As tempestades sobrevêm quando menos se espera!
![Muro caído. Azinhaga da Atafona. Foto Original. 16.12.22.]()
Em ambos os blogues, tenho pugnado por melhorar aspetos da minha Aldeia. Tanto com as entidades públicas, como com as particulares. Quando uns ou outros podem, as “maleitas” resolvem-se. Dentro das possibilidades de cada entidade. Nem sempre é possível colmatar todos os aspetos e de forma imediata. Compreende-se.
(Para além de estar sempre a divulgar e valorizar o Património de Aldeia da Mata. O material e o imaterial.)
Um dos aspetos, em que tenho batido na tecla, tem sido sobre o arranjo do “cruzamento” Travessa do Fundão - Azinhaga da Atafona – Azinhaga do Poço dos Cães.
Têm feito o que podem, dentro dos condicionalismos de que dispõem. Mas já se sabe, sempre que chove, a gravilha escorre e vai parar ao “Vale de Baixo”.
Mas há situações que têm mesmo de ser os particulares. Os Herdeiros de Dr. Agostinho providenciaram algo que poderia servir de exemplo para o que deveria ser feito em todo o espaço.
![Gravilha arrastada. Muro a cair. Foto original. 15.12.22.]()
Na foto anterior, pode verificar-se nesse caminho, que no lado direito da foto, o muro é de pedra solta. Várias vezes tem vindo a cair e há pedaços que ameaçam derrocada.
![Gravilha arrastada. Muro a cair. Foto original. 16.12.22.]()
Em Agosto, pleno Agosto de calor, sem chover há meses, o proprietário desse Chão andava atarefado em arranjos e mudanças na casa que tem junto à Ermida. Somos jovens da mesma idade, tirámos sortes no mesmo dia, em Évora, num ano distante que já não me lembro quando!
Aproveitei para lhe sugerir que arranjasse o muro de pedra solta, que ameaça cair o resto. Que parte tem vindo a ruir. Algumas pedras já arrumei. Falou-me que para a Páscoa! (Não sei qual Páscoa, que nestas coisas nunca sabemos!)
Frisei que podendo vir alguma tempestade, chuvas e ventos, facilmente aquelas pedras cairão. Passa por ali gente todos os dias, eu, várias vezes por dia.
Achou piada! Riu-se. Foi natural a reação. Em Agosto, pleno Agosto, seca de vários anos e calor infernal, quem vislumbraria tempestades invernosas?!
Pois nem passaram cinco meses. E as tempestades vieram! E o muro de pedra solta, não tendo ainda caído, é certo, mas caiu parte de outro, na mesma propriedade e do mesmo dono. A foto que abre o postal regista o ocorrido.
(Que isto de tempestades chegam quando menos se espera! Já tenho referido a ocorrida em Dezembro de 2019, de 19 para 20 do mês. Peculiar: 19 para 20 do mês, de 2019, para 2020! Chamava-se "Elsa"!
Também me lembro dos efeitos de um ciclone, que provindo de Oeste para Leste, correu o Vale da Ribeira das Pedras, direito à Baganha e Tapada do Sabugueiro, deixando um rasto de destruição, sobreiros e azinheiras arrancados de raiz. Felizmente não atravessou a povoação.
Não sei exatamente a datação, mas terá sido pelos anos oitenta ou noventa do séc. XX.?)
Obrigado pela atenção. Saúde. Paz. Feliz Dezembro. E menos chuva!