![Pôr do Sol. Aldeia. Foto Original. 2021.09.01.jpg]()
Quadras Tradicionais
«O meu coração é um tanque
Mas não é de lavar roupa
Como é que eu hei-de andar alegre
Tu numa terra e eu noutra.
Se eu soubesse que voando
Ia alcançar os teus carinhos
Pedia a Deus que me desse
Asas de passarinhos.»
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Já referi que “Macarrão” é alcunha.
As alcunhas muitas vezes quase substituem os nomes próprios na designação de determinadas pessoas.
(Há casos em que as alcunhas são incorporadas nos próprios nomes. Conheci colega, que detestava o sobrenome Lagartixa, herdado da mãe. Sobrenome incorporado pelo avô no nome dos filhos, a partir da alcunha que ele tinha!
Já basta a “prima”, com os nomes com que batizou as filhas!)
Este nosso Primo, primo mesmo, por afinidade, é mais conhecido pela alcunha do que pelo nome próprio. Sei que se chama José, de sobrenome Ventura. Mas sempre o ouvi chamar de “Macarrão”. Não imagino porquê.
É natural de Vale do Peso. Exerceu a profissão de ferroviário, julgo que “Maquinista”. Vive no Entroncamento, como muitos dos ferroviários de Aldeia da Mata e das mais diversas localidades. Entroncamento: terra e nome peculiar!
A CP é uma empresa que emprega ainda milhares de trabalhadores e certamente empregou ainda mais, nos tempos que estava no seu auge.
A construção do Caminho de Ferro em Portugal, como aliás pelo Mundo, foi uma Epopeia!
Com o desativar dos comboios, muito a partir da década de oitenta, do séc. XX… foi um ar que lhe foi dando… à CP. Atualmente, 3ª década do séc XXI, estão novamente a reativar a ferrovia. Adiante…
Hei-de voltar aos comboios.
Voltando atrás, ao postal anterior, já que com comboios não se faz marcha atrás, vou inserir sobre “Alcunha” e “Macarrão”, a partir da Lexicoteca.
“Alcunha, s. f. (do Ár. Al-kunya). 1. Ant. Denominação acrescentada ao nome próprio ou ao apelido; cognome.”
“Macarrão, s.m. (do Ital. Maccherone). 1. Massa de farinha de trigo, em forma de tubos finos e alongados, que se usa na sopa e outros preparados culinários.”
In. Lexicoteca – Moderno Dicionário da Língua Portuguesa – Círculo de Leitores – Vol. I e II - 1985.