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Apeadeiro da Mata

Apeadeiro da Mata

05
Ago23

Jornadas em Lisboa, Festa na Aldeia da Mata!

Francisco Carita Mata

Jornadas por essa(s) Lisboa(s), Festa(s) na(s) Aldeia(s)!

E… infelizmente, um Ocaso de realce!

Pôr do sol. Foto original. 04.08.23.

Enquanto, por “essas Lisboas”, decorrem as JMJ – Jornadas Mundiais da Juventude, na minha Aldeia vão decorrer as Festas de Verão.

Cartaz elucidativo:

Cartaz Festa Aldeia. Ago.23

Sobre as Jornadas e observando apenas pelo que a comunicação social nos mostra, revelam-se um acontecimento deveras impactante. Esse impacto observa-se, no agora, neste imediatismo de curto prazo… Para quem organizou, concebeu, acompanhou, estruturou, se inscreveu… esse impacto terá sido vivenciado já há algum tempo… Para quem as viveu, está vivendo presencialmente, nos variados modos possíveis, persistirá certamente no tempo… Ainda por muito tempo... Certamente para "sempre", nos tempos e nos lugares em que se viveram, se realizaram… Para quem as interiorizou, nos mais variados aspetos e circunstâncias, serão certamente uma marca, quiçá identitária, no seu Ser.

A nível de mensagens, de ideias e ideais veiculadas/os, de princípios dimanados, ressaltam uma grande positividade.

(Algo por demais visível, as notícias da guerra, das guerras sem fim à vista, foram relegadas para plano bem mais secundário.)

Não fui, nem poderia ir. Nem sou especialmente fã de multidões. Melhor, se puder, não me meto em multidões nem confusões. Mas, apesar dessa minha atitude natural, até gostaria de observar, não os eventos em si, mas cirandar um pouco pela(s) Lisboa(s), observando os efeitos destas Jornadas nos vários enquadramentos habituais da(s) cidade(s). Quanto mais não fosse, ter vagueado por Almada, aonde sei que acorreram muitos participantes, peregrinos…

(Gostaria de ter tido oportunidade de ter observado… presencialmente.)

Que os ideais das JMJ persistam na Humanidade. E que frutifiquem positivamente no Mundo!

E voltando à Festa na minha Aldeia... Que corra pelo melhor!

E… Caro/a Leitor/a, aí pela sua Terra também decorrem Festas de Verão?!

E… infelizmente, nova foto de um Ocaso de realce!!...

Pôr do sol. Foto original. 04.08.23.

Infelizmente??!!!...

 

20
Jun23

Rosa singela… Rosa complexa

Francisco Carita Mata

Rosa singela. Original. 04.06.23.

Rosa brava: Alma-Mater de Rosa elaborada.

Ontem, publiquei um postal sobre a Gulbenkian onde pontificava imagem de uma rosa, cuja variedade desconheço. Imagem dessa rosa já surgira, em anterior postal, ilustrando Poema de Camões.

Rosa Gulbenkian. Original. 04.06.23.

Dessa variedade de rosa, temos um exemplar, modesto, no quintal de cima, obtido a partir de semente, trazida precisamente do Jardim da Gulbenkian, talvez há cinco ou seis anos, bem antes da pandemia. (Trazer plantas de variados locais é uma das minhas manias!)

Neste roseiral da Gulbenkian, que ladeia a entrada principal da Fundação, a nordeste, observa-se que as roseiras resultaram de enxerto. Nestes casos, habituais em jardinagem e nas roseiras que disponibilizam os vendedores, há sempre um porta-enxerto de roseira brava – singela, normalmente da cor da roseira que se pretende enxertar.

As fotos documentam o facto. (Os porta enxertos, frequentemente, rebentam na base ramos bravios, muitos florescem e até chegam a criar frutos, contendo sementes.)

A foto titulando o postal é da rosa brava – singela. É lindíssima, na respetiva singeleza! (Também já apresentei fotos de outras roseiras bravas, da minha Aldeia.)

(Na minha opinião, em Portugal, jardim sem rosas não é jardim!)

Este postal, em Apeadeiro, pretende fazer a ligação com o postal de Aquém-Tejo. Também e muito especialmente para verificar um facto que ocorre em Aquém-Tejo, já há alguns meses e que explanarei em postal específico.

Porque será que os meus postais de Aquém-Tejo não figuram nas “janelas” das “tags” habituais?! “Últimos posts”, “Quotidiano”, “Opinião”, “Poesia”, “Natureza”, mesmo quando eu coloco estas “tags”, indexadas ao post!

(Em Apeadeiro os postais surgem sempre.)

Alguma aselhice minha, certamente!

Gostaria que a Equipa SAPO me pudesse ajudar.

Tentarei expor a situação em postal de Aquém Tejo. Obrigado.

 

11
Nov21

"Vamos dar de beber… à Dor"?

Francisco Carita Mata

Em “Dia de São Martinho” é o que apetece, não?!

Mas não. Vamos beber, sim, mas ainda na Fonte da Bica e num texto original.

Fonte da Bica. Geral. 2021.09.01.jpg

A Fonte da Bica: Descrição de J. Guerreiro da Purificação

«A Fonte da Bica»

Fonte, aspeto central. Foto original. 2021.09.01.jpg

«As nascentes vêm de duas minas do terreno do Senhor António Marques, ou seja, do chão que fica em frente quando se sobe a azinhaga onde está a arca, a pouca distância desta. Estas minas foram abertas pelo Senhor Joaquim Paté Caldeira (o Ti Torrado).

Arca da Fonte. Foto original. 2021.07.09.jpg

A arca desta fonte foi feita depois de ter havido um desastre na primeira. Um caso estranho e que passo a contar. A primeira arca da fonte estava construída no meio da azinhaga, um pouco mais acima da direcção da actual, mas soterrada para o trânsito ficar livre. Mas um dia aconteceu que uma vaca do Senhor José Durão, o antigo dono do terreno onde estão as minas, meteu as patas por entre os cascões de pedra que tapavam a arca. Depois, só com a ajuda de vários homens conseguiram tirar de lá o animal.

Azinhaga acima da Arca da Fonte. Foto original. 2021.07.09.jpg

A Fonte da Bica, é das fontes da terra, a mais procurada pelo nosso povo. Há uns anos, antes de haver água canalizada e a Aldeia com mais povoação, a água desta fonte no Verão era todos os anos muito pouca, o que originava a tão maçadora “espera”.»

A Bica. Foto original. 2021.09.01.jpg

In. “A Nossa Terra” – Purificação, João Guerreiro da – Há Cultura / Associação de Amizade à Infância e Terceira Idade de Aldeia da Mata, 2000. Pag.s 146, 147.

(João Guerreiro da Purificação – Aldeia da Mata – 10/07/1927 – 17/12/1997.)

Fonte da Bica. Geral. Foto Original. 2021.07.09.jpg

Continuo a divulgar as “Fontes de Aldeia”, ilustrando os postais com imagens globais ou parcelares das mesmas.

Divulgo igualmente textos do livro supracitado, de Autoria do “Senhor João”. Assim vou dando a conhecer parte do Património material e imaterial, referente a Aldeia da Mata. Estes textos contêm referências à localidade, reportando-se a um tempo muito diverso daquele que conhecemos hoje.

O “trânsito” referido reporta-se a carros movidos por tração animal: muares: machos, mulas, burros, burras e vacas. O episódio referenciado menciona uma situação dessas. Situar-se-á aí pelos anos trinta, quarenta, do séc. XX. Talvez! Até finais dos anos setenta ainda havia muitos carros puxados por tração animal. Os carros motorizados, em Portugal, só se generalizaram a partir da segunda metade desta década, mercê da melhoria generalizada das condições de vida, especialmente das classes trabalhadoras.

Outro termo citado, a “espera”. Refere-se ao facto de, no Verão, as nascentes das fontes serem mais fracas, pelo que corria menos água nas bicas. Como a procura era bastante, dado não haver água canalizada, as pessoas que iam às fontes, quase exclusivamente as mulheres, ficavam esperando, na respetiva “vez”, isto é, ordem de chegada, até que a água voltasse a correr na bica. Para encherem os cântaros, os asados, as infusas.

Lembro-me da instalação da água canalizada na Aldeia e da abertura de canos por todas as ruas. Corria o ano de 1966! A instalação dos esgotos ocorreu bem depois. Já nos finais de setenta ou inícios de oitenta. (Não me lembro com precisão.)

Mas não pense que estas situações de carências de bens e serviços que hoje consideramos básicos eram especificas das Aldeias. Eram comuns nas Cidades também. Atingiam proporções e condições ainda bem piores do que ocorria no Interior. Basta lembrar os “bairros de lata”, que enxameavam toda a Grande Lisboa!

Nos terrenos do supermoderno “Parque das Nações” existia a célebre “Lixeira de Beirolas”. Frisar que foi a “Expo 98”, que despoletou a requalificação de todo aquele espaço.

Só para lembrar este Portugal, ainda recente, que fomos!

Muito Obrigado e Muita Saúde!

 

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