Visita à “aldeia” do Chamiço (III).
Enquadramento Arbóreo.
(As conversas são como as cerejas…)
No espaço enquadrante da antiga localidade, existem exemplares marcantes da flora típica da região Norte Alentejana. Que convém realçar. Alguns exemplares talvez remontem aos tempos em que o povoado era habitado. Muitos inserem-se nas ancestrais habitações incorporando-se nos muros, nas divisões habitacionais, nas antigas cozinhas, nos quartos.
O cicerone, Srº Aníbal Rosa, ao mostrar-me algumas casas, manifestou interesse em cortar alguns arbustos para que os visitantes possam apreciar melhor as casas.
(A propósito… Anteontem, domingo, o Primo António Carita, deu-me conhecimento de qual era a casa da nossa trisavó, localizada sensivelmente a meio da povoação. Pena, eu, à data da visita, dois de Fevereiro, não saber desse facto. Teria procurado e talvez o cicerone soubesse. Talvez em próxima visita possa desvendar o local. É natural que o Primo António saiba, pois a Mãe, Tia Maria Carita (1918 – 1997) foi viver, em jovem, para casa de Tia Maria de Sousa e de Tio Francisco Carita, filho da Srª Carita do Chamiço, “Personagem” principal desta(s) narrativa(s) sobre a antiga aldeia.)
Mas propusera-me abordar o coberto arbóreo. Mas isto das conversas…
Hesitei sobre que Árvore usaria para tutelar o postal. Se um Sobreiro ou um Carvalho. Gosto de ambas as fotos e as duas árvores, além de irmãs - “Quercus” – são emblemáticas do Norte Alentejano.
Optei pelo Sobreiro.
A seguir, um Carvalho Negral.
Um bosquete destas árvores icónicas.
Um conjunto destas árvores, inseridas numa fenda de rochas junto ao desfiladeiro.
Talvez mais jovens que as anteriores ou mais raquíticas, devido à pobreza do solo, entre rochedos.
Um conjunto de Faias.
Me disse o cicerone. Eu pensava que eram Choupos. A jusante da ponte.
Um emaranhado confuso de uma Romãzeira, ainda com romãs – apodrecidas - e Sanguinho.
Uma Figueira, inserida na estrutura de antiga habitação.
Um Sobreiro supervisionando uma antiga rua.
Atual caminho vicinal de gado lanígero.
Outro bonito enquadramento de dois sobreiros contextualizando um Olival.
Há ainda um número razoável de Oliveiras nos terrenos.
E, porque, mesmo num contexto de passado, há quem pense no futuro: uma pequena Oliveira que o Srº Aníbal Rosa cuida e pensa proteger das ovelhas!
E o último elemento vegetal que o senhor fez questão de me apresentar, questionando-me sobre que Árvore seria…
Uma Nogueira?!... Uma Tília?!... (Respondia eu.) À terceira é de vez… uma Pereira.
Sim, aquela pequena haste arbórea é uma Pereira. Que o senhor ali plantou. Prova de que, mesmo num contexto virado para o passado, há quem pense no Futuro!
E, por Futuro: É imperioso que várias Entidades se unam e operacionalizem a classificação da antiga “aldeia” do Chamiço, no seu conjunto, como “Monumento”, “Sítio Monumental” ou lá o que lhe queiram chamar.