Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Apeadeiro da Mata

Apeadeiro da Mata

01
Mar23

Os Gatos do meu Quintal (VIII)

Francisco Carita Mata

Gil na Fonte. Foto Original. 25.02.23.

Estórias de gatos… e fotos.

Gil e Bart no Porcozunho. Foto original. 26.02.23.

Os gatos também nos oferecem prendas??!

Quando ando pelo Chão da Atafona, os dois manos, como habitualmente, circulam por ali numa ciranda. Deitam-se, rebolam, põem-se a olhar-me, descansam no telheiro da antiga pocilga, sobem às oliveiras. Em suma, fazem-me companhia e a modos que têm consciência desse papel, que não desandam enquanto eu por ali ando a fazer qualquer coisa de maior ou menor préstimo.

Na tarde de onze de Fevereiro, a dado momento, observo um deles, depois os dois, deitados, esticados, olhando fixamente para determinada localização rente ao solo, na posição típica dos felinos, à espreita de uma qualquer presa. Que eu ignorava o quê, o quer que fosse.

Não me aproximei, não quis espantá-los. Fui-me embora, que dera por findas as minhas lides no campo.

Espantado fiquei eu, quando no dia seguinte, doze de Fevereiro, ao chegar ao local da respetiva amesendação, vejo um pequeno animal, o que a foto mostra. Uma toupeira!

Toupeira. Foto original. 12.02.23.

Fora o resultado da respetiva caçada de final de tarde no dia anterior. Caçaram duas, que, mais tarde, descobri outra.

Porquê caçar, não comer e deixar no local de restauração habitual?!

(Alguém mais entendido nestas coisas de gatos, do que eu, me disse que os animais é como se nos “oferecessem” essa “prenda”. Será?!?!)

Coisas de gatos. Estórias de gatos! E uma gata.
*******

Das fotos, apenas a terceira diz respeito à estória.

A 1ª foto, de 25/02/23, é o Gil. No muro da “Horta do Miguel”, junto à “Fonte das Pulhas” e à “Ribeira do Porcozunho”. Também se observam os “painéis solares”. E o Gil está naquela posição exploratória, tão peculiar de felino.

A 2ª foto documenta os dois manos, Gil e Bart, a 26/02/23, nos terrenos fronteiros à Ribeira do Porcozunho e Fonte das Pulhas.

A 3ª foto é da toupeira!

*******

Mano e mana. Foto original. 04.02.23.

A 4ª e 5ª foto são de 4 de Fevereiro. Numa tarde em que a mana Ricardina também se aventurou numa surtida exploratória, mas apenas até às paredes do “Vale”.

Mana Ricardina. Foto original. 04.02.23.

Na 6ª, o mano e a mana petiscando, após a caminhada.

Mano e mana comendo. Foto original. 04.02.23.

E a 7ª estão os quatro manos amesendando-se, a 14 de Fevereiro. O quarto – mano ou mana (?) - nunca mais vi. “Dia de Namorados”… Terá arranjado companhia?! 

Quatro manos. Foto original. 14.02.23.

*******

(Quero frisar que este “conhecimento” identitário dos bichos e respetivo “batismo” é relativamente recente. Terá sido aí pelo findar do Carnaval, início da Quaresma - dias 20 / 21 /22 de Fevereiro, que comecei a identificá-los melhor. Embora, por vezes, ainda tenha alguma dificuldade em distingui-los.)

 

 

26
Fev23

Os Gatos do meu Quintal (VII)

Francisco Carita Mata

São um espanto!

Uma fonte de narrativas, não fora eu comodista e me apetecesse ou me esforçasse por escrever. São quatro irmãos todos malhados. Cinzentos.

Gatos no quintal. Foto original. 20.02.23.

Agora, desde há poucos dias, julgo já saber distingui-los e até os batizei. Os três que estão na foto são diariamente patentes no Quintal de Baixo, local de amesendação, de recreio e descanso. (A dormida é no quintal do Ti Zé “Fadista”.)

Os mais escuros são gatos. A mais clara e maneirinha é uma gata. Chame-se Ricardina, personagem de romance.

Os manos são: Gil, o mais escurinho e delgado e o mais clarinho e um pouco mais encorpado, batizei-o de Bart. São dois grandes exploradores, daí a homenagem a Gil Eanes e a Bartolomeu Dias. Vão comigo, a correr, a saltitar, até à Ribeira do Porcozunho.

Gato na fonte. Gil. Foto original. 25.02.23.

Ontem, 25 de Fevereiro, só foi o Gil. Fomos até à Fonte das Pulhas. Serão aí uns quatrocentos ou quinhentos metros de ida e outros tanto de volta. Quase um Quilómetro?! Por aí, mais ou menos.

Gatos. Gil. Bart. Porcozunho. Foto original.

Hoje, 26/02/23, foram os dois manos. Mas, de manhã, só fomos até ao final do Vale, junto à “ETAR”. (Mas, de tarde, foram os dois comigo até à Fonte. Tiveram direito a mimo, junto ao portal da Tapada do Rescão e perto da fonte. “Com papas e bolos…”)

No regresso têm direito a dieta reforçada. Uns mimos! Ontem apenas o Gil usufruiu. Hoje ambos: Gil e Bart. No Quintal dou-lhes novamente. Que a mana – deles – Ricardina, também precisa de comer. E bem que comem. Mas a menina Ricardina acho-a um pouco alquebrada. Não sei…

Com esta prosa toda sobre os bichos, quero frisar que são animais silvestres. Com tudo o que isso representa. Nasceram em quintal abandonado, por aí circulam, por esses espaços decadentes, de dia e de noite. E são animais, acentuo! Não faço, nem partilho das confusões identitárias que por aí abundam, atualmente. Animais não são família!

Mas que se estabelece afetividade entre seres diferentes, de condição diversa, também é verdade. E há reciprocidade nesses afetos também é verdade! Mas, “cada macaco no seu galho, cada rato no seu buraco”. E parafraseando, cada gato no seu lugar!

Gatos no telheiro. Foto original. 17.02.23.

Mas vendo as fotos: Diga, SFF, se são ou não o máximo?!

Foto dos 4 irmãos:

Quatro gatos malhados. Foto original. 06.01.23.

(Esta foto é de 6 de Janeiro. O /A quarto/a elemento anda muito ausente. Não sei o que se passa!)

Saúde. Paz. E bons passeios. E Poesia!

 

04
Fev23

Azinhagas de Aldeia da Mata: Sinalização.

Francisco Carita Mata

Felicitações! Parabéns às Entidades responsáveis.

Fonte das Pulhas – Fonte da Bica – (…)

Constatei, ontem, que a Azinhaga da Fonte das Pulhas estava sinalizada, com o respetivo nome de batismo e concernente categorização: Azinhaga.

Placa. Foto original. 04.02.23.

Tive pena de não ter presenciado a respetiva execução.

Placa. Foto original. 04.02.23.

Deixo fotos da placa.

Placa. Foto original. 04.02.23.

Quem batizou Fonte das Pulhas, também poderia ter batizado “Do Porcozunho / Porcos Unho”. Que o mesmo caminho vicinal também nos leva à Horta do Porcozunho, à Ribeira do Porcozunho.

Fontes: é agora que vão lançar os “Percursos Pedestres por Fontes, Passadeiras e Pontes”?!

A mim dá-me imenso jeito! Assim, fico a saber, documentalmente, que o caminho que calcorro quase diariamente vai dar à Fonte das Pulhas.

Muito Obrigado, muito sinceramente. A sério! (Passe a breve ironia.)

O Loureiro agradece a companhia.

Loureiro. Foto original. 04.02.23

Hei-de pensar num arranjo para o espaço, continuando o que já fiz anteriormente.

Bons passeios, com boas sinalizações.

Fonte da Bica.

Fonte da bica. sinalização. Foto original. 03.02.23

Ainda quero documentar sobre o passeio de excelência à Aldeia” do Chamiço.

Saúde e Paz!

 

16
Dez22

Imagens de um passeio em dia de cheias!

Francisco Carita Mata

Alguns pormenores, nos caminhos das Ribeiras.

Ribeiras que são apenas uma Ribeira!

Frutos de Carapeteiro / Espinheiro / Pilriteiro: Na Estrada Nacional, junto à ponte da Ribeira das Pedras – margem esquerda, lado sul.

Frutos Espinheiro. Foto original. 14.12.22.

Sobreiro descortiçado, realçada a coloração pela chuva: Caminho da Fonte de Salto, quase frontal ao Caminho da Ribeira da Lavandeira.

Sobreiro descortiçado. Foto original. 14.12.22.

Penedo coberto de líquenes, musgos, fetos, também no Caminho da Fonte do Salto, junto ao Chão Grande.  

Penedo. Foto Original. 14.12.22.

Figueira, no Chão da Atafona, no início do Caminho da Fonte das Pulhas / Porcozunho, ainda com muitas folhas, mas já com as cores outonais.

Figueira outonal. Foto Original. 14.12.22.

Foi plantada pelo Tio João Carita, segundo me dizia o Pai. Terá cerca de cem anos! Os figos são pretos por fora e branco-pérola por dentro. (Também se vislumbra um pequeno ramo de figueira da Índia! Esta é bem mais recente. Foi plantada por mim.)

*******

Bons passeios outonais. Com menos chuva!

 

 

22
Nov22

A Casa do Porcozunho - Aldeia da Mata

Francisco Carita Mata

Casa porcozunho. Foto original. 21.11.22

Da Horta de “Porcos Unho” (?)

A Norte Noroeste da Fonte das Pulhas!

Esta Casa, por demais interessante, conforme as fotos atestam, localiza-se na margem direita da Ribeira com o mesmo nome. Está em ruínas há dezenas de anos. Nunca me lembro de ter sido habitada. Integra uma propriedade onde, no lameiro bordejando a ribeira, existia uma horta e um pomar de laranjeiras e outras árvores frutíferas. Algumas ainda lá estão. Há sessenta, cinquenta anos, ainda funcionava como horta e pomar. Mas já não havia caseiro.

O Ti Zé da Luísa, o Ti Torrado, o Ti João da Rosa foram os caseiros de que a Mãe se lembra. Digamos que o primeiro, nos anos trinta do séc. XX; o segundo, nos anos quarenta e o terceiro já nos anos cinquenta. Estas correspondências temporais deduzo-as aproximadamente, sem datações precisas, obviamente. O Ti Torrado corresponderia aos anos quarenta, inícios de cinquenta, quando a Mãe trabalhava na carne, isto é, nas matanças dos porcos em casa do Sr. Antero.

Nos meados dos anos sessenta, quem tratava da horta e do pomar era a Srª Joaquina Rosa. Trazia canastradas de laranjas. Costumava deixar duas ou três no adro da Igreja, onde nós brincávamos. Também costumava dar aos meus Pais, quando eles estavam a trabalhar no Chão da Atafona e ela passava com os carregos dos citrinos.

Na época, a propriedade era do Sr. José Machado, que conheci, anos 60/70, que a herdara do tio, Sr. Tavares, que já não conheci. Eram ambos sobrinhos, em diferentes graus, do Sr. Joaquim Pedro Dias.

Casa porcozunho. Foto original. 21.11.22

Voltando à Casa. Repare que tem cor. Um modo um pouco diferente do que estamos habituados como “tradicional” no Alentejo. Hei-de voltar a escrever sobre a Casa. Tentarei tirar fotos mais de perto.

Só que tenho de atravessar a Ribeira, visível na foto, através das passadeiras e entrar na horta, abandonada.

Casa porcozunho. Foto original. 21.11.22

O Sr. João Guerreiro da Purificação escreveu um poema lindíssimo sobre esta casa. Publicá-lo-ei, quando tiver oportunidade.

(Sobre a cor nos edifícios e casas do Alentejo, um dos programas mais recentes de “Visita Guiada” abordou o assunto, nomeadamente referente a Monsaraz.)

Bons passeios outonais, apesar da chuva.

(Continua chovendo regular e periodicamente ao longo dos dias. Faz falta.)

 

14
Nov22

 Quem cortou os ramos do pinheiro?!

Francisco Carita Mata

Pinhas. Foto original. 13.11.22

Terá colhido as pinhas?!

Este postal é dirigido, especialmente, a quem, talvez nunca o vá ler. Mas que cortou os ramos do pinheiro, bordejando o “Caminho do Porcos unho” / “Fonte das Pulhas”. Certamente no sentido de colher as pinhas. Ou terá sido já para a “Árvore de Natal”?

Pinheiro. Foto original. 12.11.22

Tal facto terá ocorrido no dia 11, deste Novembro. Habitualmente costumo percorrer esse caminho. Nessa sexta-feira, “Dia de S. Martinho”, pelo final da tarde, ao chegar perto do pinheiro, plantado no extremo sudoeste do “Vale de Baixo”, constato esse corte das pontas de três ramos onde pontificavam uma pinha em cada um. No dia dez ainda lá estavam.

Fosse qual o motivo da ação, julgo ter sido prematuro.

As pinhas só estarão maduras lá mais para o início do verão do próximo ano. O Natal ainda demora e os pedaços de ramos colhidos não darão para fazer uma árvore de jeito.

Se quiser pinhas poderei dar-lhe, lá para 2023, quando estiverem maduras. A foto que inicia o texto mostra pinhas no local certo. Das quais terei muito gosto em oferecer-lhe algumas. Não sou cioso das coisas, dos frutos das plantas. Nos terrenos que enquadram o mencionado caminho muitas árvores e arbustos frutificam todos os anos. Várias figueiras dispostas por antepassados meus. Diversas variedades de figos, já referenciados em anteriores postais. Muitas vezes digo a passantes que colham. (Aliás, costumo dizer que “colher figos não é roubar”!) Não menciono as oliveiras, que ninguém colhe, e este ano quase toda a azeitona se estragou. O loureiro, que está precisamente naquele local, para quem quiser levar ramo. (Bem, ramo não é fruto, bem sei!) As azinheiras, quem quiser apanhe as bolotas!

Os figos da Índia, digo mesmo explicitamente para que colham os que enquadram o caminho.

No Vale de Baixo, na continuação, está uma cerejeira que, até agora, nunca deu cerejas! Ameixoeiras, meio bravas, cujas ameixas colhíamos em crianças e agora dão uma ou outra, que mal colho. Uma romãzeira, cujo bacelo veio precisamente da Horta do Porcozunho, mas cujas romãs abrem demasiado cedo, talvez devido ao calor e à sede. Duas gamboeiras, que habitualmente oferecem boas gamboas, este ano nem por isso, devido à seca e que vou deixando para os passantes. Ontem ainda lá estava uma!

Os frutos do arvoredo confinando com o caminho, não me faz mossa nenhuma que os transeuntes apanhem e comam.

Não refiro as amoras, cujas silvas sustêm os muretes, que sendo silvestres, espontâneas, nem faz qualquer sentido as mencionar…! São muito procuradas, no mês de Agosto, quando mais abundam e há mais passeantes em férias.

Tudo isto e para finalizar. Não me importo nada que tivessem colhido as pinhas, mas na altura própria. Era, aliás, essa a minha intenção. Colhidas agora não sei se terão tido algum proveito.

Pinheiro e sombra tutelar. Foto original. 12.11.22

As fotos são do dia doze e treze. Mostram pinhas nos sítios certos. (Oferecerei a quem quiser.) Imagens do pinheiro, que também tem história. Numa delas está a minha sombra tutelar, mas que, pelos vistos, não assustou ninguém.

Haja Saúde e boa disposição. Qualquer dia, quando deixar de chover, irei voltar aos meus ginásios!

 

05
Jul22

Chegaram as Amoras… Abalaram os Figos!

Francisco Carita Mata

De São João, frise-se.

Os figos de São João estão mesmo a ir-se embora. E eu, este ano, sem os cheirar sequer.

Figos Abebos. Chão Atafona. Foto original. 2022.06.25.jpg

Temos comido alguns figos, mas não da variedade mencionada. Comemos dos que estão documentados na foto. A Mãe chama-lhes “Figos abebos” (?!). Não sei.  Os de São João não temos nenhuma figueira. Já tive uma plantada, mas secou-se, julgo que em 2019. Há uns anos trouxe um ramo da figueira que há no quintal da minha sogra, abacelei, transplantei para o “Vale de Baixo”, julgando que era de São João. Mas, afinal, era de “pingo - mel”. A figueira original fora enxertada pelo meu sogro com duas variedades de figos. Situação frequente, antigamente, pelas pessoas que se dedicavam a estas lides agrícolas e hortelãs. Quando cortei o ramo para abacelar, pensando levar da do São …, levei da do Pingo… Também gosto muito deste tipo de figos. Já produz há vários anos, mas é lá mais para Setembro. Já documentei no blogue.

De São João todos os anos abundam na figueira do “Quintal de Dr. Agostinho”. Todos os anos! Mas quem os come são os melros, também as melras, certamente; os estorninhos, esses nem se fala. Voam em bandos, batem todas as figueiras nos quintais, hortas e hortejos da povoação. Desta variedade, a mais apreciada nesta época, talvez de todas. São os melhores figos, penso eu. Mesmo sem os ter provado esta safra. Dão cabo deles todos. Como, habitualmente, os proprietários não estão por cá nestas alturas, são os pássaros que os debicam e depenicam todos os verões. Também vão às nossas, mas as do Santo são as preferidas. Também costumo observar, mais esporadicamente, um ou outro papa-figos. Também observei um corvo fugindo da figueira! E, neste início de Verão, também vi, este ano, uma ave que desconhecia e me pareceu talvez uma pega azul. Será possível?!

Mas deixemo-nos de passaradas… que ainda me comem os figos. Estes que fotografei no final de Junho também já não há praticamente na figueira. E onde fica ela?!

No canto sudoeste do Chão da Atafona, mesmo no limite, quase, quase no Vale de Baixo”, mesmo junto ao portão. Se for à “Fonte das Pulhas”, ao “Porcos unho”, à água ou às amoras, e houver figos a que chegue, não se acanhe. Colha e coma! Não é preciso dizer, qualquer pessoa faz isso e “colher figos não é roubar”. Nunca foi, pelo menos deste os tempos do “Novo Testamento”. Conhece a parábola da figueira?!

Tenho algumas estórias com isto de colher figos. Algum dia conto.

Por aqui me fico, que estes figos já se foram… ou vão indo.

E não há mais figos?!

Claro que haverá, lá mais para Setembro, até mesmo ainda em Agosto.

Ah! E, em Agosto, também virão os Figos da Índia. Sim! Mas esses é outra história!

E, agora, já temos as amoras.

Passeie. Vá ao campo, pela fresca. Mas... Não deixe lixo, SFF!

 

17
Jan22

Fontes Públicas da Aldeia

Francisco Carita Mata

Síntese Avaliativa

Na senda de divulgação do Património de Aldeia da Mata, publicámos vários postais, inicialmente em “Aquém-Tejo” e, após a criação de “Apeadeiro da Mata”, principalmente neste blogue.

Sobre as pontes, as ribeiras, as fontes, as passadeiras, as paisagens, monumentos geológicos, a casa-museu, as ruas, as casas…

Também Património Imaterial: Poemas de vários conterrâneos, cantigas tradicionais, lengalengas

Em “Apeadeiro”, o último grande tema desenvolvido foram as Fontes. Através de fotos, de algumas opiniões e comentários meus e, muito especialmente, dos “Livros do Srº João, em prosa e em verso:

Sobre as Fontes, apresentei postais sobre:

Fonte de Alter

Fonte de Alter. Foto Original. 2021.12.01.jpg

Fonte do Boneco

Fonte do Boneco. Foto original. 2021.12.01.jpg

Fonte da Ordem

Fonte da Ordem. Foto original. 2021.07.09.jpg

Fonte da Bica

Fonte da Bica. Foto original. 2021.07.09.jpg

Fonte do Salto

Fonte do Salto. Foto Original. 2021.07.11.jpg

Fonte das Pulhas

Fonte das Pulhas. Foto Original. 2021.07.08.jpg

As três últimas são as que dispõem de melhores águas, sendo, todavia, diferentes. São também as que são mais procuradas. São as três aonde também vamos com mais ou menos regularidade.

Algumas considerações se me oferecem referir:

É imprescindível limpar todos os anos o espaço circundante das fontes. A respetiva pintura não precisará de ser anual, todavia com a regularidade necessária. Os caminhos arranjados, segundo as possibilidades.

As respetivas arcas e a água existente, limpas interiormente, também de forma periódica.

As águas destas três últimas fontes, as que são mais procuradas, deveriam ser analisadas com a regularidade possível.

É fundamental criar “Percursos Pedestres” na Aldeia, que incluam as Fontes, as Passadeiras e as Pontes. Devidamente organizados, publicitados, promovidos, são suscetíveis de atrair pessoas.

(Três destas fontes foram incluídas, em meados de 2021, num Percurso Pedestre Histórico, que parte do Mosteiro de Flor da Rosa e termina na Anta de Aldeia da Mata. São elas, as Fontes do Boneco, da Ordem e da Bica. Percurso esse que, sendo histórico, paradoxalmente, não inclui as “Alminhas”!)

 

Os utentes das Fontes deverão ter o cuidado de não deixarem lixos e, sempre que possam, deslocar-se a pé até elas. Andar a pé, caminhar, faz muito bem à saúde. Se não puderem com um garrafão, levem uma garrafa.

 

E já que estamos em “maré eleitoral”, nas últimas “Eleições Autárquicas”, uma das candidaturas propunha criar um “Parque de Merendas” na Fonte do Salto. Discordo em absoluto dessa proposta. O espaço é curto e acidentado para tal fim e o pior de tudo, seria uma fonte de lixos, de todas as naturezas e feitios. A Fonte, de certeza, caso pudesse opinar, também discordaria.

Deixem a Fonte como está, cumprindo a sua função primordial: fornecer água a quem lha pedir, que a dá de muito boa vontade. Não a regateia.

Bebam boas águas, SFF. Andem a pé! Ide à Fonte, com regularidade! 

 

Caro/a Leitor/a, se tivesse que escolher uma Fonte, qual delas escolheria?

Muito Obrigado!

 

12
Nov21

As Passadeiras do Porcosunho! (Porcos unho?!)

Francisco Carita Mata

Sabe o que são Passadeiras, Poldras ou Alpondras?!

Passadeiras Porcozunho. Foto Original. 2021.10.31.jpg

Consultemos a nossa Lexicoteca:

«Alpondras, s.f. pl. (de a+poldras). Pedras que se colocam umas a seguir às outras num rio, de modo a unir as margens e a permitir, consequentemente, a passagem do mesmo a pé enxuto. Pag. 169. Vol. I

Passadeira, s.f. (de passar).1. Alpondras. Pag. 499. Vol. II

Poldras, s.f. pl. (corr. de alpondras). Pedras de passagem, entre as margens de um ribeiro; o m. q. alpondras. Pag. 652. Vol. II»

In. Lexicoteca – Moderno Dicionário da Língua Portuguesa – Círculo de Leitores – Vol I e Vol II – 1985.

*******

Passadeiras Porcosunho. Foto original. 2021.10.31.jpg

Neste postal, interrompemos, de certo modo, o ciclo das Fontes, a que voltaremos mais tarde, e apresentamos documentação sobre o título em epígrafe.

No final do mês de Outubro, coincidente também com o final de semana, dias 29, 30 e 31; sexta, sábado e domingo, choveu no Norte Alentejano.

De modo que, revivendo uma tradição infantil, no domingo, trinta e um de Outubro, ainda a chuviscar, resolvi ir à Ribeira do Porcosunho (Porcos unho?!), a ver como corria a Ribeira. A Ribeira que contorna a Aldeia é sempre a mesma. Chama-se, oficialmente, Ribeira de Cujancas. Mas, nos territórios próximos da povoação, adquire diferentes nomenclaturas, conforme os locais por onde passa perto da localidade. No sítio junto à Fonte das Pulhas, situada na respetiva margem esquerda, designa-se “Ribeira do Porcosunho”. Que nome intrigante(!) Na margem direita tem a “Horta do Porcosunho”.

As fotos exemplificam as respetivas passadeiras, singelos “monumentos” ancestrais. Nalgumas localidades, afirmam que as existentes nas respetivas ribeiras, remontam à época romana.  A água corrente, resultante das chuvadas. Olhando as margens com atenção, observa-se que terá corrido maior caudal.

A Fonte das Pulhas e o leito da Ribeira.

A Fonte e a Ribeira. Foto Original. 2021.10.31.jpg

Barrento, como resultado das chuvadas. E um saco azul! De lixo! Ainda se fosse dos outros…sacos azuis!

Caro/a Leitor/a, espero que tenha apreciado. Obrigado!

 

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D