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Apeadeiro da Mata

Apeadeiro da Mata

05
Out23

Trabalhos de campo / Atividades no Ginásio IV!!!

Francisco Carita Mata

Proteção figueiras. Set. 23. original

Proteção de Figueiras no Vale de Baixo.

Proteção figueiras. Set. 23. original

Apesar do calor ou precisamente por isso, têm de ser feitos alguns trabalhos nos campos. Um deles é precisamente regar.

Outra atividade que tenho de desenvolver, periodicamente, é proteger algumas árvores mais pequenas. As ovelhas são terríveis! Têm uma predileção especial por pequenas árvores. Então pelas figueiras!…

As fotos são de 29 de Setembro, e testemunham o trabalho de proteção de duas figueiritas, que já foram depenicadas este ano. Uma figueira de São João que as cabras comeram, julgo que ainda na primavera, que, entretanto, rebentou e agora completei a proteção que já tinha, reforçando com segunda leva de rede. Por dentro da rede, coloco habitualmente ramos ou troncos secos ou canas, de modo a esconder as folhas verdes, motivo especialíssimo de atração do gado.

As redes, per si, protegem, mas não são totalmente eficazes. As ovelhas pressionam, empurram, levantam a rede por baixo, tentam ultrapassá-la por cima, de modo a alcançarem as folhas e, com esforço e persistência, acabam por conseguir.

É esse trabalho de ação contrária que tenho de executar, contrariando os intentos dos animais.

As fotos mostram as duas figueiritas protegidas, há também uma de pingo - mel e uma amoreira.

Na correnteza das árvores, no lado direito da valeta, também há quatro ou cinco freixos, uma pequena azinheira e um choupo negro.

As fotos documentam genericamente a situação.

Proteção figueiras. Set. 23. original

O aspeto das proteções não parece muito estético, mas o que importa é que seja eficaz!

20230929_105201 (3).jpg

Bons passeios, bons trabalhos de campo, de jardim, boas idas aos ginásios!

Promovem a Saúde e trazem-nos Paz!

 

13
Mai23

Azinhaga da Fonte das Pulhas: Efeito túnel!

Francisco Carita Mata

Azinhaga. Efeito túnel. Foto original. 12.05.23.

Já abordei várias vezes temáticas sobre este caminho vicinal azinhaga / Aldeia da Mata.

Azinhaga Fonte das Pulhas. Original. 12.05.23.

Bem no início, as árvores que bordejam no lado norte e sul, permitem estruturar um efeito de sombra e proteção a partir de um esboço de túnel. Não atinge a dimensão e amplitude de muitas situações semelhantes, numa escala bem mais emblemática, por esse país fora e no estrangeiro. É o que é! É o que temos. Mas pode e deve ser mantido e melhorado esse efeito.

É uma sugestão que faço e deixo aos vindouros. Tentem manter e melhorar o conjunto de arvoredo, de modo que essa perceção de túnel sombreado fique engrandecida.

Pela minha parte e enquanto cá estiver, tentarei que o lado norte, correspondente ao limite do Chão da Atafona, mantenha as árvores que o compõem e até melhorá-lo.

A saber: Oliveira centenária, plantada por alguém meu antepassado, as Figueiras da Índia e o Loureiro, plantados por mim e ainda sem trinta anos. A Figueira, plantada, segundo me disse o meu Pai, pelo Tio João Carita. Terá para aí um século. Depois seguem-se Oliveiras, todas elas plantadas por antepassados e provavelmente também da mesma idade. Duas Amendoeiras amargas, semeadas e plantadas por mim, há cerca de vinte anos. (Provenientes de amêndoas trazidas de plantas que bordejam a estrada, quase, quase em Arraiolos, lado noroeste, de quem vem de Vimieiro.)

Azinhaga Fonte das Pulhas. Original. 12.05.23.

Entremeando com as várias árvores, vários arbustos: alecrins, roseiras, açucenas, vincas, rapaziadas, lilás. E várias árvores ainda muito pequenas plantadas nestes últimos anos : loureiros, muitos nascidos espontaneamente; gilbardeira, lírios roxos e brancos, muitas figueiras da Índia… Eu sei lá que mais. O tempo o dirá.

Continuando no sentido Oeste, direção da Fonte, várias Azinheiras, que estruturam esse efeito de copa alta. Não sei se nasceram espontaneamente, se foram semeadas ou plantadas. Também terão várias dezenas de anos ou mesmo centena.

Entre as várias árvores centenárias, Oliveiras e Figueiras, tenho várias figueiras da Índia e outras plantas xerófilas, que à medida que no Chão se caminha para Oeste, o terreno é mais seco. E as previsões que se projetam para o futuro também são no sentido de acentuar a secura do clima (Alterações climáticas?!)

Azinhaga Fonte das Pulhas. Original. 12.05.23.

Não importa! As fotos procuram documentar o conteúdo e o enquadramento do espaço.

Azinhaga Fonte das Pulhas. Original. 12.05.23.

(O Gil adora fazer estas caminhadas.)

Votos de bons passeios e Saúde! 

 

 

04
Mai23

“Dia da Bela Cruz” – 3 de Maio

Francisco Carita Mata

Cruzeiro de São Pedro. Foto original. 02.05.23.

Dia 3 de Maio também é o “Dia de ir esperar a Dona Rosa”!

Cheguei a ir esperar a “Dona Rosa”, em criança, nos tempos de Escola Primária.

Em adulto, nos anos oitenta, escrevi um conto sobre esse assunto. (Haveria de publicá-lo online.)

(Com esse conto, concorri a Jogos Florais de Arronches, julgo que em 1987. Ficou em 2º lugar. Em 1º, ficou um conto de Hugo Santos.)

Mas estou para aqui a falar da “Dona Rosa”. Saberá, o/a Caro/a Leitor/a, quem era esta “Dona Rosa”?!

Não se admire se não souber. Julgo que esta Senhora faz parte das “Alentejanices”!

Na altura, inícios dos anos sessenta, com mais colegas da Primária, fomos esperar a Dona Rosa, ao Apeadeiro da Matta. Julgava que era uma nova Professora Primária que viria dar-nos aulas.

Não era! Soubemos depois, ou soube eu, não sei se os outros já sabiam, quando chegámos ao Apeadeiro e não veio nenhuma “Dona Rosa”.

“Dona Rosa” era a sesta que começava a ser usufruída, a partir de três de Maio, quando os trabalhadores labutavam de sol a sol e começava o calor. Era um dia muito desejado, já se vê.

Nestes novos tempos de labuta caiu em desuso. Não, para a minha banda. Neste ano, comecei ainda em Abril a usufruir da sesta, mesmo sem trabalhar do nascer ao pôr do sol.

Anteontem e ontem, trabalhei no Vale de Baixo: instalação de rede protetora em duas figueiritas. Na de São João, rebentada a partir de bacelo na Primavera do ano passado, e transplantada para o local atual, no Outono. As cabritas já lhe depenicaram o rebento superior, mas continua viva, com novas folhas laterais. E “figos”.

Na figueira de pingo mel, trazida de rebento – ladrão, que vizinho Gonçalves, de Almada, nos deu, também instalei proteção. Dos quatro “ladrões” ofertados, parece-me que apenas um vingará.

Depois destes trabalhos, duche e após almoço, a sesta. Hoje, foi dia de recolher lixos para reciclagem. Não houve trabalho de campo, mas também houve sesta!

Sesta, antigamente designada de “Dona Rosa”, cuja chegada se celebrava a 3 de Maio.

Juntamente com o “Dia de Dona Rosa” também o “Dia da Bela Cruz”.

Cruzeiros enfeitados, o de São Pedro fotografei ainda a 02/05, que o enfeitamento é feito de véspera. O de Santo António ainda não pude lá ir. Quando for, já as flores estarão secas, com este calor!

(Fotos?! Continuo sem conseguir colocar no blogue?! Consegui! Através do Meo Cloud.)

Os inícios de Maio são dias muito celebrados. O 1º de Maio é certamente o mais célebre. O três de Maio também tem as suas lembranças tradicionais.

Também “As Maias” eram festejadas. E ainda são lembradas nalgumas localidades. Já escrevi sobre o tema e documentei nos anos oitenta. Também foi assunto publicado em De Altemira…”

E os dias de “Exaltação da Santa Cruz” também continuam a ser lembrados. Barcelos tem as nomeadas “Festas das Cruzes”. (A RTP1 transmitiu programa sobre o assunto.)

(E sobre festividades de Maio, ficamos por aqui. Aguardo comunicação das 20 horas!)

 

 

14
Fev23

Visita à “aldeia” do Chamiço (III).

Francisco Carita Mata

Enquadramento Arbóreo.

(As conversas são como as cerejas…)

No espaço enquadrante da antiga localidade, existem exemplares marcantes da flora típica da região Norte Alentejana. Que convém realçar. Alguns exemplares talvez remontem aos tempos em que o povoado era habitado. Muitos inserem-se nas ancestrais habitações incorporando-se nos muros, nas divisões habitacionais, nas antigas cozinhas, nos quartos.

O cicerone, Srº Aníbal Rosa, ao mostrar-me algumas casas, manifestou interesse em cortar alguns arbustos para que os visitantes possam apreciar melhor as casas.

(A propósito… Anteontem, domingo, o Primo António Carita, deu-me conhecimento de qual era a casa da nossa trisavó, localizada sensivelmente a meio da povoação. Pena, eu, à data da visita, dois de Fevereiro, não saber desse facto. Teria procurado e talvez o cicerone soubesse. Talvez em próxima visita possa desvendar o local. É natural que o Primo António saiba, pois a Mãe, Tia Maria Carita (1918 – 1997) foi viver, em jovem, para casa de Tia Maria de Sousa e de Tio Francisco Carita, filho da Srª Carita do Chamiço, “Personagem” principal desta(s) narrativa(s) sobre a antiga aldeia.)

Mas propusera-me abordar o coberto arbóreo. Mas isto das conversas…

Hesitei sobre que Árvore usaria para tutelar o postal. Se um Sobreiro ou um Carvalho. Gosto de ambas as fotos e as duas árvores, além de irmãs - “Quercus” – são emblemáticas do Norte Alentejano.

Optei pelo Sobreiro.

Sobreiro. Foto original. 02.02.23

A seguir, um Carvalho Negral.

Carvalho negral. Foto original. 02.02.23

Um bosquete destas árvores icónicas.

Carvalhos negrais. Foto original. 02.02.23

Um conjunto destas árvores, inseridas numa fenda de rochas junto ao desfiladeiro.

Carvalhos. Foto original. 02.02.23.

Talvez mais jovens que as anteriores ou mais raquíticas, devido à pobreza do solo, entre rochedos.

Um conjunto de Faias.

Faias. Foto original. 02.02.23.

Me disse o cicerone. Eu pensava que eram Choupos. A jusante da ponte.

Um emaranhado confuso de uma Romãzeira, ainda com romãs – apodrecidas - e Sanguinho.

Romãzeira e sanguinho. Foto original. 02.02.23.

Uma Figueira, inserida na estrutura de antiga habitação.

Figueira. Foto Original. 02.02.23.

Um Sobreiro supervisionando uma antiga rua.

Sobreiro. Foto original. 02.02.23

Atual caminho vicinal de gado lanígero.

Outro bonito enquadramento de dois sobreiros contextualizando um Olival.

Sobreiros. Foto original. 02.02.23

Há ainda um número razoável de Oliveiras nos terrenos.

E, porque, mesmo num contexto de passado, há quem pense no futuro: uma pequena Oliveira que o Srº Aníbal Rosa cuida e pensa proteger das ovelhas!

Oliveira. Foto original. 02.02.23.

E o último elemento vegetal que o senhor fez questão de me apresentar, questionando-me sobre que Árvore seria…

Pereira. Foto original. 02.02.23.

Uma Nogueira?!... Uma Tília?!... (Respondia eu.) À terceira é de vez… uma Pereira.

Sim, aquela pequena haste arbórea é uma Pereira. Que o senhor ali plantou. Prova de que, mesmo num contexto virado para o passado, há quem pense no Futuro!

E, por Futuro: É imperioso que várias Entidades se unam e operacionalizem a classificação da antiga “aldeia” do Chamiço, no seu conjunto, como “Monumento”, “Sítio Monumental” ou lá o que lhe queiram chamar.

 

 

07
Jan23

Uma Árvore no Inverno – Aldeia da Mata!

Francisco Carita Mata

Uma Figueira Verdeal no Chão da Atafona.

Figueira verdeal. Foto original. 30.12.22

Esta foto, ainda de 2022, trinta de Dezembro, já sol posto, é de uma Árvore de folha caduca, no Inverno. Uma figueira verdeal.

Nesta estação, os seres vivos reduzem a sua atividade, tanto quanto podem. Neste tipo de árvores, essa redução vai ao limite de se verem desprovidas de folhas. Reduzem o seu potencial ao limite mínimo. Ou será que estão no seu máximo, guardando-se para a eclosão primaveril e expressão frutífera em pleno Agosto?!

Agora, assim, apenas com estes gravetos erguidos, como preces ao céu, suplicantes, parecem tristes! Direcionadas ao astro solar, que depressa se esconde, que nem de dia aparece. Pois, hoje, voltou novamente a chover. Já estamos fartos de chuva, mas São Pedro não quer saber!

Mas o Inverno também é uma estação do ano bonita. Como bonita é a Vida! E bonito é viver!

Cada estação do ano tem a respetiva beleza!

 

 

16
Dez22

Imagens de um passeio em dia de cheias!

Francisco Carita Mata

Alguns pormenores, nos caminhos das Ribeiras.

Ribeiras que são apenas uma Ribeira!

Frutos de Carapeteiro / Espinheiro / Pilriteiro: Na Estrada Nacional, junto à ponte da Ribeira das Pedras – margem esquerda, lado sul.

Frutos Espinheiro. Foto original. 14.12.22.

Sobreiro descortiçado, realçada a coloração pela chuva: Caminho da Fonte de Salto, quase frontal ao Caminho da Ribeira da Lavandeira.

Sobreiro descortiçado. Foto original. 14.12.22.

Penedo coberto de líquenes, musgos, fetos, também no Caminho da Fonte do Salto, junto ao Chão Grande.  

Penedo. Foto Original. 14.12.22.

Figueira, no Chão da Atafona, no início do Caminho da Fonte das Pulhas / Porcozunho, ainda com muitas folhas, mas já com as cores outonais.

Figueira outonal. Foto Original. 14.12.22.

Foi plantada pelo Tio João Carita, segundo me dizia o Pai. Terá cerca de cem anos! Os figos são pretos por fora e branco-pérola por dentro. (Também se vislumbra um pequeno ramo de figueira da Índia! Esta é bem mais recente. Foi plantada por mim.)

*******

Bons passeios outonais. Com menos chuva!

 

 

11
Set22

Árvores dos Frutos de Agosto!

Francisco Carita Mata

… Ainda e agora já em Setembro!

Árvores com história(s)

 

Quando publiquei o postal Frutos de Agosto em “Aquém-Tejo” pensei escrever sobre as Árvores que nos presenteiam com essas dádivas – frutos. Só agora, já em Setembro, me é possível concretizar essa promessa, esse objetivo.

As árvores são: figueiras várias, figueiras da Índia, amendoeira. Localizam-se quase todas no Chão da Atafona, exceto a figueira de pingo - mel, que veraneia no Vale de Baixo, há pouco mais de dez anos.

Sobre esta, já explanei e apresentei foto, em anteriores postais. Abençoado engano! Oferece-nos saborosos figos. Precisava ser mais regada, mas tirar água do poço com balde não é propriamente fácil. Agora tenho dois baldes no poço, que os respetivos cordéis me pregaram a partida de se terem partido. Vagueiam ao cimo das águas, de fundo virado ao sol e lua!

No Chão da Atafona existem, aparentemente, seis figueiras.

Três são verdeais. Os figos são brancos por fora e igualmente claros no interior. Bastante saborosos. Mas isso são todos!

Duas destas figueiras estão no interior da propriedade. Outra bordeja o limite leste, confinando com a Azinhaga do Poço dos Cães.

Uma de figos “esteveiros”. Fica no limite sul - leste do Chão. No início da Azinhaga da Fonte das Pulhas / Ribeira do Porcozunho. É a figueira maior. O meu Pai dizia-me que tinha sido o Tio João Carita que a tinha plantado. Deduzo que terá cerca de um século. Tal como as outras, embora possam não parecer, pois têm sido intervencionadas. Algumas por mim. Outra com ajuda do Amigo Marco. Os figos esteveiros são pretos por fora, branco-pérola, por dentro. Não são dos mais saborosos.

Ainda no limite sul do terreno, mais para oeste, está outra figueira cujo nome desconheço. (A Mãe também não me sabe dizer. Aliás, é a Ela, Dona Bela, que devo o conhecimento dos nomes destes figos: verdeais, esteveiros, abebos.)

Os figos são brancos por fora e branco-pérola, no interior. Ao colherem-se, o pecíolo fica sempre agarrado ao tronco. São muito saborosos. Regalo do amaranto papa-figos. Foi daí que vi escapulir-se um, numa destas manhãs.

No limite sudoeste da pequena propriedade está a figueira que ilustra o postal. Só que não é apenas uma figueira. São pelo menos duas ou mais. Uma que nos dá figos “abebos”, e outra ou outras, figos-reis. A dos figos “abebos” é a mais velha, provavelmente da época das outras. Cem anos, por aí! As marcas da longevidade são bem visíveis no tronco.

As restantes, troncos bem mais jovens, são todas de figos-reis. Como terão ido ali parar?!

Saberá O/A Caro/a Leitor/a dar-me uma ideia?!

(Falta-me escrever sobre a Amendoeira doce, mas ficará para outro postal.)

Saúde e Paz! E bons figos!

 

 

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