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Apeadeiro da Mata

Apeadeiro da Mata

01
Abr24

Viveiro no Café!

Francisco Carita Mata

No "Café do Jorge": Aldeia da Mata.

20240318_112458.jpg

Eu pensava que só eu é que tinha a "mania" de semear plantas, mas há mais pessoas que também têm este hábito salutar, educativo e louvável.

Quatro árvores, com direito a amesendação no "Café do Jorge"! Um mini viveiro, exposto na esplanada do Café, como se pode observar na foto!

Uma Laranjeira, um Sobreiro e as duas em segundo plano, julgo que são Azinheiras.

Pois, muitos parabéns, pela ideia e iniciativa.

*******

Uma excelente forma de celebrar e glorificar a Primavera!

 

14
Fev23

Visita à “aldeia” do Chamiço (III).

Francisco Carita Mata

Enquadramento Arbóreo.

(As conversas são como as cerejas…)

No espaço enquadrante da antiga localidade, existem exemplares marcantes da flora típica da região Norte Alentejana. Que convém realçar. Alguns exemplares talvez remontem aos tempos em que o povoado era habitado. Muitos inserem-se nas ancestrais habitações incorporando-se nos muros, nas divisões habitacionais, nas antigas cozinhas, nos quartos.

O cicerone, Srº Aníbal Rosa, ao mostrar-me algumas casas, manifestou interesse em cortar alguns arbustos para que os visitantes possam apreciar melhor as casas.

(A propósito… Anteontem, domingo, o Primo António Carita, deu-me conhecimento de qual era a casa da nossa trisavó, localizada sensivelmente a meio da povoação. Pena, eu, à data da visita, dois de Fevereiro, não saber desse facto. Teria procurado e talvez o cicerone soubesse. Talvez em próxima visita possa desvendar o local. É natural que o Primo António saiba, pois a Mãe, Tia Maria Carita (1918 – 1997) foi viver, em jovem, para casa de Tia Maria de Sousa e de Tio Francisco Carita, filho da Srª Carita do Chamiço, “Personagem” principal desta(s) narrativa(s) sobre a antiga aldeia.)

Mas propusera-me abordar o coberto arbóreo. Mas isto das conversas…

Hesitei sobre que Árvore usaria para tutelar o postal. Se um Sobreiro ou um Carvalho. Gosto de ambas as fotos e as duas árvores, além de irmãs - “Quercus” – são emblemáticas do Norte Alentejano.

Optei pelo Sobreiro.

Sobreiro. Foto original. 02.02.23

A seguir, um Carvalho Negral.

Carvalho negral. Foto original. 02.02.23

Um bosquete destas árvores icónicas.

Carvalhos negrais. Foto original. 02.02.23

Um conjunto destas árvores, inseridas numa fenda de rochas junto ao desfiladeiro.

Carvalhos. Foto original. 02.02.23.

Talvez mais jovens que as anteriores ou mais raquíticas, devido à pobreza do solo, entre rochedos.

Um conjunto de Faias.

Faias. Foto original. 02.02.23.

Me disse o cicerone. Eu pensava que eram Choupos. A jusante da ponte.

Um emaranhado confuso de uma Romãzeira, ainda com romãs – apodrecidas - e Sanguinho.

Romãzeira e sanguinho. Foto original. 02.02.23.

Uma Figueira, inserida na estrutura de antiga habitação.

Figueira. Foto Original. 02.02.23.

Um Sobreiro supervisionando uma antiga rua.

Sobreiro. Foto original. 02.02.23

Atual caminho vicinal de gado lanígero.

Outro bonito enquadramento de dois sobreiros contextualizando um Olival.

Sobreiros. Foto original. 02.02.23

Há ainda um número razoável de Oliveiras nos terrenos.

E, porque, mesmo num contexto de passado, há quem pense no futuro: uma pequena Oliveira que o Srº Aníbal Rosa cuida e pensa proteger das ovelhas!

Oliveira. Foto original. 02.02.23.

E o último elemento vegetal que o senhor fez questão de me apresentar, questionando-me sobre que Árvore seria…

Pereira. Foto original. 02.02.23.

Uma Nogueira?!... Uma Tília?!... (Respondia eu.) À terceira é de vez… uma Pereira.

Sim, aquela pequena haste arbórea é uma Pereira. Que o senhor ali plantou. Prova de que, mesmo num contexto virado para o passado, há quem pense no Futuro!

E, por Futuro: É imperioso que várias Entidades se unam e operacionalizem a classificação da antiga “aldeia” do Chamiço, no seu conjunto, como “Monumento”, “Sítio Monumental” ou lá o que lhe queiram chamar.

 

 

16
Dez22

Imagens de um passeio em dia de cheias!

Francisco Carita Mata

Alguns pormenores, nos caminhos das Ribeiras.

Ribeiras que são apenas uma Ribeira!

Frutos de Carapeteiro / Espinheiro / Pilriteiro: Na Estrada Nacional, junto à ponte da Ribeira das Pedras – margem esquerda, lado sul.

Frutos Espinheiro. Foto original. 14.12.22.

Sobreiro descortiçado, realçada a coloração pela chuva: Caminho da Fonte de Salto, quase frontal ao Caminho da Ribeira da Lavandeira.

Sobreiro descortiçado. Foto original. 14.12.22.

Penedo coberto de líquenes, musgos, fetos, também no Caminho da Fonte do Salto, junto ao Chão Grande.  

Penedo. Foto Original. 14.12.22.

Figueira, no Chão da Atafona, no início do Caminho da Fonte das Pulhas / Porcozunho, ainda com muitas folhas, mas já com as cores outonais.

Figueira outonal. Foto Original. 14.12.22.

Foi plantada pelo Tio João Carita, segundo me dizia o Pai. Terá cerca de cem anos! Os figos são pretos por fora e branco-pérola por dentro. (Também se vislumbra um pequeno ramo de figueira da Índia! Esta é bem mais recente. Foi plantada por mim.)

*******

Bons passeios outonais. Com menos chuva!

 

 

17
Nov22

Lembranças do Pai Domingos

Francisco Carita Mata

Saudades!

Que Saudades do Pai Domingos!

Pinheiros mansos. Ervedal. Foto Original. 06.07.22

Ilustro com fotos de Árvores.

A dos Pinheiros Mansos no Caminho do Ervedal, sendo por demais sugestiva, documenta pinheiros que eu semeei e o Pai plantou naquele local, ainda no século XX. Nos anos oitenta, certamente. O Legado dos nossos pais é inesquecível. Este hábito de semear e plantar árvores foi herdado e aprendido com o meu Pai, não tenho dúvidas. Que terá por sua vez também herdado ou aprendido (?) com outros ancestrais.

A foto foi tirada naquela manhã brumosa, em que fui pintalgar os sobreiros recentemente descortiçados.

As duas fotos seguintes são de dois sobreiros semeados pelo meu Pai, no referido Ervedal.

Sobreiro Ervedal. Foto original. 06.07.22

Os Pais fazem-nos sempre muita falta. Os Pais e as Mães, claro.

Sobreiro Ervedal. Foto original. 15.06.22

Que Saudades, Pai!

 

17
Jul22

Manhã brumosa - Ervedal - Aldeia da Mata

Francisco Carita Mata

Sobreiros pintados. Foto original. 2022.07.06.jpg

Manhã brumosa

(Pintando o 2 no sobreiral!)

 

O vento não tugia nem mugia

Nem a mais leve aragem bulia

Julho, seis, vinte e dois, no Ervedal.

E, eu, calcorreando sobreiral.

Manhã, manhãzinha de maresia

Como há muito tempo não sentia!

 

Pintalgando sobreiro. Ou sobreira?!

Cortiça virgem outra secundeira

Em cada um marquei dígito dois.

Assim andei. E três horas depois

Dei por finda a minha trabalheira.

Feliz da labuta e sem canseira!

 

Manhã fresca, e fresca, e brumosa

Tão bela, e bela… tão radiosa!

 

Esta dúzia de versos, mais dois, catorze versos, estruturados em 2 sextilhas, e um dístico, começaram a ser congeminados na agradabilíssima manhã em que fui pintalgar os sobreiros no Ervedal, 06/07/2022. Gostaria que tivessem sido mais descritivos desse passar do tempo tão fresco, fresco, em contraponto a este calor, calor excessivo, que vivenciamos. Não ficaram como eu gostaria. A minha musa é o que é, que até quem tem Musa se queixa de que ela por vezes lhe abala e falseia. Ademais quem tem apenas musa!

Saúde! Paz! E que venha o vento fresco!

 

23
Jun22

Descortiçamento: a Ferramenta – a Machada!

Francisco Carita Mata

Ou machadinha?!

Ervedal – Aldeia da Mata – Alto Alentejo!

Em complemento ao postal de Aquém- Tejo, apresento esta foto do Sr. da Cunheira, com a respetiva machada, em que bem se observa a lâmina, em meia-lua e o cabo em espigão.

Corticeiro. Machada. Sobreiro.2022.06.15.jpg

Junto a um sobreiro, no topo norte da parte central da propriedade. Sobreiro que não foi descortiçado, porque, como se pode observar, a cortiça não estava em bom estado. Situação relativamente frequente.

E duas perguntas, não sei se pertinentes, se impertinentes:

Caro/a Leitor/a,

Quanto acha que ganha cada trabalhador diariamente?

E quanto acha que nós recebemos pela venda da cortiça que também incluiu uns eucaliptos?!

Uma pipa de massa, não?!

(Não leve a mal as perguntas!)

Saúde e Paz!

 

21
Jun22

Descortiçamento – Ervedal – Aldeia da Mata

Francisco Carita Mata

Descortiçamento Ervedal. Foto Original. 2022.06.15.jpg

15 de Junho de 2022 – 4ª feira

Irei publicando algumas fotos sobre este acontecimento extraordinário. Sim! Extraordinário! Porque a especificidade do trabalho, as particularidades desta função, deste trabalho agrícola, o esforço e tenacidade exigida aos profissionais, assim o categorizam. Extraordinariamente importante!

É um trabalho sazonal: Maio - Junho, de cada ano. Também conforme o tempo, mais ou menos quente. E periódico. Relativamente a cada sobreiro, a cada montado de sobro, só se realiza de nove em nove anos.

Dadas estas duas variáveis, sazonalidade e periodicidade, resultou no facto de, só neste ano de 2022, eu ter assistido, pela primeira vez na minha vida, ao exercício desta tarefa da nossa agricultura alentejana. E que tarefa! Por esse facto pessoal, também é extraordinário!

Foi uma experiência interessantíssima sobre que irei abordando alguns postais.

Ademais porque se concretizou em território de que somos proprietários, terrenos herdados de minha Avó Carita, a que me contava contos tradicionais. E o mais relevante ainda, porque foram sobreiros semeados pelo meu Pai e por mim. 

Todos estes aspetos valorizam sobremaneira este acontecimento.

Mérito de quem o exerceu, os trabalhadores, a quem agradeço a disponibilidade e sobre quem irei escrevendo e documentando.

Saúde e Paz. E, o Verão que continue fresquinho!

 

24
Jan22

A Ponte da Ribeira das Pedras

Francisco Carita Mata

 

 

Ponte da Ribeira das Pedras a montante. Foto Original. 2022.01.12.jpg

Por agora, concluímos o “Roteiro das Fontes Públicas” de Aldeia da Mata.

Mas continuamos na divulgação do respetivo Património Material.

Neste postal, faremos uma viagem à Ribeira das Pedras e à respetiva Ponte.

Ponte Ribeira das Pedras a jusante. Foto original. 2021.12.24.jpg

A “Ribeira das Pedras” é um excerto da Ribeira que contorna Aldeia da Mata, a Norte e a Oeste, simultaneamente perto, permitindo que Aldeia tenha dela beneficiado ao longo de séculos e relativamente distante, de modo que não tenha prejudicado a povoação, nas ocasionais cheias.

Registo de cheias de 1941 e 1959. Foto original. 2022.01.21.jpg

Esta Ribeira, cujo nome oficial é “Ribeira de Cujancas”, vai adquirindo diferentes nomenclaturas ao aproximar-se da Localidade e só volta a adquirir o nome oficial já bem afastada, quando chega à ponte ferroviária da Linha de Leste, quando esta transpõe a Ribeira.

Que eu conheça tem os seguintes nomes, de montante para jusante: Ribeira da Vargem, Ribeira das Caldeiras, entre estes dois excertos tem o Moinho do Ti Luís Belo. A seguir ao trecho das Caldeiras, tem a parte que hoje documentaremos: Ribeira das Pedras. (Entre estes dois excertos também tem um moinho, precisamente o “Moinho das Caldeiras.) Segue-se Ribeira da Lavandeira, Ribeira do Salto, Ribeira do Porcozunho, Ribeira da Tapada Grande, Ribeira do Salgueirinho, Ribeira da Midre, Ribeira da Lameira. E, finalmente, readquire o nome de batismo, ao chegar à ponte da Linha do Leste: Ribeira de Cujancas!

Hoje postamos sobre “Ribeira das Pedras”! E a respetiva Ponte.

Estrada sobre a Ponte. Foto Original. 2021.12.24.jpg

Já apresentámos imagens da Ponte, a montante e a jusante da Ribeira. Também de registos, gravados na pedra, de cheias excepcionais, ocorridas em 1941 e em 1959! Da estrada que a percorre, vista do lado Norte.

Seguiremos com mais imagens globais:

As "Passadeiras"!

Passadeiras. Foto original. 2022.01.21.jpg

A Nora

Nora. Foto Original. 2022.01.12.jpg

Árvores Autóctones:

Sobreiro

Sobreiro. Foto Original. 2022.01.12.jpg

Freixo

Freixo.  Foto Original. 2021.12.24.jpg

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