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Apeadeiro da Mata

Apeadeiro da Mata

03
Abr25

A Vida é uma passagem...

Francisco Carita Mata

"A Primavera vai e volta sempre..."

***

Passadeiras da Horta do Porcozunho:

20250319_132011.jpg

(Ribeira do Porcozunho)

***

Primavera Agrilhoada!

Giesta amarela, iniciando floração:

20250319_132748.jpg

(Na Tapada do Rescão.)

***

Carvalhos Negrais:

O Inverno ainda presente!

20250319_131512.jpg

(Na Tapada do "Srº Joaquim da Loja". A Leste da Fonte das Pulhas.)

***

Primavera Florida:

Ameixoeiras bravas!

20250319_130345.jpg

(No Vale de Baixo.)

***

(Estas quatro fotos, todas originais, são de 19 de Março: "Dia do Pai". Ainda Inverno, quase Primavera. Que chegou no dia vinte e um. Em dia invernoso, de tempestade.

Entretanto, a Primavera, de sol, apareceu realmente. Mas, ontem 2 de Abril, voltou o tempo de Inverno! O "mau tempo", como se diz.

As fotos lembram isso, ainda.

Como estarão as plantas, passadas duas semanas?!

E a Ribeira e as passadeiras, poldras ou alpodras, do Porcozunho?!)

***

"... só a Mocidade não volta mais!"

 

 

28
Jan22

A Ribeira das Pedras e as Cheias

Francisco Carita Mata

Viagem pelo Património de Aldeia da Mata!

Marcas Cheias Ribeira das Pedras. Foto original. 2022.01.12.jpg

Nos postais anteriores sobre a Ponte da Ribeira das Pedras, apresentei fotos de inscrições numa pedra, na margem direita e Norte da Ribeira, em que estão assinaladas marcas de duas grandes cheias, ocorridas em 1941 e 1959.

Conhecia a marcação da grande cheia dos anos cinquenta, lembrava-me da inscrição, embora julgasse que a data era de 57. Tinha e tenho ideia dessa cheia, era eu criança.

Em finais de Dezembro e início de Janeiro, resolvi ir até à Ribeira com o objetivo de, além de tirar fotos à ponte, ribeira e passadeiras, fotografar também essa pedra com as inscrições evocativas. Não tinha conhecimento da referência à cheia de 1941. Pelo menos não me lembrava.

Pedra com musgos I. Foto Original. 2021.12.24.jpg

A pedra em molde de “quadro”, resultante de corte nela efetuado, estava coberta de musgos e líquenes, conforme a foto anterior documenta.

Fora munido de escova e vassoura e limpei a pedra, o melhor que pude, para visualizar os registos. De certo modo surpreendi-me com a referência a 1941 e constatei que a cheia da década de cinquenta ocorrera em 1959.

Pedra com as datas. Foto Original. 2022.01.21.jpg

Interessante esse registo efetuado.

Do trabalho pictográfico de 1941, desconhecemos a respetiva Autoria. Mas é relevante notar que o respetivo Autor fez o algarismo quatro (4), em espelho. Quem terá sido o Artista?!

Registo de 1941. Foto Original. 2022.01.21.jpg

A marcação de 1959 tem Autoria. Simultaneamente com a datação e o risco assinalando até onde chegou a água, estão as iniciais dos nomes dos Autores: FCA e JBG.

Marcação de 1959. Foto original. 2022.01.12.jpg

Estes senhores, atualmente já falecidos, à data, eram jovens. Trabalhavam nas pedreiras. Daí terem concretizado a interessante ideia de registarem na pedra a ocorrência do transbordo da Ribeira, nesse ano de 1959. Assim fica para memória futura a lembrança de tal facto. Talvez também influenciados pela sinalização de 1941. (Suposições minhas.)

É também importante precisar que ambas as ocorrências aconteceram em Janeiro: 22 – 1 – 1959 e 23 – 1 – 41. Quase no mesmo dia!

Marcas Cheias Ribeira das Pedras. Foto Original. 2022.01.21.jpg

E estamos a falar de cheias e consequentemente chuva e, neste Inverno, mal choveu. Acaba-se Janeiro e não vemos água! A água faz muita falta, embora também nos aborreça!

E com este postal abordamos novamente Património Material e Imaterial de Aldeia da Mata. Natural e Humanizado. A Ribeira, a Ponte, as Passadeiras e a Memória das Cheias, também eternizadas materialmente, no registo pictográfico na pedra!

 

24
Jan22

A Ponte da Ribeira das Pedras

Francisco Carita Mata

 

 

Ponte da Ribeira das Pedras a montante. Foto Original. 2022.01.12.jpg

Por agora, concluímos o “Roteiro das Fontes Públicas” de Aldeia da Mata.

Mas continuamos na divulgação do respetivo Património Material.

Neste postal, faremos uma viagem à Ribeira das Pedras e à respetiva Ponte.

Ponte Ribeira das Pedras a jusante. Foto original. 2021.12.24.jpg

A “Ribeira das Pedras” é um excerto da Ribeira que contorna Aldeia da Mata, a Norte e a Oeste, simultaneamente perto, permitindo que Aldeia tenha dela beneficiado ao longo de séculos e relativamente distante, de modo que não tenha prejudicado a povoação, nas ocasionais cheias.

Registo de cheias de 1941 e 1959. Foto original. 2022.01.21.jpg

Esta Ribeira, cujo nome oficial é “Ribeira de Cujancas”, vai adquirindo diferentes nomenclaturas ao aproximar-se da Localidade e só volta a adquirir o nome oficial já bem afastada, quando chega à ponte ferroviária da Linha de Leste, quando esta transpõe a Ribeira.

Que eu conheça tem os seguintes nomes, de montante para jusante: Ribeira da Vargem, Ribeira das Caldeiras, entre estes dois excertos tem o Moinho do Ti Luís Belo. A seguir ao trecho das Caldeiras, tem a parte que hoje documentaremos: Ribeira das Pedras. (Entre estes dois excertos também tem um moinho, precisamente o “Moinho das Caldeiras.) Segue-se Ribeira da Lavandeira, Ribeira do Salto, Ribeira do Porcozunho, Ribeira da Tapada Grande, Ribeira do Salgueirinho, Ribeira da Midre, Ribeira da Lameira. E, finalmente, readquire o nome de batismo, ao chegar à ponte da Linha do Leste: Ribeira de Cujancas!

Hoje postamos sobre “Ribeira das Pedras”! E a respetiva Ponte.

Estrada sobre a Ponte. Foto Original. 2021.12.24.jpg

Já apresentámos imagens da Ponte, a montante e a jusante da Ribeira. Também de registos, gravados na pedra, de cheias excepcionais, ocorridas em 1941 e em 1959! Da estrada que a percorre, vista do lado Norte.

Seguiremos com mais imagens globais:

As "Passadeiras"!

Passadeiras. Foto original. 2022.01.21.jpg

A Nora

Nora. Foto Original. 2022.01.12.jpg

Árvores Autóctones:

Sobreiro

Sobreiro. Foto Original. 2022.01.12.jpg

Freixo

Freixo.  Foto Original. 2021.12.24.jpg

12
Nov21

As Passadeiras do Porcosunho! (Porcos unho?!)

Francisco Carita Mata

Sabe o que são Passadeiras, Poldras ou Alpondras?!

Passadeiras Porcozunho. Foto Original. 2021.10.31.jpg

Consultemos a nossa Lexicoteca:

«Alpondras, s.f. pl. (de a+poldras). Pedras que se colocam umas a seguir às outras num rio, de modo a unir as margens e a permitir, consequentemente, a passagem do mesmo a pé enxuto. Pag. 169. Vol. I

Passadeira, s.f. (de passar).1. Alpondras. Pag. 499. Vol. II

Poldras, s.f. pl. (corr. de alpondras). Pedras de passagem, entre as margens de um ribeiro; o m. q. alpondras. Pag. 652. Vol. II»

In. Lexicoteca – Moderno Dicionário da Língua Portuguesa – Círculo de Leitores – Vol I e Vol II – 1985.

*******

Passadeiras Porcosunho. Foto original. 2021.10.31.jpg

Neste postal, interrompemos, de certo modo, o ciclo das Fontes, a que voltaremos mais tarde, e apresentamos documentação sobre o título em epígrafe.

No final do mês de Outubro, coincidente também com o final de semana, dias 29, 30 e 31; sexta, sábado e domingo, choveu no Norte Alentejano.

De modo que, revivendo uma tradição infantil, no domingo, trinta e um de Outubro, ainda a chuviscar, resolvi ir à Ribeira do Porcosunho (Porcos unho?!), a ver como corria a Ribeira. A Ribeira que contorna a Aldeia é sempre a mesma. Chama-se, oficialmente, Ribeira de Cujancas. Mas, nos territórios próximos da povoação, adquire diferentes nomenclaturas, conforme os locais por onde passa perto da localidade. No sítio junto à Fonte das Pulhas, situada na respetiva margem esquerda, designa-se “Ribeira do Porcosunho”. Que nome intrigante(!) Na margem direita tem a “Horta do Porcosunho”.

As fotos exemplificam as respetivas passadeiras, singelos “monumentos” ancestrais. Nalgumas localidades, afirmam que as existentes nas respetivas ribeiras, remontam à época romana.  A água corrente, resultante das chuvadas. Olhando as margens com atenção, observa-se que terá corrido maior caudal.

A Fonte das Pulhas e o leito da Ribeira.

A Fonte e a Ribeira. Foto Original. 2021.10.31.jpg

Barrento, como resultado das chuvadas. E um saco azul! De lixo! Ainda se fosse dos outros…sacos azuis!

Caro/a Leitor/a, espero que tenha apreciado. Obrigado!

 

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