Fonte do Boneco: Poesia de J. G. da Purificação
Quadras do Sr. João: João Guerreiro da Purificação
«Fonte do Boneco»
«A nossa Fonte do Boneco
A nenhuma se pode igualar.
Não tem fama a fazer eco
Para dela se ouvir falar.
Se não é muito procurada
E o povo dela se esquece
Ela no Verão não corre nada
Quando a água mais apetece.
Nome engraçado ela tem
Para não nos ser esquecida
Se não fosse a rir alguém
Brincava com ela toda a vida.
Tem um feitio diferente
De todas as que há por aí
Por isso o diz muita gente
Fonte tão linda está ali.
Mesmo correndo se espera
Nesta fonte quando corre
Já vem assim de larga era
Até ao Verão quando morre.
Fica perto do povoado
Sem safras nem má caminho
Por isto ao povo tem dado
Amor e muito carinho.»
In. “ANTA” Poesias - João Guerreiro da Purificação – Aldeia da Mata – 1992 – Edição de Autor – Gráfica Almondina, Torres Novas. (pag. 59)
Continuamos com as Fontes públicas de Aldeia, aquelas aonde habitualmente os habitantes iam buscar água para as necessidades básicas: para beber, para confecionar alimentos, para higiene. Antes de haver água canalizada ao domicílio. Ir buscar água às fontes era uma tarefa quase exclusiva do sexo feminino.
E também onde levavam os animais a beber. Esta era uma tarefa predominantemente masculina.
Esta fonte, atualmente, desde meados de 2021, está incluída nos Roteiros de Percursos Pedestres. Num “Percurso Histórico”. Escreverei sobre o tema. Muita Saúde e muito Obrigado.
Caro/a Leitor/a, espero que tenha gostado do passeio, cujo caminho a foto seguinte documenta.
E das bonitas e sugestivas Quadras do "Srº João", formando a linda Poesia transcrita, com a devida vénia e reconhecimento. Faz parte do "Património Imaterial" de Aldeia da Mata.
Renovados Agradecimentos!