Momentos de Poesia: 28/Set./2024
Hotel José Régio – Portalegre
Conforme tinha planeado, fui a “Momentos de Poesia”. Vale sempre a pena ir aos eventos poéticos.
Inesperadamente, mal se iniciava a sessão, ocorreu uma situação que nos deixou a todos chocados. Uma senhora, já com alguma idade, ao entrar na sala, não sei bem como, caiu! Prontamente, organizou-se ajuda. Uma amiga telefonou para os bombeiros, o professor João Banheiro acalmou a senhora caída, providenciando e aconselhando que ela não se mexesse, nem se levantasse. Deu-me um telefone e liguei para a filha, que prontamente compareceu, ainda antes dos bombeiros.
Estes, com todos os cuidados e requisitos, aconchegaram a velhota, que gemia e chorava, quando se mexia. Devidamente protegida, resguardada, levaram-na para o hospital.
Depreendia-se que teria partido, certamente a perna, de que se queixava. Viemos a verificar ser esse o facto. Temos mantido contacto com a filha, que diz que ela deverá ser operada.
Situações destas acontecem nestas idades, com alguma frequência, nos mais diversos contextos e lugares. A maioria, na própria casa ou nos lares, onde se encontram pessoas de mais idade.
Ficámos todos afetados pela situação. (Eu alterei o que pensava dizer de poesia.)
Como referi, estes “Momentos de Poesia” são sempre cativantes. Há poesia. Há música. Há canções! Há convívio. Há boa disposição.
Há Poesia original de quem a diz. Há Poesia de autores consagrados.
Desta vez, a música e as canções foram privilégio do Professor João Banheiro e do “Grupo Coral de Momentos de Poesia”.
O Amigo João Banheiro, qual “Rouxinol da Ilha do Pessegueiro” cantou, acompanhou à viola e encantou com “Porto Covo”; com uma canção sobre Portalegre, de que ainda não sabe quem foi o Autor! Também “se fores ao Alentejo” – isto é para o pessoal de fora – e lembra-me o Paco Bandeira. (Será impressão minha?!)
O Grupo Coral, que o Professor ensaia nas horas vagas, também cantou o Hino de “Momentos”, acompanhado pelo Mestre. Faltaram algumas coralistas, mas foi apresentada uma jovem, de nome Micaela, como novo elemento. Parabéns a todas, especialmente à jovem, que deles – jovens - será o futuro.
Abriram a Poesia, pessoas do Grupo, que nos trouxeram clássicos e mestres consagrados desta Arte. Cada “Dizedor / Declamador” com direito a dois poemas.
Luísa disse poema de Ary, sobre a infância e de Ricardo Reis. Madalena disse de João Roiz de Castelo Branco e de Almeida Garrett (?) “senhora partem tão tristes” e “pescador da barca bela”.
Uma senhora, a quem não tive tempo de perguntar nome - o meu pedido de desculpas – disse um poema original e outro de José Régio: “não vou por aí”.
Um jovem de Arronches, Gonçalo Mota, disse poemas de sua autoria, a partir de livro que publicou.
Deolinda Milhano disse “porquê andorinha” e “mãos que Deus me deu”, também a partir de livro seu.
Silvina Candeias também disse, de sua autoria, “primavera” e poema dedicado à neta.
Eu também disse. Um poema de José Branquinho, homenageando-o, “farol na escuridão”. E um poema meu: “triunfará o amor”.
E o “Grupo Coral” executou uma performance poética subordinada ao tema Cor, representando através de lenços de diversas cores, associando palavras / pensamentos a condizer.
Esta “teatralização poética” não terminou a sessão, mas poderia ter encerrado, com “chave de ouro”, como se costuma dizer.
Esta narração é enviesada, como todas as minhas crónicas. Incompleta, limitada. Não segue a cronologia dos acontecimentos. O meu pedido de desculpas a todos os intervenientes. O que esteja incorreto, incompleto, errado, se algum dos participantes não concordar- e tiver a lembrança de ler este texto - deixe ficar um comentário, que eu registarei, conforme for conveniente.
Obrigado a todos os participantes, assistentes, organizadores, ao hotel José Régio.
Obrigado, também a si, Caro/a Leitor/a, por me ler até aqui. Votos de saúde e de paz!