Quem cortou os ramos do pinheiro?!
Terá colhido as pinhas?!
Este postal é dirigido, especialmente, a quem, talvez nunca o vá ler. Mas que cortou os ramos do pinheiro, bordejando o “Caminho do Porcos unho” / “Fonte das Pulhas”. Certamente no sentido de colher as pinhas. Ou terá sido já para a “Árvore de Natal”?
Tal facto terá ocorrido no dia 11, deste Novembro. Habitualmente costumo percorrer esse caminho. Nessa sexta-feira, “Dia de S. Martinho”, pelo final da tarde, ao chegar perto do pinheiro, plantado no extremo sudoeste do “Vale de Baixo”, constato esse corte das pontas de três ramos onde pontificavam uma pinha em cada um. No dia dez ainda lá estavam.
Fosse qual o motivo da ação, julgo ter sido prematuro.
As pinhas só estarão maduras lá mais para o início do verão do próximo ano. O Natal ainda demora e os pedaços de ramos colhidos não darão para fazer uma árvore de jeito.
Se quiser pinhas poderei dar-lhe, lá para 2023, quando estiverem maduras. A foto que inicia o texto mostra pinhas no local certo. Das quais terei muito gosto em oferecer-lhe algumas. Não sou cioso das coisas, dos frutos das plantas. Nos terrenos que enquadram o mencionado caminho muitas árvores e arbustos frutificam todos os anos. Várias figueiras dispostas por antepassados meus. Diversas variedades de figos, já referenciados em anteriores postais. Muitas vezes digo a passantes que colham. (Aliás, costumo dizer que “colher figos não é roubar”!) Não menciono as oliveiras, que ninguém colhe, e este ano quase toda a azeitona se estragou. O loureiro, que está precisamente naquele local, para quem quiser levar ramo. (Bem, ramo não é fruto, bem sei!) As azinheiras, quem quiser apanhe as bolotas!
Os figos da Índia, digo mesmo explicitamente para que colham os que enquadram o caminho.
No Vale de Baixo, na continuação, está uma cerejeira que, até agora, nunca deu cerejas! Ameixoeiras, meio bravas, cujas ameixas colhíamos em crianças e agora dão uma ou outra, que mal colho. Uma romãzeira, cujo bacelo veio precisamente da Horta do Porcozunho, mas cujas romãs abrem demasiado cedo, talvez devido ao calor e à sede. Duas gamboeiras, que habitualmente oferecem boas gamboas, este ano nem por isso, devido à seca e que vou deixando para os passantes. Ontem ainda lá estava uma!
Os frutos do arvoredo confinando com o caminho, não me faz mossa nenhuma que os transeuntes apanhem e comam.
Não refiro as amoras, cujas silvas sustêm os muretes, que sendo silvestres, espontâneas, nem faz qualquer sentido as mencionar…! São muito procuradas, no mês de Agosto, quando mais abundam e há mais passeantes em férias.
Tudo isto e para finalizar. Não me importo nada que tivessem colhido as pinhas, mas na altura própria. Era, aliás, essa a minha intenção. Colhidas agora não sei se terão tido algum proveito.
As fotos são do dia doze e treze. Mostram pinhas nos sítios certos. (Oferecerei a quem quiser.) Imagens do pinheiro, que também tem história. Numa delas está a minha sombra tutelar, mas que, pelos vistos, não assustou ninguém.
Haja Saúde e boa disposição. Qualquer dia, quando deixar de chover, irei voltar aos meus ginásios!