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Apeadeiro da Mata

Apeadeiro da Mata

30
Out24

Aos Autarcas, atuais e futuros, de Aldeia da Mata!

Francisco Carita Mata

Projetos que julgo importantes que Autarcas, atuais e futuros, equacionem para um futuro próximo na Aldeia.

***

O Projeto global é estruturar uma entrada, em condições, para a Aldeia Antiga – São Pedro, Rua da Ladeira, Travessinha, Rua Larga, Travessa do Fundão, Largo do Terreiro, Adro da Igreja, Rua da Igreja, Rua Industrial, a partir do lado Norte da Aldeia. Possibilitar escoamento de trânsito, estacionamento cada vez mais difícil.

(Investir numa zona da Aldeia, que tem vindo a ser esquecida.)

Este projeto de “obras”, no sentido de possibilitar novas acessibilidades em antigos acessos a Aldeia – “Aldeia Antiga”, tenho consciência, que visto globalmente, pode parecer utópico e pouco concretizável. Mas não é.

Analisando, parcelarmente, cada sub-projeto percebe-se da sua exequibilidade. Algumas coisas são tão fáceis de concretizar, que até é estranho não terem sido já feitas. Outras até foram pensadas, planeadas até, alguns anos atrás, mas como se meteram as partidarites…

Se definirmos o Projeto Global, como de médio/longo prazo e os subprojectos a executar gradualmente tudo se torna mais fácil.

É essa síntese que vou procurar fazer.

1 - A proposta mais fácil: Colocar mais 2 lâmpadas nas Azinhagas. Uma na Azinhaga do Poço dos Cães, frente à Azinhaga da Fonte das Pulhas, e outra no início da Azinhaga da Fonte do Salto, frente à Azinhaga do Jogo da Bola. Os postes já lá estão!

(Lâmpadas que darão jeito, quando menos se espera, tal como a que foi instalada no final da Travessa do Fundão / Azinhaga da Atafona.)

2 - Arranjar a primitiva entrada em Aldeia, a Norte.

A valeta da estrada, lado Oeste, precisa ser rebaixada e colocada uma conduta, para escoar as águas pluviais e que funcione como “pontão”.

A ribanceira da propriedade a sudoeste, de argila seca, sem muro, sempre a esboroar-se precisa ser derrubada, de modo a alargar a entrada. (Obviamente, com consentimento do dono.)

3 - A parte de caminho/entrada até ao início efetivo da Aldeia - Rua de São Pedro - que está em pedra / “paralelos” / cubos graníticos, ser tudo alcatroado.

4 - O célebre “entroncamento” de Azinhagas (da Atafona / Travessa do Fundão – Azinhaga Estreitinha) de que tenho falado e proposto uma solução consistente, com alcatrão, canais subterrâneos de escoamento de águas. (Solução que tarda, que apenas tem havido remedeios. Até poderia ser uma das primeiras coisas a fazer.)

5 - A parcela de Chão, a sudoeste desse “entroncamento”, em muro de pedras soltas sempre a caírem, precisa ser tratada – com consentimento do dono. Este é um daqueles trabalhos que a Junta pode fazer, tem meios técnicos e humanos e tenho a certeza de que, conversando, “poriam mãos à obra”.

6 - As Azinhagas da Atafona e Azinhaga do Poço dos Cães transformá-las, alcatroando-as, alargá-las, onde for necessário, até ao Adro da Igreja Matriz. 

(Nos troços confinantes com propriedades minhas já explicitei a minha opinião.)

7 - A “Azinhaga do Jogo da Bola”, devidamente alargada, poderá vir a dar continuidade a essa “nova” entrada na Aldeia. Nos Chãos, a norte do caminho, os respetivos proprietários bem poderão ceder parcelas que permitam o alargamento. 

8 - Toda a ribanceira de Chãos, a noroeste da entrada norte primitiva da Aldeia -esboroando-se e muros a cair, bem podem ser derrubados, de modo a alargar também a entrada. (Obviamente com consentimento dos donos.)

***   ***   ***   ***   ***   ***   ***

Tenho plena consciência que estas ações não podem ser de obrigação apenas da Junta de Freguesia. A Câmara também tem de ser envolvida - (não é só a sede de concelho que conta e importa). Também nós, Cidadãos, nomeadamente donos de terrenos, devemos ser envolvidos, participantes e colaborantes. Dar o nosso apoio e disponibilizarmos meios de que disponhamos.  E os Governos, claro, que isto envolverá outros recursos.

A Empresa Operadora de Telemóveis e a ETAR também deverão ser envolvidas, porque também beneficiam. A EDP!

(…)

***   ***   ***

É preciso é Acreditar, Lutar para… e Fazer!

Deverá ser um projeto global, faseado. Independentemente de qualquer partido que seja. É preciso é projetar o bem comum para a Localidade.

Não é um projeto que se execute de um dia para o outro, mas que pode e deve ser feito. Definir um plano de execução e pô-lo em prática.

(Pela minha parte, podem e devem pegar na ideia, e não me precisam de pagar quaisquer direitos de autor!!!)

(É evidente que isto é um esboço. Competirá aos técnicos adequados formular e concretizar com “efes e erres”. Não sou técnico. Faltam aqui pormenores, como é óbvio.)

Pensem, deixem-se de divergências partidárias, partidarites, unam-se e “ponham mãos à Obra”!

Haja Luz, que a escuridão entristece!

***

Postais em que já explicitei estes assuntos:

“Entrada para o “São Pedro” e para o “Cristo Rei”!

As Azinhagas a Projeto de Estrada?!

“Governanças e Bitaites - Outubro 2024”

 

29
Out24

As Azinhagas a Projeto de Estrada?!

Francisco Carita Mata

A Azinhaga do Jogo da Bola, a da Atafona, a do Poço dos Cães…

Propostas e projetos futuros para Aldeia (II)

A Azinhaga do Jogo da Bola – peculiar nome – devidamente alargada, poderá vir a dar continuidade a nova entrada na Aldeia. Nos Chãos, a norte do caminho, os respetivos proprietários bem poderão ceder parcelas que permitam o alargamento.  Transformar uma azinhaga num troço de estrada, até à entrada para a Azinhaga da Fonte do Salto e ao espaço onde recentemente – já este ano – foi instalada uma antena de telecomunicações de uma operadora de telemóveis. (Esta operadora, obviamente, também beneficiada – e dados os recursos diversos de que dispõem estas empresas – deverá ser uma das entidades a envolver no sentido de contrapartidas. Aliás, já deveria ter sido. Ignoro se foi.)

Saibam negociar.

Posteriormente, esses melhoramentos nas Azinhagas, deverão continuar até Azinhaga da Atafona e Azinhaga do Poço dos Cães. Transformá-las, alargá-las, onde for necessário, até ao Adro da Igreja Matriz. Possibilitando uma nova entrada e saída da Aldeia. Especialmente para a Aldeia “antiga”. A Aldeia ganharia.

Nesse troço, que confina com algumas das minhas propriedades – Quintal de Baixo, com muro consolidado e Chão da Atafona - se, eventualmente, for necessário alargamento, cedo terreno, sem qualquer contrapartida financeira, apenas que me arranjem o muro onde tiver de ser derribado. (Só tenho pena das Árvores!)

A norte do meu quintal, está o célebre “entroncamento” de azinhagas de que tenho falado e proposto uma solução consistente, com alcatrão, canais subterrâneos de escoamento de águas. Solução que tarda, que apenas tem havido remedeios. Mas esta parte deverá constar de um projeto conjunto – a executar faseadamente.

Entre esse entroncamento e o meu quintal está uma parcela de Chão, com muro de pedras soltas sempre a caírem. Já falei com o atual dono, em 23 ou 22, para que essas pedras fossem removidas para o interior do terreno – para que é que ele o quer(?). Este é um daqueles trabalhos que a Junta pode fazer, tem meios técnicos e humanos e, tenho a certeza de que, conversando, poriam mãos à obra. Mas o atual dono – jovem da minha idade – opôs-se à sugestão que lhe fiz.

E para que quer ele o terreno?! (É passar, olhar e ver!)

E, para finalizar esta proposta, a parte mais fácil, que ainda não fizeram, porque não quiseram.

Colocar mais duas lâmpadas nestas Azinhagas. Uma na Azinhaga do Poço dos Cães, frente à Azinhaga da Fonte das Pulhas, e outra no início da Azinhaga da Fonte do Salto, frente à Azinhaga do Jogo da Bola.

Lâmpadas que darão jeito, quando menos se espera, tal como a que foi instalada no final da Travessa do Fundão / Azinhaga da Atafona.

Comecem por aí, é o mais fácil de concretizar, é só mexerem-se nesse sentido.

Haja Luz, que a escuridão entristece!

 

25
Nov23

Árvores plantadas neste “Verão de S. Martinho”!

Francisco Carita Mata

Freixo e Choupo. Original. 21.11.23

Trabalhos de “Ginásio”, associados a queimadas. E também gatos…

O/A Caro/a Leitor/a tem toda a razão!

As árvores que titulam o postal não foram plantadas este ano.

Já agora, será que consegue identificá-las?!

Bem… eu digo. A que ainda tem folhas outonais é um choupo negro. Será da década passada. Terá para aí uns dez anos. Não sei bem… Obtive-a através de ramo, que abacelei. Cresce muito depressa.

A que está em primeiro plano e já sem folhas, é freixo. São vários, obtidos por sementeira. São dos anos noventa do séc. XX.

Em fundo, está o canavial, de que queimei algumas canas secas. Precisa de grande desbaste. Propaga-se muito, apesar das ovelhas gostarem muito dos ramos verdes. Não tive qualquer ação no plantio destas canas. Estarão por ali há décadas! Sempre as lá vi!

Também uma grande azinheira. Vislumbra-se resto de fumo da queimada.

As fotos que se seguem são de árvores e arbustos que transplantei, dos vasos em que as semeara, para os terrenos em que as pretendo consolidar. Aproveitei este Outono primaveril de meados de Novembro, conhecido por “Verão de São Martinho”. Vamos ver se pegam!

Um Sanguinho, no Vale de Baixo.

Sanguinho. Original. 16.11.23

Bem “vedado”, que as ovelhas são muito gulosas. (Plantei dois.)

No Vale também plantei uma Figueira, mas não sei de que variedade!

Tenho também consolidado os tapumes das outras figueiras e das restantes plantas: amoreira, azinheira, sobreiro, carvalho, romãzeira, marmeleiro, loureiros. Refiro-me às plantas mais pequenas, que as maiores e mais velhas já se protegem por si mesmas.

No “Quintal de Baixo” plantei:

Nespereira!

Nespereira. Original. Nov 23

Roseira Brava

Roseira Brava. original. 15.11.23.

E ainda um espinheiro, algumas murtas, junto de madressilva e figueiras da Índia. Perspetivo que, ao crescerem, formarão uma sebe face ao muro e ao caminho vicinal.

Azinhaga da Atafona. Original. 15.11.23.

Esperemos que assim seja! Que aguentem, principalmente os calores excessivos de Verão, as secas e que eu tenha tempo, possibilidade e paciência para as regar.

E, já se sabe, as companhias…

Gatos. Original. 17.11.23

Na foto anterior, estão manos da ninhada deste ano (Abril / Maio), aconchegados no muro do tanque, no Vale de Baixo.

O branco é Du-Dú. São ambos filhos de Mi-Dú (Dona Maria Eduarda). O “malhado”, a modos e afinal, é “malhada”. Era conhecido por “Riscadinho”, mas já que “mudou de identidade”, batizámo-lo novamente. Passou a chamar-se “Marinete”!

Saúde, Paz, boa disposição e bons trabalhos de tempos livres!

 

25
Jul23

Andorinhas!

Francisco Carita Mata

Andorinhas nos fios...

Andorinhas. original. 09.07.23

Não sei que fios são estes!

Se de eletricidade...se de telefone...

(Na Travessa do Fundão, antigamente Azinhaga da Atafona!)

(Aldeia da Mata)

Andorinhas. original. 09.07.23

Remeto para este Poema que escrevi em 1987: Adeus: A Deus!

(Publicado em 2015, em Aquém-Tejo. À data, ainda não sabia tirar fotos com o telemóvel, quanto mais transferi-las para o blogue. A ilustração chega hoje, com foto de 09.07.23.)

 

08
Jul23

Ricardina: a Gata Heroína!

Francisco Carita Mata

Ricardina gata heroína. original. 07.07. 23.

Gatos no Quintal (XIV) - Aldeia da Mata

Se eu me pusesse a escrever sobre os “Gatos do Quintal”, todos os dias tinha motivos para narrativas!

Basicamente são quatro irmãos, que, com o conhecimento obtido sobre os mesmos, foram adquirindo identidades e direito a nome: Gil (Eanes), Bartolomeu (Dias) – Bart; Ricardina e Maria Eduarda – Mi-Dú.

Gil e Ricardina são patentes no quintal, há meses, sem interrupções. Bart e Mi-Dú despareceram, por Abril. Mi-Dú reapareceu em Maio, aparentando ter parido. No dia 31 de Maio, observei três gatinhos, assomando-se por entre o telheiro do quintal do Ti Zé “Fadista”.

No início de Junho, voltei a vê-los, fugindo, ao final da Azinhaga, entrando para o Chão da Atafona. Nunca mais os vi. Mi-Dú, quase de certeza mãe, passou a ser presença permanente no Quintal de Baixo, local de amesendação. Sempre renitente relativamente à minha pessoa, embora prontamente aceite pelos irmãos - Gil e Ricardina, compartilhando refeições e companhia.

De Bart nunca mais soube nada. A modos que o Cabo foi mesmo das Tormentas. Ainda tenho Esperança que volte, que não tenha ficado lá pelas Índias!

Relembrados estes introdutórios, vamos às heroicidades!

Ontem, já depois das dezoito, quando fui regar, observei o gato e as gatas em rebuliço, no final da Azinhaga, junto ao Chão da Atafona e da figueira verdeal. Fui observar.

O que se passava?! (...)

Andavam de roda de uma cobra!

Andavam, é como quem diz… Que, Maria Eduarda depressa fugiu para o quintal, não sei se com medo de mim, se da cobra. Gil, valentão, trepador, contorcionista e equilibrista, predador de pássaros, depressa saltou para o muro do quintal. E este não foi com medo de mim!

Quem lutou, batalhou, se engalfinhou com a cobra, descobrindo estratégias e táticas para a conseguir filar pelo pescoço, foi Ricardina! Ricardina, a Heroína!

Eu, a bem dizer, fiquei um pouco atarantado. Consegui algumas fotos, fiz um pequeno vídeo.  Mas não tive qualquer intervenção sobre o acontecimento. Deixei que a Natureza funcionasse na sua plenitude.

A cobra defendia-se, atirando-se de boca aberta para a gata, esta afastava-se, mas depressa retomava a refrega. O réptil, a estratégia que usava era tentar fugir, subindo pelo muro do quintal de Doutor Agostinho. Mas não tinha qualquer sucesso. O muro é muito alto e revestido de cimento. Estes animais sabem que não vencem qualquer luta com predadores de topo, como são os felinos. A saída e defesa é fugir. O mesmo que fazem com os humanos. Abrir a boca é só para assustar!

O bicho ainda se lembrou de correr para o muro do Chão da Atafona, que é de pedra solta. Correr, correu, ainda se tentou infiltrar na parede… “lá foge a bicha…” pensei eu. Mas Ricardina, felina e heroína, não desistiu. Conseguiu puxá-la, apanhá-la pelo pescoço e mandá-la para “outro destino”.

As fotos documentam alguns dos factos.

A 1ª apresenta Ricardina junto do troféu. Gil, deitado, observando, que foi o que fez, após ter fugido de medo.

A 2ª foto mostra a cobra, enrolada, ferida ou morta (?), que, agora, à posteriori, apresenta-se-me esta dúvida...

Cobra. Original. 07.07.23.

Caro/a Leitor/a, espero que não se assuste com a(s) cobra(s). Não fazem mal. Mas eu, na verdade, também me assusto, se as vejo. Mas não as costumo matar. São também predadoras de animais prejudiciais para as agriculturas, os ratos, por ex. Competem com os gatos.

Votos de saúde, paz e bons passeios.

Hoje, está mais fresquinho, aqui, por este Alentejo do Alto!

 

10
Mai23

Flores singelas!

Francisco Carita Mata

Papoila. Foto original. 06.05.23

Papoila e Rosa

Rosa silvestre Foto original. 05.05.23

Lá por seres flor singela

Sendo papoila ou rosa

Não deixas de ser mais bela

És uma flor bem formosa!

*******

(Quadra escrita esta tarde, inspirada nestas flores singelas do campo. Algures, Maio, Aldeia da Mata.

Papoila: Azinhaga da Atafona; Rosa Brava: Estrada Nova, frente à Azinhaga da Fonte da Bica)

 

16
Abr23

Crónica sobre Gatos do meu Quintal (X)

Francisco Carita Mata

Nunca mais soube nada de Bart nem de Mi-Dú!

No último postal, em “Aquém-Tejo”, abordei tema muito do meu agrado. Neste, do “Apeadeiro”, a parte inicial desagrada-me. Nunca mais soube nada dos manos referidos, mano e mana. Já perguntei a vizinhos, mas também não os viram. Que terá sido feito deles?!

Em contrapartida, Gil e Ricardina lá andam pelo “Quintal de Baixo”. Andam, cirandam, amesendam-se, que há muita e variada comida. Gil é muito mais afoito. Acompanha-me no Chão da Atafona, vai comigo para o Vale de Baixo, segue-me pela Azinhaga da Fonte das Pulhas, vai até ao Rescão e, se me disponho, segue-me, acompanha-me, quase nele tropeço, até ao Porcozunho.

O aposento deles, hotel, motel, maternidade, continua sendo o quintal abandonado de “Ti Zé Fadista”, pegado ao “Quintal de Cima”. Onde primeiramente eles se ambientaram e interagiram connosco. Mas fui-os “educando” para não frequentarem esse quintal e estabeleceram-se no “Quintal de Baixo”. No de “Cima”, tenho canteiros, flores frágeis. Não convinha nada que por aí cirandassem.

É do quintal abandonado que partem, de manhã, quando me dirijo ao “Quintal de Baixo”, com alguma comida.

Mal chegam, espojam-se, esfregam as costas na terra, viram-se de barriga para cima, numa atitude de disponibilidade, de simpatia, de entrega, entendo eu, porque, ao agirem desse modo, colocam-se numa situação de completo à vontade, sem defesas, confiantes na reciprocidade de afeto, porque ficam, obviamente, numa posição totalmente vulnerável. Ao longo do dia, e se eu continuar pelo quintal, repetem estes gestos várias vezes, sinais de completa confiança com a minha pessoa. Digo eu, que não percebo nada de gatos, estou observando e tentando entender estas atitudes dos animais. Ainda não chegámos à situação de festas, que não sou nada afoito, nem tenho muita confiança… Alguma arranhadela! Mas Gil, enrosca-se-me nas pernas com a cauda, que receio pisá-lo.

Voltando ao “Quintal de Cima”. Tenho andado por lá, a regar, arrancando ervas, tratando das plantas, que semeei e abacelei. Passo aí várias horas, pelas tardes. No ano passado, enquanto aí andava, eles eram minha companhia. Nos muros, nos telhados do cabanal do Ti Zé, em correria pelos talhões das plantas e arbustos. Isto, antes dos ensinamentos do “processo educativo”. Agora, nestas minhas permanências de atividades de jardinagem, pura e simplesmente não aparecem. Ausentaram-se. Aprenderam certamente, pelo menos, eu quero crer que é assim.

Mas, na semana passada, numa das tardes que por lá estive várias horas, ao terminar as atividades, já sol-posto, onde venho encontrar Gil e Ricardina?!

Pois, no exterior, no cruzamento das azinhagas, lá estavam os manos! Esperando-me?! Velando-me, à distância?! Não sei! Mas quero crer que sim!

P.S. – Se em 2020, me dissessem que eu andaria a tratar de gatos, a interessar-me por estes animais tão peculiares, eu talvez dissesse: “Tal há-de ser a parvoeira!” Mas a Vida é assim!

Quanto às sementeiras e abacelamentos do Outono passado, informo que várias azinheiras, carvalhos, sobreiros, espargos, gilbardeiras, roseiras, estão germinadas e rebentadas. Das do ano passado também várias plantas estão consistentes. Agora, e no futuro, há que manter o que vingou. E, regar. Regar, que o tempo está péssimo. Que este calor, ainda que o pessoal deste meu querido País ache que é só praia, sol e maravilhas, para quem trabalha e vive dos campos, este Abril, com calor de Junho, é muito mau. E, diz-se que “Em Abril, águas mil!”

Saúde, Paz e que venha chuva!

 

18
Dez22

Achou piada. Riu-se!

Francisco Carita Mata

As tempestades sobrevêm quando menos se espera!

Muro caído. Azinhaga da Atafona. Foto Original. 16.12.22.

Em ambos os blogues, tenho pugnado por melhorar aspetos da minha Aldeia. Tanto com as entidades públicas, como com as particulares. Quando uns ou outros podem, as “maleitas” resolvem-se. Dentro das possibilidades de cada entidade. Nem sempre é possível colmatar todos os aspetos e de forma imediata. Compreende-se.

(Para além de estar sempre a divulgar e valorizar o Património de Aldeia da Mata. O material e o imaterial.)

Um dos aspetos, em que tenho batido na tecla, tem sido sobre o arranjo do “cruzamento” Travessa do Fundão - Azinhaga da Atafona – Azinhaga do Poço dos Cães.

Têm feito o que podem, dentro dos condicionalismos de que dispõem. Mas já se sabe, sempre que chove, a gravilha escorre e vai parar ao “Vale de Baixo”.

Mas há situações que têm mesmo de ser os particulares. Os Herdeiros de Dr. Agostinho providenciaram algo que poderia servir de exemplo para o que deveria ser feito em todo o espaço.

Gravilha arrastada. Muro a cair. Foto original. 15.12.22.

Na foto anterior, pode verificar-se nesse caminho, que no lado direito da foto, o muro é de pedra solta. Várias vezes tem vindo a cair e há pedaços que ameaçam derrocada.

Gravilha arrastada. Muro a cair. Foto original. 16.12.22.

Em Agosto, pleno Agosto de calor, sem chover há meses, o proprietário desse Chão andava atarefado em arranjos e mudanças na casa que tem junto à Ermida. Somos jovens da mesma idade, tirámos sortes no mesmo dia, em Évora, num ano distante que já não me lembro quando!

Aproveitei para lhe sugerir que arranjasse o muro de pedra solta, que ameaça cair o resto. Que parte tem vindo a ruir. Algumas pedras já arrumei. Falou-me que para a Páscoa! (Não sei qual Páscoa, que nestas coisas nunca sabemos!)

Frisei que podendo vir alguma tempestade, chuvas e ventos, facilmente aquelas pedras cairão. Passa por ali gente todos os dias, eu, várias vezes por dia.

Achou piada! Riu-se. Foi natural a reação. Em Agosto, pleno Agosto, seca de vários anos e calor infernal, quem vislumbraria tempestades invernosas?!

Pois nem passaram cinco meses. E as tempestades vieram! E o muro de pedra solta, não tendo ainda caído, é certo, mas caiu parte de outro, na mesma propriedade e do mesmo dono. A foto que abre o postal regista o ocorrido.

(Que isto de tempestades chegam quando menos se espera! Já tenho referido a ocorrida em Dezembro de 2019, de 19 para 20 do mês. Peculiar: 19 para 20 do mês, de 2019, para 2020! Chamava-se "Elsa"!

Também me lembro dos efeitos de um ciclone, que provindo de Oeste para Leste, correu o Vale da Ribeira das Pedras, direito à Baganha e Tapada do Sabugueiro, deixando um rasto de destruição, sobreiros e azinheiras arrancados de raiz. Felizmente não atravessou a povoação.

Não sei exatamente a datação, mas terá sido pelos anos oitenta ou noventa do séc. XX.?)

Obrigado pela atenção. Saúde. Paz. Feliz Dezembro. E menos chuva!

 

29
Set22

Limpeza da valeta no “Vale de Baixo” – 28 Set. 22

Francisco Carita Mata

Aldeia da Mata - Crato

A chuva sempre tão necessária, neste ano chegou ainda no Verão, já no final. Veio bem batida, bem chovida e já sabemos… Chuva assim, escorrendo pelas Travessa do Fundão / Azinhaga da Atafona e Azinhaga do Poço dos Cães, logo a gravilha nelas colocada, a fazer de lastro aos caminhos, vai desaguar ao "Vale de Baixo". Foi o que aconteceu novamente este ano.

Contactei a Junta de Freguesia na semana passada e, nesta semana, combinámos ida do funcionário Carlos Véstia a limpar a areia que entupindo a valeta, processa a escorrência das águas e areias para o terreno. Trabalho realizado ontem, 4ª feira, 28 de Setembro, pela manhã.

Fiquei muito agradado com o trabalho realizado.

Com este postal pretendo precisamente agradecer à Junta de Freguesia e ao funcionário Carlos Véstia. Muito Obrigado e muita Saúde para todos.

Entretanto, também na semana passada, a Junta de Freguesia providenciou a colocação de gravilha nas referidas Azinhagas, nomeadamente no “entroncamento” das mesmas. Trabalho de curto prazo, que tinha mesmo de ser feito, pois, desventradas como estavam, dificultavam a circulação tanto de veículos, como de peões.

Todavia não posso deixar de alertar para a imperiosidade de se concretizar uma obra devidamente adequada para esses caminhos vicinais. Trabalho que já tarda. Com o qual ganharemos todos. Toda a Freguesia!

Remeto para outros postais em que me tenho debruçado sobre este assunto.

Os meus renovados agradecimentos e votos de Paz.

E ainda…

Os tristemente "célebres" quintais da Rua Larga, nomeadamente os que eram pertença da Srª Joaquina Calado, da Srª Dolores e da Srª Augusta, quando são limpos?!

Do que sei e tenho observado dos “supostamente” proprietários e usufrutuários, eles nunca farão as respetivas limpezas.

De modo que

Terá de haver intervenção das Entidades Públicas.

Saúde! Paz! E que continue a vir chuvinha como a que caiu hoje, mas em maior quantidade.

Mas não de enxurrada, que leve novamente a gravilha para a valeta do “Vale de Baixo”.

Valha-nos São Pedro!

 

15
Set22

Finalmente a Chuva! Abençoada Chuva!

Francisco Carita Mata

A bendita Água voltou!

(Também em Aldeia da Mata!)

Bendita, para os locais onde não fez estragos. Que isto da chuva, mesmo quando desejada, mal chega, começa logo a enfadar. Mas é por demais necessária. Nalguns locais fez das suas. Em Manteigas, em plena Serra da Estrela, foi o que se viu.  Uma consequência direta dos incêndios de Agosto. Incêndios, principalmente em zonas serranas, mal vêm as primeiras chuvas, logo ocorrem as enxurradas a jusante.

Aqui para os meus lados e na minha Aldeia e nos espaços que conheço e percorro, também a ocorrência habitual.

O “cruzamento” no topo Oeste da Travessa do Fundão, onde esta entronca com a Azinhaga da Atafona e dá seguimento à Azinhaga do Poço dos Cães está como pode ser verificado in loco. A gravilha, terra, entulho, foi quase tudo arrastado pela força das águas, com estas chuvadas destes últimos dias.

Também já sabemos que foi parar ao Vale de Baixo, onde fez enxurrada. É o trivial.

Solução?! A que já tenho apresentado há anos.

Uma intervenção duradoura, de preferência com alcatrão, que cubra esse “cruzamento”, a parte da Travessa do Fundão não calcetada e toda a Azinhaga do Poço dos Cães até ao adro de São Martinho.

Não fazer a solução de remedeio usual: a gravilha. Mais do mesmo. Nas chuvas sequentes toda a gravilha abala.

Para operacionalizar esta obra terá de haver articulação entre as Autarquias: Junta de Freguesia de Aldeia da Mata e Câmara Municipal do Crato.

Provavelmente terá de ser uma obra faseada. Primeiro o “cruzamento” e depois as Azinhagas. Mas terão de equacionar solução para este problema, orçamentando-o.

Certamente este ano civil ainda terão de remediar com gravilha. Mas poderão e deverão prever este trabalho para próximo ano civil. É uma obra que tarda há anos. Dezenas!

Colocar "grelhas" para escoamento das águas em vários pontos nevrálgicos.

Mas todos estes aspetos os responsáveis sabem melhor que eu, que não tenho pretensão de me sobrepor a ninguém. Contudo sou eu que transito naqueles espaços todos os dias. É aos meus terrenos que a terra vai desaguar todos os anos.

Mas esta obra só me irá beneficiar a mim?!

Claro que não! Todos os dias por ali passam outros vizinhos. Uns a pé, outros em carros ou em camionetas. E toda a Aldeia beneficiará.

E se essas Azinhagas fossem iluminadas, tanto melhor!

E, a talho de foice, os célebres quintais abandonados no topo norte da Rua Larga, são ou não limpos?!

Saúde. Paz. E grato pela atenção.

 

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  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
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