Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Apeadeiro da Mata

Apeadeiro da Mata

22
Mar23

«A Casa do Porcozunho» - Poesia de Sr. João.

Francisco Carita Mata

Casa Porcozunho. Foto original. 15.02.23

(Poema de João Guerreiro da Purificação - Aldeia da Mata)

Casa Porcozunho. Foto original. 15.02.23 

«Já vai sendo há muito que eu reparo

Na fachada desta casa abandonada

Que o destino a levou ao desamparo

E à solidão triste a que está votada.

 

De porta escancarada, a convidar,

Humildemente, a dizer que tem janela

Mas que há muito não vê entrar

Ninguém curioso para estar a ela.

 

Já não tem lá dentro braços abertos

Esperando com amor outros cansados

Nem carinhos nem uns sorrisos certos

Por criança alegremente dados.

 

Que sonhos lindos não teria havido

E segredos à lareira já esquecida

Oh! casa o que tu terás escondido

Que só já ao silêncio dás guarida!

 

Com a chaminé sem fumo ao céu erguida

Sofrendo o seu tormento em agonia

Esta casa que está esquecida

Já foi lar e guardou amor um dia.

 

Se lágrimas lá dentro tu tiveste

Foram de prazeres e alegrias

Hoje, choras tu, casa, que não deste

Largas loucas ao mundo das fantasias.»

Casa Porcozunho. Foto original. 15.02.23

*******

In. “ANTA” Poesias - João Guerreiro da Purificação – Aldeia da Mata – 1992 – Edição de Autor – Gráfica Almondina, Torres Novas. (pag. 93)

*******

Casa do Porcozunho. Foto original. 15.02.23.

O Sr. João Guerreiro da Purificação é um Poeta de excelência. Figura em diversos postais nos blogues. Com textos em poesia e em prosa.

Há algum tempo que ando para publicar este Poema, ilustrado com fotos da Casa. Em Fevereiro, quinze, na caminhada que fiz com Amigo Marco, tive oportunidade de fotografar a Casa e vários excertos da mesma. Muita curiosidade suscita esta obra arquitetónica. Desde logo o facto de ser colorida, rebocada com requinte e estética na frontaria. A localização, guardando a horta. A própria horta. Haverei de fazer um postal sobre a mesma. Os efeitos das cheias de Dezembro de 2022, principalmente a do dia vinte.

Casa Porcozunho. Foto original. 15.02.23.

Caro/a Leitor/a, aprecie o lindo Poema, visualize as fotos, SFF.

Casa Porcozunho. Foto original. 15.02.23.

Bons passeios primaveris, com saúde!

 

21
Mar23

Oitenta Anos – Teresa Ferreira Belo

Francisco Carita Mata

(Poema de Prima Teresa “Boanova”)

Boninhas. Foto original. 12.03.23.

Oitenta anos, meu Deus

Vos agradeço o dom da Vida

De tanto que Vos ofendi

Me confesso arrependida.

 

O Bom Jesus e Sua Mãe

São a minha companhia

Na alegria e na tristeza

A toda a hora do dia.

 

Meu Jesus, eu vos peço

De todo o meu coração

A saúde para o corpo

Para a Alma, a salvação.

 

Gosto de viver no mundo

Admiro tudo, gosto de ver

Mas sei que mais tarde ou cedo

Um dia irei morrer.

 

Depois de morrer nada se sente

É caso para lembrar

Lembra-te, ó homem, que és pó

E, em pó, te hás-de tornar.

 

Jesus, Caminho, Verdade e Vida

Foi assim a Sua Voz

Morte certa, hora incerta

Nos espera a todos nós.

 

É o mistério da vida terrestre

Que nos acompanha pela vida fora

Por isso estejamos preparados

Não sabemos nem o dia nem a hora.

 

(Teresa Ferreira Belo

Aldeia da Mata – 17/03/04)

 

*******

Porta Casa Museu. Foto original. 12.01.23.

(Com esta Poesia de Prima Teresa Ferreira Belo, pretendo recomeçar a publicar poemas de várias pessoas de Aldeia da Mata.

Estas Poesias são sempre cheias de Sentimento e repletas de Sabedoria.

Conheci a Prima Teresa de toda a Vida. Não sei quando nasceu exatamente, mas julgo ter sido na segunda metade dos anos vinte, do século XX. Se fosse viva, teria quase cem anos! Não sei quando morreu. Muito Amiga de minha Mãe, foi visita diária de nossa Casa. Foi a primeira pessoa que me pegou ao colo, como ela dizia frequentemente. A sua Mãe, Madrinha Natividade, era a parteira da Aldeia – lado do Terreiro.

Histórias de Vida e de Vidas!

Continuarei a publicar Poesia.)

(Fotos?

"Boninhas", no Quintal de Cima. Adorava visitar o quintal. E até lhe arranjei um "banco" de pedra para ela se sentar.

Boninhas, também pelas "Maias". 

Porta da Casa Museu: Foi uma das grandes entusiastas da formação do acervo documental, da recolha de peças e respetiva organização. O dístico identificativo também se lhe deve a ideia e concretização.)

 

01
Mar23

Os Gatos do meu Quintal (VIII)

Francisco Carita Mata

Gil na Fonte. Foto Original. 25.02.23.

Estórias de gatos… e fotos.

Gil e Bart no Porcozunho. Foto original. 26.02.23.

Os gatos também nos oferecem prendas??!

Quando ando pelo Chão da Atafona, os dois manos, como habitualmente, circulam por ali numa ciranda. Deitam-se, rebolam, põem-se a olhar-me, descansam no telheiro da antiga pocilga, sobem às oliveiras. Em suma, fazem-me companhia e a modos que têm consciência desse papel, que não desandam enquanto eu por ali ando a fazer qualquer coisa de maior ou menor préstimo.

Na tarde de onze de Fevereiro, a dado momento, observo um deles, depois os dois, deitados, esticados, olhando fixamente para determinada localização rente ao solo, na posição típica dos felinos, à espreita de uma qualquer presa. Que eu ignorava o quê, o quer que fosse.

Não me aproximei, não quis espantá-los. Fui-me embora, que dera por findas as minhas lides no campo.

Espantado fiquei eu, quando no dia seguinte, doze de Fevereiro, ao chegar ao local da respetiva amesendação, vejo um pequeno animal, o que a foto mostra. Uma toupeira!

Toupeira. Foto original. 12.02.23.

Fora o resultado da respetiva caçada de final de tarde no dia anterior. Caçaram duas, que, mais tarde, descobri outra.

Porquê caçar, não comer e deixar no local de restauração habitual?!

(Alguém mais entendido nestas coisas de gatos, do que eu, me disse que os animais é como se nos “oferecessem” essa “prenda”. Será?!?!)

Coisas de gatos. Estórias de gatos! E uma gata.
*******

Das fotos, apenas a terceira diz respeito à estória.

A 1ª foto, de 25/02/23, é o Gil. No muro da “Horta do Miguel”, junto à “Fonte das Pulhas” e à “Ribeira do Porcozunho”. Também se observam os “painéis solares”. E o Gil está naquela posição exploratória, tão peculiar de felino.

A 2ª foto documenta os dois manos, Gil e Bart, a 26/02/23, nos terrenos fronteiros à Ribeira do Porcozunho e Fonte das Pulhas.

A 3ª foto é da toupeira!

*******

Mano e mana. Foto original. 04.02.23.

A 4ª e 5ª foto são de 4 de Fevereiro. Numa tarde em que a mana Ricardina também se aventurou numa surtida exploratória, mas apenas até às paredes do “Vale”.

Mana Ricardina. Foto original. 04.02.23.

Na 6ª, o mano e a mana petiscando, após a caminhada.

Mano e mana comendo. Foto original. 04.02.23.

E a 7ª estão os quatro manos amesendando-se, a 14 de Fevereiro. O quarto – mano ou mana (?) - nunca mais vi. “Dia de Namorados”… Terá arranjado companhia?! 

Quatro manos. Foto original. 14.02.23.

*******

(Quero frisar que este “conhecimento” identitário dos bichos e respetivo “batismo” é relativamente recente. Terá sido aí pelo findar do Carnaval, início da Quaresma - dias 20 / 21 /22 de Fevereiro, que comecei a identificá-los melhor. Embora, por vezes, ainda tenha alguma dificuldade em distingui-los.)

 

 

26
Fev23

Os Gatos do meu Quintal (VII)

Francisco Carita Mata

São um espanto!

Uma fonte de narrativas, não fora eu comodista e me apetecesse ou me esforçasse por escrever. São quatro irmãos todos malhados. Cinzentos.

Gatos no quintal. Foto original. 20.02.23.

Agora, desde há poucos dias, julgo já saber distingui-los e até os batizei. Os três que estão na foto são diariamente patentes no Quintal de Baixo, local de amesendação, de recreio e descanso. (A dormida é no quintal do Ti Zé “Fadista”.)

Os mais escuros são gatos. A mais clara e maneirinha é uma gata. Chame-se Ricardina, personagem de romance.

Os manos são: Gil, o mais escurinho e delgado e o mais clarinho e um pouco mais encorpado, batizei-o de Bart. São dois grandes exploradores, daí a homenagem a Gil Eanes e a Bartolomeu Dias. Vão comigo, a correr, a saltitar, até à Ribeira do Porcozunho.

Gato na fonte. Gil. Foto original. 25.02.23.

Ontem, 25 de Fevereiro, só foi o Gil. Fomos até à Fonte das Pulhas. Serão aí uns quatrocentos ou quinhentos metros de ida e outros tanto de volta. Quase um Quilómetro?! Por aí, mais ou menos.

Gatos. Gil. Bart. Porcozunho. Foto original.

Hoje, 26/02/23, foram os dois manos. Mas, de manhã, só fomos até ao final do Vale, junto à “ETAR”. (Mas, de tarde, foram os dois comigo até à Fonte. Tiveram direito a mimo, junto ao portal da Tapada do Rescão e perto da fonte. “Com papas e bolos…”)

No regresso têm direito a dieta reforçada. Uns mimos! Ontem apenas o Gil usufruiu. Hoje ambos: Gil e Bart. No Quintal dou-lhes novamente. Que a mana – deles – Ricardina, também precisa de comer. E bem que comem. Mas a menina Ricardina acho-a um pouco alquebrada. Não sei…

Com esta prosa toda sobre os bichos, quero frisar que são animais silvestres. Com tudo o que isso representa. Nasceram em quintal abandonado, por aí circulam, por esses espaços decadentes, de dia e de noite. E são animais, acentuo! Não faço, nem partilho das confusões identitárias que por aí abundam, atualmente. Animais não são família!

Mas que se estabelece afetividade entre seres diferentes, de condição diversa, também é verdade. E há reciprocidade nesses afetos também é verdade! Mas, “cada macaco no seu galho, cada rato no seu buraco”. E parafraseando, cada gato no seu lugar!

Gatos no telheiro. Foto original. 17.02.23.

Mas vendo as fotos: Diga, SFF, se são ou não o máximo?!

Foto dos 4 irmãos:

Quatro gatos malhados. Foto original. 06.01.23.

(Esta foto é de 6 de Janeiro. O /A quarto/a elemento anda muito ausente. Não sei o que se passa!)

Saúde. Paz. E bons passeios. E Poesia!

 

25
Fev23

Estação Elevatória da ETAR de Aldeia da Mata

Francisco Carita Mata

Algumas questões e sugestões pertinentes.

No lado sul do Caminho da Fonte das Pulhas, a seguir ao Vale do Meio, há uma estação elevatória da ETAR de Aldeia da Mata.

Essa estação elevatória não funciona muito bem. Há vários anos. Já dei disso conhecimento, por várias vezes, às entidades competentes, em Portalegre.

Cano da ETAR no vale de Baixo. Foto original. 20.12.23.

Ao não funcionar muito bem, “verte” águas para o “Vale de Baixo”, conforme a imagem anterior, evidencia. Esta situação ocorre quando chove um pouco mais. Foto de 20/12/23, “Dia das Cheias”.

O que está errado nesta situação não é propriamente o facto de, havendo mais chuva, a estação elevatória não conseguir  elevar toda a água para a ETAR, que fica noutro local da povoação, junto à ponte da Ribeira das Pedras. Embora esta situação também não devesse ocorrer.

O que está completamente errado é esse cano ter sido ali colocado, quase sub-repticiamente, muito escondido, sem terem pedido autorização a meu Pai, nem à minha Mãe, nem a mim. (Embora eu, à data em que a ETAR e a estação elevatória foram construídas, não estivesse tanto tempo na Aldeia, como agora.)

Desta situação também já dei conhecimento.

Veículo. Foto original. 20.12.23.

No dia 20/02/23, 2ª feira, foram limpar a estação elevatória, utilizando o veículo documentado nas fotos. Devido à respetiva dimensão e tubagens que leva, a Azinhaga foi devidamente limpa e as árvores com ramagens sobre o caminho foram cortadas. O que foi ótimo. A Azinhaga ficou com espaço que parece uma “Avenida”! (Passe o exagero, claro.)

Azinhaga. Foto original. 19.02.23.

(Obrigado à Junta de Freguesia e respetivos funcionários.)

Questiono: A vinda daquele veículo foi uma situação pontual ou passará a ser habitual?! (Como sabemos, o sistema de limpeza da estação elevatória não funciona muito bem.)

Veículo. Foto original. 20.02.23.

Nova questão: Se essa situação da ida e volta daquele veículo se tornar regular, o que poderá acontecer à estrutura do caminho nomeadamente na parte central do Vale de Baixo, dado que é mais frágil?! Aguentará?! (A ver vamos.) Manifesto, desde já, a minha preocupação.

Azinhaga. Foto original. 19.02.23.

Outra questão, já referenciada: E o tubo que “verte” águas no vale?!  O que fazer?! (…) (Quando escrevo “verte”, é porque também manda algum lixo!)

(Questão anexa, que não me dirá respeito tão diretamente: A localização da estação elevatória, embora se compreenda, não foi devidamente salvaguardada com espaço para os técnicos, que fazem a manutenção, terem possibilidade de fazer inversão de marcha quando ali se deslocam.

Questiono-me porque, à data, não adquiriram terreno contíguo à instalação, para estacionamento e respetivas manobras dos carros dos técnicos. Agora, ainda mais necessário haver esse espaço.

Se não arranjaram esse estacionamento, porque não pensam nisso atualmente?!)

*******

Veículo. Foto original. 20.02.23.

Destes assuntos darei conhecimento às entidades competentes.

*******

Grato pela atenção. Saúde e Paz, que tarda!

Caminho Fonte das Pulhas. Foto original.19.02.23.

E bons passeios.

 

22
Fev23

Flores de Inverno: as Amendoeiras.

Francisco Carita Mata

Amendoeira. Foto original. 20.02.23.

A propósito de neve no Alentejo.

As amendoeiras este ano também já estão florindo.

Amendoeira. Foto original. 20.02.23.

No Chão da Atafona- Aldeia da Mata. A Caminho da Fonte das Pulhas – Porcozunho.

Mas estão muito fraquinhas.

Amendoeira. Foto original. 20.02.23.

Talvez do tempo. Este Inverno mal choveu, apesar de, no Outono, termos tido chuvas, enxurradas e cheias!

Amendoeira. Foto original. 20.02.23.

Bons passeios campestres!

 

12
Fev23

Visita à “aldeia” do Chamiço (II)

Francisco Carita Mata

Enquadramento(s), Contexto(s) e Sugestão!

Na sequência de postal anterior, com fotos de alguns monumentos específicos desta antiga aldeia abandonada, continuo a documentar aspetos do enquadramento paisagístico do ancestral povoado, em que familiares Carita viveram, até meados do século XIX.

Entroncamento de caminhos: antigas ruas da povoação, com partida da ermida.

Caminhos / Antigas ruas. Foto Original. 02.02.23.

Barragem

Barragem. Foto original. 02.02.23.

Obra recente, construída para servir de reserva à barragem de abastecimento de água ao concelho do Crato. Observa-se, ao fundo, a estrutura para a respetiva captação. Entretanto, o paredão rebentou.

Foi construída em terrenos expropriados ao Primo João Carita, segundo ele me informou muito recentemente. (Também trineto da senhora Carita, ainda aí tem um pequeno chão, à venda.)

Imagens do desfiladeiro da Ribeira do Chamiço...

Desfiladeiro I. Foto Original. 02.02.23.

...a montante do moinho e da ponte.

Desfiladeiro II. Foto Original. 02.02.23.

Excerto de antiga pedreira, na margem direita da ribeira, junto ao desfiladeiro.

Pedreira. Foto Original. 02.02.23.

Pedras mastodontes, também na margem direita, a nordeste do alcantilado anterior.

Pedras mastodontes. foto original. 02.02.23.

Nova perspetiva do alcantilado desfiladeiro.

Desfiladeiro. Foto original. 02.02.23.

Outra perspetiva da barragem.

Barragem. Foto original. 02.02.23.

Portal para propriedade do Srº Aníbal Rosa, o cicerone da visita guiada.

Portal. Foto original. 02.02.23.

Não visitámos, porque ele não tinha a chave do portão.

(Terá sido neste “monte” que habitou a Tia Rosária Carita nos anos sessenta?!)

Última foto: estrutura moderna de apoio às festas e romarias que se realizam em homenagem a Santo Isidro.

alpendre. foto original.02.02.23

No mês de Maio?! (Hei-de saber!)

Apesar de ser uma antiga localidade, extinta, há sempre quem, no presente, reviva o passado. E acredite e projete o futuro!

Finalizando, um apelo / sugestão deixo:

É importante que várias entidades se organizem para classificar globalmente o Chamiço como um Conjunto Monumental. (Independentemente de partidos, as várias Juntas de Freguesia das proximidades, a Câmara Municipal, os Organismos que tutelam as questões culturais e patrimoniais. Da região e nacionais. É Imperioso que tal se estruture!)

 

05
Fev23

Visita à “aldeia” do Chamiço (I):

Francisco Carita Mata

Em boa hora fomos…

Ponte antiga. Foto original. 02.03.23.

Conforme referi em postal de 03/02/23, em Aquém- Tejo, fui à “aldeia” do Chamiço, mais o Amigo Casimiro. (Filho do Ti Marcelino e afilhado de Dona Maria Águeda, já mencionada em Aquém-Tejo com trabalhos poéticos, também inseridos em “De altemira fiz um ramo”!)

Em boa hora fomos e em melhor voltámos.

Na sua carrinha, seguimos pelo caminho vicinal que parte da estrada Crato – Monte da Pedra, após a passagem de nível do Ramal de Cáceres, já perto de Monte da Pedra, na direção Leste. No local onde estão próximas as antenas das telecomunicações e onde houve, não sei há quantos anos, uns pinheiros mansos. (A Oeste, uns eucaliptos que por lá estão há mais de sessenta anos!)

Seguimos nessa direção do nascente, até ao povoado em ruínas. Esse caminho vicinal está em muito mau estado, como consequência das chuvas constantes deste Outono. E tem de se atravessar a Ribeira do Chamiço, à data, ainda com alguma água, mas que a carrinha transpôs.

Antiga igreja. Foto original. 02.03.23.

Chegados ao local do antigo povoado, a ancestral igreja é o primeiro edificado presente e o único reconstruído. Harmoniosamente branca, combinando com o azul ferrete do rodapé, realça  a colina suave em que se insere, mantendo a forma primitiva, conforme se pode verificar em fotos antigas em que estava em ruínas.

No espaço fronteiro, a norte, restos de um antigo monte, casa de habitação, espaço territorial murado e fechado por portão. (Parada, uma camioneta de caixa aberta, vidros das portas igualmente abertos.)

Ó pessoal!? Ó gente!? Há alguém?! Gritei eu, pois haveria alguém por perto, confiante e de confiança, pois deixara tudo aberto.

Caminhos. Antigas ruas. Foto Original. 02.03.23.

Do lado sul, rua antiga da aldeia, atualmente caminho vicinal, fechado por portão, provieram dois homens, parecendo pai e filho, a quem nos dirigimos. O Amigo Casimiro conhecia o mais novo. Eu apresentei-me.

Feitas as apresentações, explicitados os objetivos, o senhor mais novo, espontaneamente, ofereceu-se para nos mostrar o antigo povoado, em cujo território tem duas propriedades, onde cria ovelhas.

Mas quem é este indivíduo que tão gentilmente se disponibilizou para ser nosso cicerone?! Em boa hora o fez e em boa hora nós fomos, nesse dia e nessa tarde, visitar o Chamiço.

Chama-se Aníbal Rosa e tem ascendentes em Aldeia da Mata. A sua avó chamava-se Francisca Rosa - nome bonito - e era da família da senhora Perpétua Farinha.

Antigo moinho. Foto Original. 02.02.23.

Revelou-se um guia de excelência, levando-nos a conhecer os vários cantos e recantos da antiga aldeia, alguns verdadeiros monumentos extraordinários. Os nossos agradecimentos, pois eu e Mestre Casimiro, não conhecendo o local, talvez ficássemos com muito por ver ou, pelo menos, com muito mais dificuldade chegaríamos aos locais adequados.

.Levadas da água para moinho. Foto original..02.02.23.

Com o que vi “claramente visto”, o que pude observar e fotos que tirei, fiquei com material para criar vários postais.  Irei publicando nos blogues, de modo a dar a conhecer tão interessante povoação antiga, cujo Património necessita ser devidamente trabalhado e salvaguardado.

Forno comunitário. Foto original. 02.02.23.

Aqui deixo o meu apelo às Entidades competentes.

Ponte antiga. Foto original. 02.02.23.

Neste postal nº 123, de Apeadeiro, coloquei fotos de:

Antiga ponte,

Igreja,

Cruzamento de antigas ruas,

Antigo moinho,

Levadas de água para o moinho,

Forno comunitário,

Ponte.

Muitas fotos ficam por publicar. Muita coisa por contar, para além do contado!

*******

Se visitar, respeite o local. Não destrua. Não deixe lixo, S.F.F. Obrigado!

 

21
Jan23

Pôr-do-sol – 21/01/23 – Aldeia da Mata.

Francisco Carita Mata

Uma imagem lembrando as cores dos Mestres Italianos!

Pôr do sol. Foto original. 21.01.23.

(Presunção… e água benta!)

Relativamente ao dia 20 de janeiro e no referente ao aumento dos dias, costuma-se dizer:

“Em vinte de Janeiro, uma hora por inteiro, mas quem bem contar, hora e meia lhe há de achar”

As fotos do pôr-do-sol não são de ontem, porque o ocaso não proporcionou imagens bonitas. São de hoje, 21/01/23, sábado, em que o sol, ao pôr-se, possibilitou boas fotos.

Relativamente ao aumento dos dias, não tenho valores exatos. Não fui verificar a que horas o sol nasceu. Levantar cedo?! Com o frio que está, não apetece nada. O pôr do sol tem ocorrido já um pouco depois das 17h e 40’. Como em Dezembro, no 1º dia de Inverno, essa ocorrência aconteceu pelas 17h. e 15’, então relativamente ao poente, o dia já tem mais 25’. Ao nascer?! (…)

Bem… ditados são ditados. Devem ser entendidos de modo genérico. Neste, querendo  significar que os dias são realmente maiores. E esse é um facto por demais percetível. Quem se levanta cedo também se aperceberá, certamente, da situação pela manhã.

A 1ª foto, titulando o postal, o sol acabando de se pôr.

Na 2ª, temporalmente anterior à que tutela o postal, tirada no Chão da Atafona, o sol ainda a ver-se por entre as oliveiras.

Pôr do sol. Foto original. 21.01.23.

A 3ª, os dois ícones de Aldeia da Mata. O sol ainda se vislumbra no alto da torre sineira, lado oeste.

Pôr do sol. Foto original. 21.01.23.

Na 3ª, o sol ainda, por cima do cabanal.

Pôr do sol. Foto original. 21.01.23.

Na 4ª, o sol quase a pôr-se, visto do início da Azinhaga do Porcozunho.

Pôr do sol. Foto original. 21.01.23.

E, na 5ª, já após o sol se ter posto. O realce da grandeza da Araucária!

Pôr do sol. Foto original. 21.01.23.

Veja o pôr-do-sol, SFF!

17
Jan23

Os Gatos no meu Quintal (VI)

Francisco Carita Mata

Os gatos voltam a protagonizar cena peculiar!

Gato curioso. Foto Original. 26.12.22.

Ontem, dezasseis de Janeiro, 2ª feira, pela tarde, já dezasseis horas, vou até ao “Quintal de Baixo”, na expectativa de fazer alguns trabalhos de campo. (Que acabei por não fazer, porque, entretanto, voltou a chover. Tal como hoje, chuviscos pela tarde, muito vento todo o dia e frio. Frio! É Inverno.)

Mas, ontem…

… Ao entrar no cabanal, comecei a ouvir um pipilar, parecia-me um piar. Intrigante! Inusual, porque julguei, inicialmente, ser alguma coruja. Mas admirava-me, porque, à hora referida, ainda de tarde, não é costume ouvir já as corujas. Lá mais para diante, mais ao final do dia, sol-posto, é costume ouvi-las. Ou mocho a piar.

Escutando mais atentamente, parecia-me um miar de gato. Olhei para os dois compinchas, estacionados na entrada do cabanal, mirando-me. Observei-os bem e não me parecia estarem a miar. Aproximando-me mais da porta do palheiro, a que a cabana dá acesso, pude precisar que dele provinha um miar, quase um pedido de socorro, de ajuda.

Gato! Aqui, melhor… ali, há gato! Há gato no palheiro!

(Mas como foi o bicho lá parar?! Não há buracos nas paredes nem no telhado!)

Um certo receio de abrir a porta, não viesse ele de lá esbaforido. Mas não havia como não abrir!

Aberta a porta com cuidado, lá estava um dos gatinhos, um dos quatro companheiros, mosqueteiros!

Como lá entrara? Só pela mesma porta, pela qual saíra.

No domingo, de tarde, andei no quintal limpando um ervaçal e tive a porta do palheiro aberta. Curiosos como são os gatos, um deles, o referido, entrou.

Quando me fui embora, fechei a porta, ignorando que lá ficara um dos animais.

Nunca me apercebera, até ontem, que eles lá tivessem entrado. O dito terá lá ficado cerca de vinte e quatro horas. Da tarde de domingo para a de segunda-feira. Espero que a curiosidade fique curada!

Comer?! Só algum inseto perdido. Porque ratos não há. Nem no quintal, nem no cabanal, nem no palheiro. Desde que por ali cirandam os gatos.

Não lhe faltou água, porque tenho um balde cheio, no palheiro.

Terá sido uma cena curiosa para o bichano enclausurado e para os manos, cá fora, a ouvirem-no.

Ficará de emenda?! Não sei, mexeriqueiros como são os gatos!

Agora, quando me vou embora, bato na porta, é de chapa, a fazer barulho.

E chamo-os.

Bichano! Bichano!

*******

(As fotos?! Não correspondem à cena descrita. A minha capacidade fotográfica ainda não atingiu a destreza de fotografar instantâneos. Até porque também fiquei surpreso.

A 1ª, é de um dos mosqueteiros, mas não sei se é o protagonista referido. Não os consigo distinguir. São todos malhados.

A 2ª e a 3ª são das paredes do palheiro. Repare nas técnicas construtivas. Julgo ser edifício ainda do séc. XIX.

Cabanal. Lados sul e oeste. Foto original. 12.09.22.

Na 3ª foto junto à oliveira, de cerca de um século, está um cacto, que plantei ali em 2015. Trouxe-o do Feijó.)

Parede sul do cabanal e cacto. Foto original. 12.09.22.

 

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D