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Apeadeiro da Mata

Apeadeiro da Mata

17
Nov22

Lembranças do Pai Domingos

Francisco Carita Mata

Saudades!

Que Saudades do Pai Domingos!

Pinheiros mansos. Ervedal. Foto Original. 06.07.22

Ilustro com fotos de Árvores.

A dos Pinheiros Mansos no Caminho do Ervedal, sendo por demais sugestiva, documenta pinheiros que eu semeei e o Pai plantou naquele local, ainda no século XX. Nos anos oitenta, certamente. O Legado dos nossos pais é inesquecível. Este hábito de semear e plantar árvores foi herdado e aprendido com o meu Pai, não tenho dúvidas. Que terá por sua vez também herdado ou aprendido (?) com outros ancestrais.

A foto foi tirada naquela manhã brumosa, em que fui pintalgar os sobreiros recentemente descortiçados.

As duas fotos seguintes são de dois sobreiros semeados pelo meu Pai, no referido Ervedal.

Sobreiro Ervedal. Foto original. 06.07.22

Os Pais fazem-nos sempre muita falta. Os Pais e as Mães, claro.

Sobreiro Ervedal. Foto original. 15.06.22

Que Saudades, Pai!

 

17
Jul22

Manhã brumosa - Ervedal - Aldeia da Mata

Francisco Carita Mata

Sobreiros pintados. Foto original. 2022.07.06.jpg

Manhã brumosa

(Pintando o 2 no sobreiral!)

 

O vento não tugia nem mugia

Nem a mais leve aragem bulia

Julho, seis, vinte e dois, no Ervedal.

E, eu, calcorreando sobreiral.

Manhã, manhãzinha de maresia

Como há muito tempo não sentia!

 

Pintalgando sobreiro. Ou sobreira?!

Cortiça virgem outra secundeira

Em cada um marquei dígito dois.

Assim andei. E três horas depois

Dei por finda a minha trabalheira.

Feliz da labuta e sem canseira!

 

Manhã fresca, e fresca, e brumosa

Tão bela, e bela… tão radiosa!

 

Esta dúzia de versos, mais dois, catorze versos, estruturados em 2 sextilhas, e um dístico, começaram a ser congeminados na agradabilíssima manhã em que fui pintalgar os sobreiros no Ervedal, 06/07/2022. Gostaria que tivessem sido mais descritivos desse passar do tempo tão fresco, fresco, em contraponto a este calor, calor excessivo, que vivenciamos. Não ficaram como eu gostaria. A minha musa é o que é, que até quem tem Musa se queixa de que ela por vezes lhe abala e falseia. Ademais quem tem apenas musa!

Saúde! Paz! E que venha o vento fresco!

 

30
Jun22

Descortiçamento: Foto de Grupo - Aldeia da Mata

Francisco Carita Mata

Ervedal – Aldeia da Mata – 15 de Junho de 2022

Descortiçamento Ervedal. Grupo. Foto original. 2022.06.15.jpg

Neste findar de Junho, trinta, acabados os Santos Populares, publico o postal enquadrando a foto final com o grupo dos participantes na faina do “Descortiçamento no Ervedal”.

A análise da foto processa-se seguindo o método de leitura no nosso “Mundo Ocidental”. Da esquerda para a direita.

Todavia, podemos desde logo processar uma observação global.

E há um pormenor ou por maior, relevante. Só quatro sujeitos têm machada. Foram esses que efetivamente tiraram cortiça.

Sigamos a fotografia, referindo estes quatro personagens.

O 2º sujeito da foto é o conterrâneo António Caetano, tirador de cortiça, trabalho sazonal, já o pai exercia esse mister.

O 4º é o senhor da Cunheira, que também já figurou noutro postal e que exibe a respetiva machada e um naco de cortiça, realçando a ferramenta.

O 5º é o engenheiro Nuno, zootécnico, também extrator da cortiça e que também já destacou outro postal.

O 7º é um senhor com quem não cheguei a conversar, não sei de que localidade, mas que também tirava cortiça.

O 6º senhor referiu-me ser do Crato. A respetiva função, segundo observei, era essencialmente carregar as pranchas da cortiça para a furgoneta, que também figura parcialmente na foto.

E os outros dois personagens?

A 3ª pessoa é o senhor João Alves, o empresário que comprou a cortiça ainda na árvore e os eucaliptos. Por conta de quem correu toda esta função. Que, eu, apenas assisti e documentei fotograficamente e em vídeo. E que tenho narrado sobre o acontecimento. Também pai do engenheiro Nuno.

E o primeiro personagem da foto é o senhor João José que, como eu, apenas esteve a assistir. Mas dado que foi ele que me alertou para eu documentar a execução da tirada no sobreirão, também mereceu registo fotográfico e documental.

E com este postal, propositadamente em “Apeadeiro da Mata”, em princípio, dou por finda esta minha sequela sobre “Descortiçamento no Ervedal", em Aldeia da Mata.

Até daqui a nove anos!

Até lá, que tenhamos muita Saúde. E que haja Paz!

 

21
Jun22

Descortiçamento – Ervedal – Aldeia da Mata

Francisco Carita Mata

Descortiçamento Ervedal. Foto Original. 2022.06.15.jpg

15 de Junho de 2022 – 4ª feira

Irei publicando algumas fotos sobre este acontecimento extraordinário. Sim! Extraordinário! Porque a especificidade do trabalho, as particularidades desta função, deste trabalho agrícola, o esforço e tenacidade exigida aos profissionais, assim o categorizam. Extraordinariamente importante!

É um trabalho sazonal: Maio - Junho, de cada ano. Também conforme o tempo, mais ou menos quente. E periódico. Relativamente a cada sobreiro, a cada montado de sobro, só se realiza de nove em nove anos.

Dadas estas duas variáveis, sazonalidade e periodicidade, resultou no facto de, só neste ano de 2022, eu ter assistido, pela primeira vez na minha vida, ao exercício desta tarefa da nossa agricultura alentejana. E que tarefa! Por esse facto pessoal, também é extraordinário!

Foi uma experiência interessantíssima sobre que irei abordando alguns postais.

Ademais porque se concretizou em território de que somos proprietários, terrenos herdados de minha Avó Carita, a que me contava contos tradicionais. E o mais relevante ainda, porque foram sobreiros semeados pelo meu Pai e por mim. 

Todos estes aspetos valorizam sobremaneira este acontecimento.

Mérito de quem o exerceu, os trabalhadores, a quem agradeço a disponibilidade e sobre quem irei escrevendo e documentando.

Saúde e Paz. E, o Verão que continue fresquinho!

 

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