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Apeadeiro da Mata

Apeadeiro da Mata

24
Fev25

Trevo na Rua! Sabe que planta é?!

Francisco Carita Mata

Série: "Sabe que planta é XXVII?!"

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Esta rubrica "Sabe que planta é?!" que já vai no XXVII postal registado - agora vem sendo alojada em "Apeadeiro". 

Foto tirada ontem, 23/02/2025, numa Rua de Lisboa, junto ao caixote do lixo, onde estava puzzle de "Vidas Glamorosas - Lixosas"!

Como a Vida é simples, despretensiosa, e como as plantas são resilientes às adversidades.

Numa nesga entre duas pedras da calçada vive,  sobrevive, este humilde trevo. Até quando?!

Saúde e Paz, que tanta falta faz!

17
Fev25

O Zé Gomes morreu!

Francisco Carita Mata

O Zé Gomes morreu! Disse-me ontem, a minha Mãe.

O Zé Gomes era do meu tempo, da minha geração, embora fosse dois anos mais velho.

Coincidimos na Aldeia, na infância e na adolescência.

Na infância e adolescência, anos 60/70, morava na Rua de São Pedro, na casa que já era dos avós maternos, frente ao final da Rua Larga. O começo desta Rua é o Largo do Terreiro, onde a mãe do Zé, a senhora Guilhermina, tinha uma loja, frente à do senhor João. Duas lojas icónicas na Aldeia.

O pai do Zé era o senhor Guilherme: Guilherme e Guilhermina.

A loja era de mercearias, artigos alimentares, guloseimas, carnes de porco variadas. O senhor Guilherme tinha muita iniciativa. Lembro-me de ter moagem, transportava mercadorias diversas, iniciou a venda de frangos, venda de fruta e hortaliças a granel, de gelados: Olá / Rajá! Tinham salsicharia. Faziam os enchidos na casa da sogra. Comprava os porcos aos vários habitantes da localidade, faziam a matança e preparavam a carne para venda. Nos anos 60/70, quase todos os habitantes da Aldeia criavam o seu porquito.

O Zé Gomes tinha, assim, acesso a bens alimentares, de que não dispúnhamos com tanta facilidade. Também era mais encorpado, anafado.

A Rua Larga, desde o Largo do Terreiro até à Rua de São Pedro, era um mundo. E o Mundo! Casas habitadas, diferentes gerações: velhos, novos, crianças, miúdos e miúdas. Ricos, pobres, remediados. Gente de trabalho: homens e mulheres. Profissões do campo, pequenos agricultores, alguns profissionais por conta própria.

A meio da Rua, ao alto, morava a senhora Júlia. Era, assim a víamos, madrinha do Zé Gomes. À hora de lanche, especialmente em férias, ouvia-se a senhora Júlia, a chamar o Zé, que estaria no Largo ou na loja da mãe: Zé Gomes… Zé Gomes…

E lá ia o Zé, na Rua Larga, a caminho da casa da madrinha Júlia!

E que ia fazer a casa da madrinha?!

Em breve saía, na mão, uma valente sandocha de papo-seco, apertando uma omelete de ovo e chouriço. Saía, comendo, para o Largo, em frente à loja da mãe ou do senhor João. Anafando! Encorpando!

Fomos colegas nas aulas do Padre José Maria, no 1º ciclo. Eu no 1º ano e ele no 2º. À data,1965/67, era assim que se se designavam esses dois anos de escolaridade, não obrigatória.

O Padre Zé Maria lecionava as disciplinas correspondentes a este ciclo de estudos. Preparávamo-nos para irmos fazer exames finais no 2º ano, ao Liceu Nacional de Portalegre, onde estávamos matriculados como alunos externos. Era um modo de ensino particular, privado. Pagávamos, obviamente. Mas ficava mais barato do que se fossemos estudar para Liceu ou Escola, tendo de ficar a residir na Cidade, pagando alojamento e alimentação. Foi um modelo de ensino que funcionou, de que eu tenha conhecimento, pelo menos nos distritos de Portalegre e Castelo Branco, ligado à Diocese. Este modelo valeu a dezenas, centenas de jovens, permitiu-lhes acesso a educação formal escolar, que de outro modo não teriam. E muito bem preparados!

Também havia a preocupação de nos proporcionar preparação global, para além das disciplinas sujeitas a exame. Tínhamos também aulas de Educação Física. Os jogos eram fundamentais e, nestes, os jogos tradicionais. Praticávamos no adro, em volta da Igreja.

Um dos jogos praticados era o “Jogo do eixo”. Também lhe chamávamos “jogo da anteira”.

Numa das vezes que jogámos, o colega Zé Gomes, que ia à minha frente, em vez de se baixar, para eu saltar, levantou-se. É claro que eu estatelei-me no chão, à frente dele. Bati e parti a testa na terra dura. Desmaiei! Nunca mais joguei ao eixo.

Também nunca cheguei a perceber porque é que ele se levantou.

Nunca me lembro de lhe ter perguntado! Também já não vou perguntar!

Que a Alma do José descanse em Paz! RIP!

***   ***   ***

Também era Benfiquista! Mas ferrenho! (Não sou!)

 

16
Fev25

Cremação: Sim ou Não?!

Francisco Carita Mata

20250213_180619.jpg

Em tempos, escrevi estes postais no blogue Aquém-Tejo:

Cremação.

Cremação: Que destino dar às cinzas?

Continuo pensando que é uma alternativa muito válida para a situação em causa.

Aliás, é cada vez mais utilizada, tanto nas grandes cidades, como por todo o país, pelo menos nas regiões que conheço. Nas grandes cidades, com a falta de espaço, julgo ser metodologia indispensável. Ignoro, se será ou não poluente.

(Interessante que o postal "Cremação: que destino dar às cinzas" é um dos mais visualizados no blogue "Aquém-Tejo", desde que foi publicado, em 19/04/2017. Há quase oito anos!)

***

Também tinha destinado que fosse essa a metodologia que se me aplicasse, quando chegasse o "Dia e a Hora". Chega a todos, como todos sabemos!

Todavia, na última semana, tive assim uma espécie de "clique". Um "insight" - revelação repentina! Uma nova percepção, introspeção, sobre o assunto pessoal.

No que se me diz respeito, pessoalmente, quero que se proceda, pelo modo tradicional.

No Cemitério da minha Aldeia há muito espaço. Aliás, o meu querido e saudoso Pai comprou duas campas. Aquela em que ele está, que ele comprara para a minha Avó Carita e a do meu Padrinho, e seu Irmão, Joaquim Carita. Há espaço suficiente para a Família.

Concordo que cada Pessoa e cada Família proceda como pode e entende. Que cada um sabe de Si. 

No que a mim - pessoalmente - diz respeito, mudei de opinião, face ao que vinha defendendo nos últimos anos.

Isto tudo se a Vida correr normalmente. Em Paz e em Saúde.

Que eu vejo o Mundo à beira de um descalabro, de uma hecatombe, que nem sei!

Tantas guerras sem sentido, altamente destrutivas, na iminência de se alastrarem! Gente nos destinos do Mundo, que assusta! E a palavra PAZ, tão pouco invocada. Só se fala em guerra, guerra... guerra...

E a Saúde?! Estamos livres de sofrer nova epidemia ainda mais mortífera que a que vivemos em 2020?! Que não acabou! Que o vírus continua por aí, a fazer das dele!

Desculpe-me, Caro/a Leitor/a, hoje - ademais Domingo - deu-me para isto!

(Tem havido uma série de mortes, mais ou menos (in)esperadas, entre familiares e amigos.)

Saúde e Paz!

(Foto original, de 13/02/2025, no Miradouro da Porta do Crato - Cidade de Régio!)

 

11
Fev25

Carqueja, no Caminho do Boi D'Água!

Francisco Carita Mata

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Que Planta é esta (XXVI)?!

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Que Planta é esta?!

Caminho do Boi D'Água de Cima! 

Nos campos de Aldeia, vejo pouco esta planta.

(O que se vê mais são giestas amarelas.)

É uma Carqueja, que pela Serra de Portalegre, se observa com relativa frequência.

(Este tema era mais comum em Aquém-Tejo, mas hoje, "Sabe que planta é?!" apeou-se neste blogue: "Apeadeiro da Mata"!)

Bons passeios, apesar de hoje, de manhã, estar frio e chuva.

Constipações!

 

04
Fev25

Fonte da Mealhada - Castelo de Vide

Francisco Carita Mata

Uma das quatro bicas. 

Na Fonte principal. 

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Estilização de cabeça e patas de leão. 

Corre pouco para o que tem chovido em Janeiro.

Onde será o depósito de água para esta Fonte?

***   ***   ***

Frontaria da fonte:

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Ao lado esquerdo, percebe-se outro fontanário, caiado. Ao lado do principal, todo em granito. 

Neste fontanário caiado também há uma torneira inserida numa carranca. 

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Traseira das fontes. Interessante o contraste entre frente e traseira.

***

Relativamente à Fonte da Mealhada, uma placa indica ser de 1699, reinado de Dom Pedro II.

E que teve protecção régia de Dom Manuel I, 1536.

***

Este postal está a ser editado via telemóvel. Merecerá as necessárias correcções, quando puder trabalhar com o computador. 

Obrigado pela sua atenção

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