Os Gatos no meu Quintal (VI)
Os gatos voltam a protagonizar cena peculiar!
Ontem, dezasseis de Janeiro, 2ª feira, pela tarde, já dezasseis horas, vou até ao “Quintal de Baixo”, na expectativa de fazer alguns trabalhos de campo. (Que acabei por não fazer, porque, entretanto, voltou a chover. Tal como hoje, chuviscos pela tarde, muito vento todo o dia e frio. Frio! É Inverno.)
Mas, ontem…
… Ao entrar no cabanal, comecei a ouvir um pipilar, parecia-me um piar. Intrigante! Inusual, porque julguei, inicialmente, ser alguma coruja. Mas admirava-me, porque, à hora referida, ainda de tarde, não é costume ouvir já as corujas. Lá mais para diante, mais ao final do dia, sol-posto, é costume ouvi-las. Ou mocho a piar.
Escutando mais atentamente, parecia-me um miar de gato. Olhei para os dois compinchas, estacionados na entrada do cabanal, mirando-me. Observei-os bem e não me parecia estarem a miar. Aproximando-me mais da porta do palheiro, a que a cabana dá acesso, pude precisar que dele provinha um miar, quase um pedido de socorro, de ajuda.
Gato! Aqui, melhor… ali, há gato! Há gato no palheiro!
(Mas como foi o bicho lá parar?! Não há buracos nas paredes nem no telhado!)
Um certo receio de abrir a porta, não viesse ele de lá esbaforido. Mas não havia como não abrir!
Aberta a porta com cuidado, lá estava um dos gatinhos, um dos quatro companheiros, mosqueteiros!
Como lá entrara? Só pela mesma porta, pela qual saíra.
No domingo, de tarde, andei no quintal limpando um ervaçal e tive a porta do palheiro aberta. Curiosos como são os gatos, um deles, o referido, entrou.
Quando me fui embora, fechei a porta, ignorando que lá ficara um dos animais.
Nunca me apercebera, até ontem, que eles lá tivessem entrado. O dito terá lá ficado cerca de vinte e quatro horas. Da tarde de domingo para a de segunda-feira. Espero que a curiosidade fique curada!
Comer?! Só algum inseto perdido. Porque ratos não há. Nem no quintal, nem no cabanal, nem no palheiro. Desde que por ali cirandam os gatos.
Não lhe faltou água, porque tenho um balde cheio, no palheiro.
Terá sido uma cena curiosa para o bichano enclausurado e para os manos, cá fora, a ouvirem-no.
Ficará de emenda?! Não sei, mexeriqueiros como são os gatos!
Agora, quando me vou embora, bato na porta, é de chapa, a fazer barulho.
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(As fotos?! Não correspondem à cena descrita. A minha capacidade fotográfica ainda não atingiu a destreza de fotografar instantâneos. Até porque também fiquei surpreso.
A 1ª, é de um dos mosqueteiros, mas não sei se é o protagonista referido. Não os consigo distinguir. São todos malhados.
A 2ª e a 3ª são das paredes do palheiro. Repare nas técnicas construtivas. Julgo ser edifício ainda do séc. XIX.
Na 3ª foto junto à oliveira, de cerca de um século, está um cacto, que plantei ali em 2015. Trouxe-o do Feijó.)