Oitenta Anos – Teresa Ferreira Belo
(Poema de Prima Teresa “Boanova”)
Oitenta anos, meu Deus
Vos agradeço o dom da Vida
De tanto que Vos ofendi
Me confesso arrependida.
O Bom Jesus e Sua Mãe
São a minha companhia
Na alegria e na tristeza
A toda a hora do dia.
Meu Jesus, eu vos peço
De todo o meu coração
A saúde para o corpo
Para a Alma, a salvação.
Gosto de viver no mundo
Admiro tudo, gosto de ver
Mas sei que mais tarde ou cedo
Um dia irei morrer.
Depois de morrer nada se sente
É caso para lembrar
Lembra-te, ó homem, que és pó
E, em pó, te hás-de tornar.
Jesus, Caminho, Verdade e Vida
Foi assim a Sua Voz
Morte certa, hora incerta
Nos espera a todos nós.
É o mistério da vida terrestre
Que nos acompanha pela vida fora
Por isso estejamos preparados
Não sabemos nem o dia nem a hora.
(Teresa Ferreira Belo
Aldeia da Mata – 17/03/04)
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(Com esta Poesia de Prima Teresa Ferreira Belo, pretendo recomeçar a publicar poemas de várias pessoas de Aldeia da Mata.
Estas Poesias são sempre cheias de Sentimento e repletas de Sabedoria.
Conheci a Prima Teresa de toda a Vida. Não sei quando nasceu exatamente, mas julgo ter sido na segunda metade dos anos vinte, do século XX. Se fosse viva, teria quase cem anos! Não sei quando morreu. Muito Amiga de minha Mãe, foi visita diária de nossa Casa. Foi a primeira pessoa que me pegou ao colo, como ela dizia frequentemente. A sua Mãe, Madrinha Natividade, era a parteira da Aldeia – lado do Terreiro.
Histórias de Vida e de Vidas!
Continuarei a publicar Poesia.)
(Fotos?
"Boninhas", no Quintal de Cima. Adorava visitar o quintal. E até lhe arranjei um "banco" de pedra para ela se sentar.
Boninhas, também pelas "Maias".
Porta da Casa Museu: Foi uma das grandes entusiastas da formação do acervo documental, da recolha de peças e respetiva organização. O dístico identificativo também se lhe deve a ideia e concretização.)