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Apeadeiro da Mata

Apeadeiro da Mata

15
Nov23

“Gatos dos meus Quintais XXI”

Francisco Carita Mata

Riscadinho e Du - Dú. Original. Nov.23

Crónica… sobre ausências!

Ontem, consegui ainda publicar dois postais, um em cada blogue, mesmo ao final do dia. Já bem de noite!

O que publiquei em “Apeadeiro da Mata” foi sobre os “Gatos dos meus Quintais – XX”!

Na foto inicial, não muito boa em termos técnicos, mas por demais sugestiva como documento, surgem Gil e os dois sobrinhos: Riscadinho, a quem Gil “cumprimenta” com afeto e um pouco mais distante – Du-Dú, observando.

E porque é documentalmente importante esta foto?! (...)

Na semana passada, estivemos ausentes das lides campestres, das vivências aldeãs. (Em incursões (sub)urbanas.)

Regressámos Domingo e indo aos quintais, ao findar do dia, estranhámos a ausência da gataria. Apenas apareceu “Dona Maria Eduarda” – Mi-Dú!

Que seria feito dos filhotes, Du-Dú e Riscadinho, agora já jovens adultos?! E do Gil?! Como se terá desenrascado?! Será que continua vivo? Ter-se-ão ausentado procurando outros locais de amesendação?!

Pelo sim pelo não, deixei a gamela da comida bem recheada. Na segunda-feira veria…

E, na 2ª feira, a gamela estava vazia! Mas nada garantia que fossem os gatos “amigos” que tivessem comido o manjar. Há por aí muitos mais, vadios! E só quem apareceu novamente foi Dona Mi-Dú!

Fui para o campo - Quintal, Chão e Vale - em habituais atividades campesinas. Até sol-posto.

Vale de Baixo. Original. 14.11.23.

E, se lhe disser que estranhei. Estranhei bastante a ausência dos bichanos, acompanhando-me nos campos. Questionava-me sobre o que lhes poderia ter acontecido! Que é dos manos?! E Gil, terá sobrevivido?!

No final do dia, já para regressar a casa, no “Quintal de Cima”, surge Riscadinho. Meio esquivo, como habitualmente, mas cirandava perto, corria, procurava paparoca. Bom sinal!

Perguntei-lhe pelo mano, Du-Dú, pelo tio, Gil. Miou, miou muito, mas não entendi o que disse. (Sou um pouco surdo!) Deixei novamente comida.

Ontem, 3ª feira, quando após o almoço fui para o quintal, para continuar as tarefas, aparece também Du-Dú! Foi um feliz reencontro de parte a parte. Este irmão é mais afoito que Riscadinho.

E, brincando os dois, foram-me acompanhando até ao Chão, até ao Vale e por ali andaram comigo, enquanto fui trabalhando. Exploraram o ambiente. Caçaram…

Riscadinho e Du - Dú. Original. Nov.23

Ao findar as tarefas, no retorno, lá voltaram eles também ao quintal. Comeram, que novamente lhes dei da ração especial. Descansaram, velaram, em cima do murete da antiga pocilga, enquanto eu fazia outras tarefas. (Foto inicial.)

O findar do dia, aproximando-se o ocaso, perspetivava lindas fotos.

Pôr do sol. Foto original. Nov.23.

O Sol já se esconde muito mais a Sul. Não proporcionando vistas tão interessantes no Chão da Atafona, fui tirar fotos ao adro da Igreja Matriz.

E, não é que, já depois das dezassete e trinta, ao abrir o portão do Quintal, me deparo com o Gil?!

Gil e sobrinhos. Original. 14. Nov. 23

Eu e os sobrinhos! Pois que a reação dos animais denotava que já não se veriam há algum tempo!

Por onde terão andado nestes dias de ausência?!

E, é possível animais e pessoas sentirem as respetivas ausências?!

 

14
Nov23

Os Gatos do Quintal (XX )

Francisco Carita Mata

Gil e os sobrinhos: Riscadinho e Du - Dú

(Gil faz festas ao sobrinho Riscadinho!)

Gil e sobrinhos. Original. 14. Nov. 23

Du - Dú e Riscadinho no cimo do muro da antiga pocilga!

Du - Dú. Original. Nov. 23

Riscadinho e Du - Dú, no Vale de Baixo 

Riscadinho e Du - Dú. Original. Nov.23

(Estas fotos são todas de hoje, 14 de Nov. 23. Hoje não tenho tempo para desenvolver uma crónica sobre os gatos. Amanhã, tentarei elaborar uma narrativa. Obrigado pela sua atenção, Caro/a Leitor/a. Boa noite!)

 

08
Jul23

Ricardina: a Gata Heroína!

Francisco Carita Mata

Ricardina gata heroína. original. 07.07. 23.

Gatos no Quintal (XIV) - Aldeia da Mata

Se eu me pusesse a escrever sobre os “Gatos do Quintal”, todos os dias tinha motivos para narrativas!

Basicamente são quatro irmãos, que, com o conhecimento obtido sobre os mesmos, foram adquirindo identidades e direito a nome: Gil (Eanes), Bartolomeu (Dias) – Bart; Ricardina e Maria Eduarda – Mi-Dú.

Gil e Ricardina são patentes no quintal, há meses, sem interrupções. Bart e Mi-Dú despareceram, por Abril. Mi-Dú reapareceu em Maio, aparentando ter parido. No dia 31 de Maio, observei três gatinhos, assomando-se por entre o telheiro do quintal do Ti Zé “Fadista”.

No início de Junho, voltei a vê-los, fugindo, ao final da Azinhaga, entrando para o Chão da Atafona. Nunca mais os vi. Mi-Dú, quase de certeza mãe, passou a ser presença permanente no Quintal de Baixo, local de amesendação. Sempre renitente relativamente à minha pessoa, embora prontamente aceite pelos irmãos - Gil e Ricardina, compartilhando refeições e companhia.

De Bart nunca mais soube nada. A modos que o Cabo foi mesmo das Tormentas. Ainda tenho Esperança que volte, que não tenha ficado lá pelas Índias!

Relembrados estes introdutórios, vamos às heroicidades!

Ontem, já depois das dezoito, quando fui regar, observei o gato e as gatas em rebuliço, no final da Azinhaga, junto ao Chão da Atafona e da figueira verdeal. Fui observar.

O que se passava?! (...)

Andavam de roda de uma cobra!

Andavam, é como quem diz… Que, Maria Eduarda depressa fugiu para o quintal, não sei se com medo de mim, se da cobra. Gil, valentão, trepador, contorcionista e equilibrista, predador de pássaros, depressa saltou para o muro do quintal. E este não foi com medo de mim!

Quem lutou, batalhou, se engalfinhou com a cobra, descobrindo estratégias e táticas para a conseguir filar pelo pescoço, foi Ricardina! Ricardina, a Heroína!

Eu, a bem dizer, fiquei um pouco atarantado. Consegui algumas fotos, fiz um pequeno vídeo.  Mas não tive qualquer intervenção sobre o acontecimento. Deixei que a Natureza funcionasse na sua plenitude.

A cobra defendia-se, atirando-se de boca aberta para a gata, esta afastava-se, mas depressa retomava a refrega. O réptil, a estratégia que usava era tentar fugir, subindo pelo muro do quintal de Doutor Agostinho. Mas não tinha qualquer sucesso. O muro é muito alto e revestido de cimento. Estes animais sabem que não vencem qualquer luta com predadores de topo, como são os felinos. A saída e defesa é fugir. O mesmo que fazem com os humanos. Abrir a boca é só para assustar!

O bicho ainda se lembrou de correr para o muro do Chão da Atafona, que é de pedra solta. Correr, correu, ainda se tentou infiltrar na parede… “lá foge a bicha…” pensei eu. Mas Ricardina, felina e heroína, não desistiu. Conseguiu puxá-la, apanhá-la pelo pescoço e mandá-la para “outro destino”.

As fotos documentam alguns dos factos.

A 1ª apresenta Ricardina junto do troféu. Gil, deitado, observando, que foi o que fez, após ter fugido de medo.

A 2ª foto mostra a cobra, enrolada, ferida ou morta (?), que, agora, à posteriori, apresenta-se-me esta dúvida...

Cobra. Original. 07.07.23.

Caro/a Leitor/a, espero que não se assuste com a(s) cobra(s). Não fazem mal. Mas eu, na verdade, também me assusto, se as vejo. Mas não as costumo matar. São também predadoras de animais prejudiciais para as agriculturas, os ratos, por ex. Competem com os gatos.

Votos de saúde, paz e bons passeios.

Hoje, está mais fresquinho, aqui, por este Alentejo do Alto!

 

06
Jun23

No “Vale de Baixo” – Aldeia da Mata!

Francisco Carita Mata

No Caminho da Fonte das Pulhas – Alto Alentejo

No início do Caminho da Fonte das Pulhas que também vai dar ao “Porcos Unho” - (horta, ribeira e passadeiras) – após o “Chão da Atafona”, nem cem metros percorridos, temos no lado direito – Norte – o “Vale de Baixo”!

Imagem global, o Vale, enquadrado por ramo de Catalpa:

Vale de Baixo. Original. 27.05.23.

(O campo semeado de azevém, uma parte já ceifada. Em plano médio, o renque de árvores formado pelos freixos e o choupo negro)

Um ramo de Catalpa florida.

Catalpa. Original. 27.05.23.

A planura semeada de feno – azevém (?) – e mal se vendo, falta de habilidade fotográfica, uma ave.

Vale. original. 27.05.23.

Uma pega azul! Que me lembre, este ano foi a primeira vez que vi este tipo de ave, na minha região. (Já vira no Algarve.)

Fotos da romeira cheia de flor.

Romeira. original. 23.05.23

E o “amigo” Gil (Eanes), o “Caçador”, numa das suas passeatas, acompanhando-me.

Gil. Original. 28.05.23.

(Quis realçar a flor da silva, mas ficou "desfocada". O gato estragou a foto?!)

(As fotos são todas de finais de Maio, já havia chovido ou estava em vias de...)

Bons passeios, com saúde, e Obrigado pela visita!

 

 

11
Mai23

Ameixoeira Frutificada!

Francisco Carita Mata

Vale de Baixo – Aldeia da Mata

No caminho da Fonte das Pulhas ou do Porcos Unho!

Ameixoeira frutificada. Original. 05.05.23

Há cerca de vinte anos, pouco mais ou menos, semeei uns caroços de ameixas, no Vale de Baixo, entre a valeta sul e a parede, bordejando a Azinhaga da Fonte das Pulhas. A maioria não terá nascido, como é costume. (Se eu me orientasse pela taxa de sucesso das minhas sementeiras / plantações, há muito que eu teria desistido desta tarefa / função / mania / trabalho / idiossincrasia. Outro nome lhe chamaria, pensarei eu, mas não escrevo.)

Preciso de ter uma confirmação exata que esta ameixoeira resulta dessa sementeira, mas para isso tenho de a ver com os frutos amadurecidos. Veremos se será neste ano.

Frutos já tem, neste ano de 2023, como se pode observar na primeira foto. Não são muitos, mas esperemos que os poucos que tem, amadureçam.

Ameixoeira. Foto original. 07.05.23.

Em 2020 estava carregada. Mas foi o ano da pandemia. E, na altura em que estariam maduros, já lá mais para finais de Junho / Julho, ocorreram situações constrangedoras, no âmbito da Covid, e não pudemos vir à Aldeia. De modo que nunca vi os frutos no estádio final.

Perguntei a alguns dos passantes habituais, mas ninguém se lembrava dos frutos, de como eram ou deixavam de ser, de cor, forma, sabor. Adiante… Há muito boa e santa gente que não liga a estas coisas peculiares da Natureza.

Mas a Árvore terá amadurado as ameixas. Não me parece que a covid tenha afetado o respetivo amadurecimento! Se, ninguém, humano, as comeu, tê-las-ão comido os passarinhos, julgo eu. Mas esses também questionei, mas também nenhum me respondeu. Os rouxinóis dão-me música. E que música! Celestial! Todos os dias, quando faço o meu circuito de manutenção, muitas vezes acompanhado pelo Gil, eles cantam, cantam, trinam, trilam, gorjeiam, é algo sublime, encantador, inigualável, inimitável.

- Caro/a Leitor/a, costuma assistir aos concertos dos rouxinóis, aí para os lados onde habita?!

(Ainda sobre a Covid, será que as pessoas ainda têm consciência de como foi esse singular ano das nossas vidas?! Ou a Covid nunca existiu?! O Ser Humano tem por vezes amnésias seletivas!)

Mas nada disso é relevante para o fundamental.

Não sei o nome das ameixas ou abrunhos que semeei. Sei que eram caroços de uns frutos dessa espécie, muito vulgares, pretos, oblongos, carnudos e saborosos. Vendem-se todos os anos nos supermercados. Gosto de comprar, habitualmente.

Os desta ameixoeira, lembro-me de os ver verdes e tinham o formato elíptico. Os da foto inicial já apontam para essa formação. Aguardemos.

Se forem pretos, confirma-se a minha hipótese. A Árvore resultou da minha sementeira.

Ameixoeira. Foto original. 07.05.23.

Até lá, se chovesse um pouquinho, não faria mal.

Bem sei, que anda pessoal nos fenos…

(Não chovendo, terei de começar a regar.)

 

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