Trabalhos de Conterrâneos e algumas incursões minhas neste campo.
(“Manias minhas”, já se vê!)
Uma moca!
![Arte Pastoril. Foto Original. Out.23.]()
Houve um tempo específico, neste nosso querido Portugal, em que as mocas estiveram na moda.
Ainda se lembra Caro/a Leitor/a?! (Intolerâncias!)
Esta moca foi feita, a partir de um ramo de azinho, nessa época, pelo Srº Joaquim Mariano Belo, também conhecido – sem ofensa – por “Vira – Milho” e “Come batatas”! (Os anexins das Aldeias são um tratado de Sabedoria!) E ofereceu-a ao meu Pai.
![Arte Pastoril. Foto Original. Out.23.]()
Eu, nos anos oitenta, decorei a base do “cone” com umas “caraças” e a face, com estilização de folhas de carvalho e um sol. Depois, envernizei. (Os desenhos estão muito gastos. Precisam ser retocados.)
![Arte Pastoril. Foto Original. Out.23.]()
Porta – Chaves!
![Arte Pastoril. Foto Original. Out.23.]()
Também feito pelo Sr. Joaquim Mariano Belo, que deu ao meu Pai. Na face, que está na foto, as iniciais do meu Pai. Na outra face está o nome da Rua e o nº., para não se perder. Ou se se perder, encontrar o caminho de volta. Muito bem pensado. Também é em madeira. Não sei de que tipo. Mas que é muito resistente, lá isso é!
O formato é deveras interessante. Remete-nos para o perfil de antigas figuras antropomórficas, ancestrais, associadas a culturas primitivas, pré-históricas.
Uma cabaça com um formato muito original!
![Arte Pastoril. Foto Original. out.23.]()
Nela, também em meados dos anos oitenta, fiz uns desenhos estilizados de folhas de carvalho negral. São muito recortadas e isso permite obter desenhos muito interessantes. Depois, também envernizei. O cordel de pendurar é de fio de barbante entrançado. Também dá um efeito agradável.
Um tapete em cortiça.
![Arte Pastoril. Foto Original. Out.23.]()
Foi-me oferecido, provavelmente também lá pelos anos oitenta ou noventa, pelo “Ti Zé Fadista”, meu vizinho do “Quintal de Cima” – lado poente. (Convém frisar que o Sr. Joaquim Mariano Belo era vizinho também do “Quintal”, lado leste.)
Penso que ambos, em novos, também tiravam cortiça.
Este tapete, para além do trabalho de transformar / aplanar a cortiça tem as decorações estilizadas deste tipo de artesanato. Remete-nos também para a decoração que se encontra em vasos de cerâmica antigos, pré-históricos, comuns nas culturas ancestrais de antigos povos peninsulares.
E, como se conseguia aplanar a cortiça?! Julgo que era cozida / escaldada. Depois colocada em superfície direita e sobrepondo-lhe pesos consideráveis durante algum tempo, para que ficasse direita. Depois seria cortada à medida.
Não sei quem fez os desenhos, se foi o “Ti Zé Fadista”. Mas sei que ele era muito habilidoso.
Os últimos trabalhos aqui apresentados são três cajados.
![Arte Pastoril. Foto Original. Out.23.]()
Estruturados e desenhados por mim, inspirando-me (?!) nesse tipo de artesanato.
Quando vou para o campo gosto sempre de levar um cajado. (Conselho do meu Pai!)
O da esquerda é de ramo de amendoeira amarga. É o que levo, habitualmente, quando o Gil vai comigo no caminho da Fonte das Pulhas. (A propósito, o gato Gil não aparece para aí há quatro dias. Que lhe terá sucedido?!)
O cajado do centro é de oliveira. É o mais decorado, mas é o mais frágil.
O da direita é de loureiro.
O que acha O/A Caro/a Leitor/a?!
(É caso para se dizer: "presunção e água benta cada um toma a que quer"!)