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Apeadeiro da Mata

Apeadeiro da Mata

18
Ago23

Porque desaparecem os gatos?!

Francisco Carita Mata

Gatos novos. Foto original ampliada. 18.08.23.

Os Gatos e as gatas, frise-se.

Crónica sobre Gatos do Quintal (XVI)

Voltamos a falar sobre os gatos e gatas que nos adotaram e adotaram o “Quintal de Baixo”, como local de amesendação.

Estas rondas e crónicas sobre gatos já nos seguem desde finais de 2021, com especial incidência a partir de 2022. De uma ninhada de quatro elementos que fomos acompanhando, identificando, conhecendo, interagindo, aos quais até atribuímos nomes: Gil, Bart, Mi-Dú e Ricardina.

Gato GIL. Foto original. 15.08.23.

Gil tem-se revelado o mais consistente na interação, sempre no quintal, acompanhando-me nos campos, na passeata pela azinhaga. Por vezes até se tornando chato, quando se me enrosca nos pés e eu com receio de tropeçar, de o pisar e magoar e ele ter alguma reação própria de felino.

Dava dinheiro para saber o que é que o bicho “pensa”, ou julga que é, qual a perceção que terá do respetivo papel, quando me acompanha, seguindo ao meu lado, ou quando, estando eu nalguma tarefa, ele se deita na posição esfíngica, observando-me. Processam-se um conjunto de interações, que eu pagaria para conseguir desvendar o respetivo significado!

Sempre presente, sempre pronto para comer, é de todos o mais persistente, mais confiante, mais afoito, mais “convencido”. Só tem medo de cobras! (Ricardina que as mate!)

O irmão Bart (Bartolomeu – Dias) desapareceu em Abril, mais a mana Mi-Dú (Maria Eduarda) e nunca mais regressou!

Esta voltou em Maio, com filharada.

Ricardina, a heroína, protagonista da encapelada luta com a cobra, que venceu e matou, por estranho que pareça, também deixou de dar sinais de vida a partir de 21 de Julho. Pensei que lhe acontecera o mesmo que à mana Mi-Dú e ressurgiria com filhos, mas já lá vai quase um mês e nada.

Interessante constatar que, após a luta encarniçada com o réptil, Ricardina, até aí muito discreta e tímida, ganhou outro modo de ser e de estar. Muito mais autoconfiante, destemida, ousada, demonstrando-o, por ex., subindo veloz e desenrascada as oliveiras, tal como o mano Gil. E acompanhando-me também nas fainas campestres com o mano. Subitamente, sem mais nem porquê, foi um ai que lhe deu! O que lhe terá acontecido?

A mana – Mi-Dú - agora também é presença assídua com Gil, embora não tenha nada o à vontade que tem o irmão. Mas está sempre presente na amesendação, embora revele algum receio.

Mi-Dú e Du-Dú. Original. 05.08. 23.

Já sabemos que é mãe. Inicialmente, final de Maio, observei-lhe 3 rebentos: dois claros e um malhado. Mas, agora, apenas aparecem dois.

Um claro, que nomeámos Du-Dú, até poderá ser Dudete, pois ainda não percebemos a verdadeira identidade. (Também já sugeriram Ninja!) E um malhado, que batizámos Riscadinho, mas poderá ser Riscadinha!

Du-Dú, perante a comida, já aceita a minha presença.

Riscadinho, ainda não. Só quando me ausento.

(Sobre Du-Dú, descobrimos que ainda mama. Certamente Riscadinho/a também.)

Por isso Maria Eduarda (Mi-Dú) anda sempre alquebrada!

Mas... a crónica sobre gatos termina, por agora.

E, as fotos, o que acha?!

(Na 1ª, os dois rebentos de Mi-Dú, assomando-se, a partir do quintal do "Ti Zé Fadista", local de pernoita, de nascimento...

Na 2ª, Gil, numa pose peculiar, de "chefe bem na vida".

Na 3ª, Mi-Dú e o rebento claro - Du-Dú.)

 

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