados (fig. 2), deixa a casa paterna e vai a pé buscar a noiva, que se encontra em casa dos pais dela. Aqui forma-se o cortejo nupcial. A noiva vai à frente vestida a rigor, ladeada pelos seus padrinhos, todos seguidos pelos convidados (fig. 3). Os espectadores, entre os quais há amigos dos noivos, mas que não foram convidados e muitos curiosos (fig. 6), formam grupos ao longo do trajecto do cortejo nupcial.

Terminada a cerimónia, os noivos, ao lado um do outro e com o acompanhamento atrás, regressam a casa dos pais da noiva (fig. 4), onde esta ficará até à noite, à espera que o noivo e os convidados a vão buscar.

Aqui a madrinha da noiva, colocada na janela da casa ou na soleira da porta, atira aos convidados e a pessoas estranhas ao casamento, que sempre se juntam nessa ocasião na rua em frente à casa, amêndoas, rebuçados, nozes e amendoins (ervelhanas). Isto dá origem a grande rebuliço e até a gritaria, pois todos querem apanhar à uma o que a madrinha lhes atira. É altura para encontrões, quedas e às vezes atritos pessoais.

A seguir é servido um copioso copo de água a todos os convidados, constituído especialmente por muita variedade de bolos e diversas bebidas, após o qual o noivo com os seus padrinhos e todos os convidados se dirige para casa dos seus pais (fig. 5), onde a sua madrinha atira também amêndoas, rebuçados, etc.

Aqui é servido outro copo de água a todos os convidados, semelhante ao anterior.

O resto da tarde de domingo é destinada a divertimentos. Uns dão voltas às ruas em grupos, outros, os mais jovens, realizam balhos, que se prolongam pela noite adiante. (...)»

 

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