No Carnaval nada se leva a mal (I)
“Qualquer Coisa”: uma charada!
Uma sextilha engraçada!
Uma adivinha mordaz!
Descubra, se for capaz!
*******
Qualquer Coisa
Qualquer coisa na minha aldeia
É uma coisa muito feia
Não se diz, sequer se nomeia
Por entre gente educada.
Isto é apenas charada
Diz-se tudo sem dizer nada!
*******
Esta sextilha escrevi-a ainda antes da eclosão da pandemia. Não me lembro muito bem quando, mas recordo-me do contexto em que foi “criada”.
No Mercado Municipal de Portalegre, há uma confeitaria, designemo-la assim, por demais interessante. Não sei o nome, nem vem ao caso. É única.
Antes da pandemia, costumava ir lá comprar brinhol e alguns bolos variados. Ao brinhol chamamos-lhe bernhol. Há quem o batize por massa frita, farturas… sei lá!
Numa das manhãs que lá fui, havia alguma fila. Seria sábado, não sei.
Apareceu um ex. familiar. É uma pessoa de poucas falas, como se costuma dizer, mas eu gosto sempre de o cumprimentar e interpelar. Ao que vinha, ter-lhe-ei perguntado.
“- Venho comprar qualquer coisa…para levar…” Julgo ter-me referido que a filha fazia anos.
Este “qualquer coisa” foi o clique para eu escrever a sextilha.
*******
Já está escrita há algum tempo. Hesitei em publicar. Hoje, Domingo de Carnaval, atrevi-me a divulgar. (“No Carnaval nada se leva a mal.” (I) – Porque tenho outra quadra que não sei se publicarei ou não em Aquém-Tejo”!)
Bem... aqui está!
"No Carnaval nada se leva a mal!"